Illy demonstra maturidade no álbum O Que Me Cabe
Cantora baiana apresenta reflexões profundas em novo trabalho
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
“É tudo falsidade”. O verso da dilacerante canção Nunca Errou, em parceria com Jorginho Velloso, dá o tom da maturidade do saboroso álbum O Que Me Cabe, terceiro da cantora baiana Illy. Aliás, a música destrincha como poucas a futilidade do mundo contemporâneo, onde “até os elogios são engessados e o número de seguidores dita a importância do artista”, como bem pontua. Com um timbre que traz Gal Costa como fértil referência, a soteropolitana da Cidade Baixa hiptnotizou o Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros, no último fim de semana. Aliás, ela é a mais nova paulistana do pedaço, já que acaba de trocar a quente Salvador pela fria e frenética Pauliceia. Agora, se prepara para conquistar os cariocas neste sábado, 29, às 20h, quando sobe ao palco do Teatro Prudential, na Glória (ingressos aqui). Mas, apesar de suas merecidas espetadas neste mundo de futilidade, O Que Me Cabe traz também levezas, como o delicioso reggae de verão Quente e Colorido, que conta com participação da mineira Marina Sena, também compositora da faixa com produção de Iuri Rio Branco — Marina também participa do show. O álbum ainda tem o eterno Tremendão Erasmo Carlos na faixa Pra Você Não Ir e a sempre doce Adriana Calcanhotto, na sua composição da gaúcha que titula o trabalho da baiana. Também é suave a faixa Acalanto para Martim, inspirada no filho de Illy, “a síntese do melhor que cabe em mim”, como define Illy, sabedora do que realmente importa.
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Um dos jornalistas culturais mais respeitados do Brasil, Miguel Arcanjo Prado é CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. É mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação pela UFMG e crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Foi eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se por três vezes. Recebeu a Medalha Mário de Andrade, maior honraria nas letras do Governo do Estado de São Paulo. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. É presidente do júri do Prêmio Arcanjo e integra o júri do Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Guia da Folha, e Canal Brasil de Curtas. Recebeu ainda o Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil e Prêmio Leda Maria Martins.
Foto: Edson Lopes Jr.
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