Olhar de Cinema dá vitória ao filme Cais; Apenas Coisas Boas também se destaca em Curitiba

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Enviado especial a Curitiba*
As produções brasileiras “Cais”, de Safira Moreira, da Bahia, e “Apenas Coisas Boas”, de Daniel Nolasco, de Goiás, receberam os prêmios principais do 14º Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba, realizado de 11 a 19 de junho de 2025. A cerimônia foi no MON – Museu Oscar Niemeyer, na capital do Paraná, na noite desta quarta, 18. O festival exibiu mais de 92 produções de todo o mundo.
Na Mostra Competitiva Brasileira, “Cais”, da diretora Safira Moreira, levou três prêmios: Olhar de Melhor Filme, Prêmio da Crítica Abraccine e Melhor Longa pelo Voto do Público. O filme aborda o luto e a memória, acompanhando a jornada da cineasta após a morte de sua mãe. A produção usa paisagens de rios baianos e maranhenses para explorar memória e tempo.
“Apenas Coisas Boas”, dirigido por Daniel Nolasco, também recebeu três prêmios. O longa, um romance rural LGBTQ+ ambientado em Goiás em 1984, ganhou Melhor Roteiro (Daniel Nolasco), Melhor Som (Guile Martins, Jesse Marmo, Naja Sodré e Daniel Nolasco) e Melhor Direção de Arte (Marcus Takatsuka). O filme mostra a solidão e a tensão entre desejo e repressão.
“Explode São Paulo, Gil”, de Maria Clara Escobar, foi premiado em Melhor Atuação (Gildeane Leonina) e Melhor Direção (Maria Clara Escobar). O filme conta a história de Gil e sua ambição de ser cantora.
“Aurora”, de João Vieira Torres, recebeu o prêmio de Melhor Fotografia (Wilssa Esser e Camila Freitas). “A Voz de Deus”, de Miguel Antunes Ramos, ganhou Melhor Montagem (Yuri Amaral).
Curtas brasileiros e destaques internacionais
Nos curtas-metragens brasileiros, “Fronteriza”, de Rosa Caldeira e Nay Mendl, levou o Prêmio Olhar de Melhor Curta-Metragem. “Americana”, de Agarb Braga, recebeu o Prêmio Especial do Júri.
Na Mostra Competitiva Internacional, o filme “Ariel”, da Espanha/Portugal, de Lois Patinõ, foi agraciado com o Prêmio Especial do Júri. O Prêmio Olhar de Melhor Filme internacional foi para “A Árvore da Autenticidade”, da Bélgica/Congo, dirigido por Sammy Baloji.
O Prêmio Canal Brasil de Curtas, com R$15 mil e exibição no canal, foi para “Girassóis”, de Jessica Linhares e Miguel Chaves. Este curta também foi escolhido pelo público como o melhor curta-metragem brasileiro.
O júri incluiu nomes como Bruna Linzmeyer, Ana Souza, Bárbara Wurm, Pedro Freire e Rodrigo Antonio.
Uma novidade da edição foi o Prêmio Canal Like, que oferece R$50 mil em apoio de mídia ao produtor do longa-metragem vencedor da Mostra Competitiva Brasileira. O filme “Cais” foi o premiado.
Os curtas-metragens da Mostra Competitiva Brasileira estão disponíveis gratuitamente na plataforma Itaú Cultural Play até 7 de julho.
Veja a cobertura do Olhar de Cinema no Blog do Arcanjo!
OLHAR DE CINEMA 2025: VENCEDORES
MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA – LONGAS
- PRÊMIO OLHAR DE MELHOR FILME: Cais, de Safira Moreira
- MELHOR LONGA PELO VOTO DO PÚBLICO: Cais, de Safira Moreira
- PRÊMIO DA CRÍTICA – ABRACCINE: Cais, de Safira Moreira
- MELHOR ROTEIRO: Apenas Coisas Boas
- MELHOR SOM: Apenas Coisas Boas
- MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: Apenas Coisas Boas
- MELHOR DIREÇÃO: Maria Clara Escobar, por Explode São Paulo, Gil
- MELHOR ATUAÇÃO: Gildeane Leonina, por Explode São Paulo, Gil
- MELHOR FOTOGRAFIA: Aurora
- MELHOR MONTAGEM: A Voz de Deus
MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA – CURTAS
- PRÊMIO OLHAR DE MELHOR FILME: Fronteriza, de Rosa Caldeira e Nay Mendl
- PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: Americana, de Agarb Braga
MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL – LONGAS
- PRÊMIO OLHAR DE MELHOR FILME: A Árvore da Autenticidade, de Sammy Baloji (Bélgica/Congo)
- PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: Ariel, de Lois Patiño (Espanha/Portugal)
MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL – CURTAS
- PRÊMIO OLHAR DE MELHOR FILME: Conseguimos Fazer Um Filme, de Tota Alves (Portugal)
- MENÇÃO HONROSA: O Reinado de Antoine, de José Luis Jiménez Gómez (Cuba)
MOSTRA NOVOS OLHARES
- PRÊMIO OLHAR DE MELHOR FILME: Voz Zov Vzo, de Yhuri Cruz (Rio de Janeiro)
PRÊMIO DA CRÍTICA – ABRACCINE
- MELHOR LONGA: Cais, de Safira Moreira
- MELHOR CURTA: Ontem Lembrei de Minha Mãe, de Leandro Alonso (Foz do Iguaçu)
PRÊMIO DO PÚBLICO
- MELHOR LONGA: Cais, de Safira Moreira
- MELHOR CURTA: Girassóis, de Jessica Linhares e Miguel Chaves (Rio de Janeiro)
PRÊMIO AVEC – PR CYRO MATOSO – MOSTRA MIRADA PARANAENSE
- MELHOR CURTA: Interior, Dia, de Luciano Carneiro e Paulo Abrão (Sapopema)
- MENÇÃO HONROSA: Entre Sinais e Marés, de João Gabriel Ferreira e João Gabriel Kowalski (Maringá)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
- MELHOR CURTA: Girassóis, de Jessica Linhares e Miguel Chaves (Rio de Janeiro) – R$15 mil e exibição no canal
PRÊMIO CANAL LIKE
- PRODUTORA PREMIADA: Cais, de Safira Moreira – apoio de mídia de R$50 mil
PRÊMIO CARDUME DE CURTAS
1º LUGAR: Seco, de Stefano Volp (Rio de Janeiro) – R$3 mil e licenciamento exclusivo
2º LUGAR: Americana, de Agarb Braga (Pará)
3º LUGAR: Maira Porongyta: O Aviso do Céu, de Izaque João Amon (Mato Grosso)
*O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Olhar de Cinema.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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