Tiradentes em Cena faz 12ª edição de 21 a 25 de maio com 50 atrações em Minas Gerais; confira programação

Tom na Fazenda abre o 12º Tiradentes em Cena no Teatro Municipal de São João del Rei – Foto: Victor Pollak Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Mostra de Artes Cênicas Tiradentes em Cena tem programação gratuita na cidade histórica mineira: Primeiro Ato e Simone Mazzer são homenageados; ação Venda Seu Peixe estreia na programação

As artes cênicas ocupam a cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, de 21 a 25 de maio, quando a charmosa cidade histórica mineira abriga a 12ª Mostra de Artes Cênicas Tiradentes em Cena, tradicional e única mostra de artes cênicas da região do Campo das Vertentes.

Sob o tema “Um palco para todos nós”, a Mostra Tiradentes em Cena reafirma seu compromisso com a diversidade, a ocupação dos espaços e o acesso à cultura.

A programação é marcada pela diversidade e reúne teatro, dança, circo, música, exposição, roda de conversa e gastronomia. Ao todo, cerca de 50 atrações serão apresentadas em mais de 15 espaços de Tiradentes e da vizinha São João del Rei.

A expectativa é receber um público de aproximadamente 20 mil pessoas

Além das apresentações teatrais, o evento se destaca por iniciativas que promovem a formação de público, o encontro de saberes e a ocupação criativa da cidade, com ações que vão além dos palcos, como as oficinas formativas, o projeto Cena Encontro e a dinâmica Venda Seu Peixe, que conecta artistas e programadores culturais de diferentes partes do país.

Tom na Fazenda faz sessão única no Tiradentes em Cena – Foto: Guto Garrote Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Tom na Fazenda

No dia 21 de maio, a Mostra tem sua pré-abertura com o espetáculo Tom na Fazenda, um fenômeno da cena teatral contemporânea. Com mais de 300 apresentações no Brasil e no exterior, a montagem arrebatou público e crítica, consolidando-se como um marco do teatro nacional.

Simone Mazzer é homenageada no Tiradentes em Cena – Foto: Rei Santos Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Primeiro Ato e Simone Mazzer

Tiradentes em Cena em 2025 presta homenagens especiais ao Grupo de Dança Primeiro Ato e à atriz e cantora Simone Mazzer, celebrando suas trajetórias singulares nas artes cênicas brasileiras.

Com mais de 40 anos de história, o Primeiro Ato é reconhecido por sua linguagem contemporânea e por sua contribuição marcante à cena cultural do país. A abertura oficial da mostra acontece na quinta-feira, 22 de maio, às 19h, no Palco Principal montado na Rodoviária de Tiradentes, com a apresentação do espetáculo “Como Água”, da companhia da dança belo-horizontina.

Na mesma noite, às 21h no Palco SESC, o público poderá conferir o talento multifacetado de Simone Mazzer, artista com passagens memoráveis pela Armazém Companhia de Teatro e uma carreira premiada no teatro, cinema e música, em “Simone Mazzer em cena”, performance que promete emocionar pela intensidade e entrega da artista.

Aline Garcia, idealizadora, curadora e diretora do Tiradentes em Cena em Minas Gerais © Divulgação Blog do Arcanjo 2024

Curadoria plural

A curadoria da Mostra Tiradentes em Cena é assinada por Aline Garcia, idealizadora do projeto, em colaboração com Magna Oliveira — mestre em Educação e coordenadora do projeto de extensão da UFMG “Iranti – Ser África” — e Vinicius Cristóvão, ator, pesquisador e mestre em Teatro.

O processo curatorial foi construído de forma coletiva e sensível ao presente, a partir da análise de 472 propostas recebidas de todas as regiões do país. Deste universo, emergiu um recorte diverso, conectado às urgências contemporâneas e à pluralidade das artes cênicas brasileiras.

“A programação foi construída com escuta ativa e foco no pertencimento, para convidar o público a viver a cidade como palco vivo de memórias, afetos, encontros e provocações. Em tempos de incerteza e reconfiguração social, o Tiradentes em Cena reafirma a arte como território de resistência, partilha e construção coletiva”.

Aline Garcia
curadora da Mostra Tiradentes em Cena
Eu Te Amo tem Sergio Marone e Juliana Martins no Tiradentes em Cena – Foto: Leo Aversa Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Com montagens de diferentes regiões do país, a Mostra Tiradentes em Cena amplia seu alcance artístico e territorial, fortalecendo conexões e promovendo o intercâmbio entre criadores, obras e plateias de múltiplas origens.

“Celebramos também novas conquistas geográficas que ampliam a atuação da Mostra: receberemos um espetáculo de Fortaleza, com o Grupo Magnólia, e uma oficina e espetáculo vindos de Igarassu, Recife. Avanços que representam a quebra de barreiras”, explica Aline Garcia.

Temáticas

As montagens selecionadas refletem o espírito do nosso tempo, abordando temas profundamente atuais e necessários: da memória da ditadura militar — um dos períodos mais violentos da história do país — ao racismo estrutural, feminismo, ancestralidade, homofobia, intolerância religiosa e a urgência das questões ambientais.

Em meio a esses debates fundamentais, a Mostra Tiradentes em Cena também celebra as raízes culturais brasileiras, valorizando expressões populares como o circo, o folclore e os mamulengos — forma tradicional do Teatro de Bonecos do Nordeste, recentemente reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN.

Pela primeira vez, a programação traz um espetáculo musical infantil em palco aberto: O Tubarão Martelo e os Habitantes do Fundo do Mar, uma jornada lúdica que une música, consciência ambiental e diversão para toda a família.

Zona de Sacrifício faz estreia brasileira no Tiradentes em Cena – Foto: João Borges Divulgação Blog do Arcanjo 2025

“Zona de Sacrifício”

O espetáculo Zona de Sacrifício, solo da atriz e diretora Carolina Correa, com direção e dramaturgia de Lara Duarte, faz sua estreia em Minas Gerais na Mostra. A obra teve ensaio aberto em São Paulo em março, estreou oficialmente em Estrasburgo (França) no Théâtre Quai de Scène e foi apresentada em abril no Festival Hecho en Chile, em Santiago. A apresentação em Tiradentes marca a primeira apresentação do espetáculo no estado onde se concentra a investigação temática da montagem: os impactos sociais e ambientais da mineração. Zona de Sacrifício reúne relatos, pesquisa de campo e elementos cênicos para abordar questões urgentes relacionadas ao extrativismo, aos acionamentos de sirenes de barragens e à vulnerabilidade das comunidades atingidas.

Circulação e artistas consagrados

O renomado Grupo Pavilhão da Magnólia, de Fortaleza (CE), apresenta o espetáculo Maquinista. O grupo tem se destacado nacionalmente por sua pesquisa de linguagem cênica, que transita entre diferentes formas de expressão teatral, explorando múltiplas possibilidades poéticas e performáticas. Com uma trajetória consistente e mais de 1.200 apresentações em diversas regiões do Brasil, o grupo foi vencedor do Prêmio Shell de Melhor Direção pelo espetáculo A Força da Água, consolidando-se como uma das referências do teatro contemporâneo brasileiro.

Clayton Nascimento em cena na peça Macacos, destaque no Tiradentes em Cena – Foto: Edson Lopes Jr. – Blog do Arcanjo 2022

Venda Seu Peixe

Já a iniciativa “Venda Seu Peixe” propõe um encontro entre artistas e programadores culturais de diferentes partes do Brasil. Inspirada em rodadas de negócios, a ação tem formato adaptado ao campo das artes cênicas e busca fomentar redes de circulação, visibilidade e sustentabilidade para os projetos. A ação vai promover conexões diretas entre artistas da Mostra e mais de 15 programadores convidados de festivais e espaços culturais de todo o Brasil. A iniciativa busca ampliar a circulação de obras, fomentar o empreendedorismo criativo e fortalecer redes colaborativas, gerando oportunidades concretas no mercado cultura.

Mirante

Entre as novidades, destaca-se ainda a presença do programa Mirante, do CENEX/FALE/UFMG, que irá realizar a mediação cultural em diversas iniciativas da programação do Tiradentes em Cena. O Programa Mirante desenvolve ações, por meio de projetos e cursos, que visam à ampliação, diversificação e qualificação do público de teatro. Centrado em formar novas plateias e valorizar o ato da expectação teatral, o programa realiza atividades que coloquem o espectador no eixo da reflexão.

Formação

Apostando na formação como uma potente ferramenta de transformação social, o Tiradentes em Cena oferece uma programação que valoriza a troca de saberes, a escuta ativa e a construção coletiva. As atividades formativas desta edição incluem a tradicional Oficina de Mamulengo com Mestre Antero (PE), que compartilha os saberes do teatro de bonecos popular nordestino, reconhecido por seu humor, crítica social e força poética.

A oficina “Dramaturgia de criação: corpo, palavra e espaço”, conduzida pelo grupo Mapa Teatro e Outras Linguagens, propõe uma imersão criativa — explorando a construção cênica por meio do movimento, da escrita e da composição espacial. Já a oficina “Danças Afro-brasileiras: memórias, ritmos e corporeidades”, ministrada pelo artista e educador Evandro Passos, convida o público à vivência de ritmos e gestos que compõem a herança afro-brasileira, ampliando o repertório corporal e fortalecendo identidades por meio da dança e da ancestralidade.

Miguel Arcanjo Prado participa do Tiradentes em Cena e faz palestra sobre Empreender na Cultura – Foto: Rafa Marques Blog do Arcanjo 2025

Cena Encontro

Cena Encontro, parte da 12ª edição do Tiradentes em Cena, promove reflexões e troca de experiências. De 22 a 25 de maio, a série de atividades formativas reúne artistas, pesquisadores, gestores e educadores para debater temas essenciais como internacionalização, narrativas negras, mediação cultural e empreendedorismo.

A programação começa no dia 22 com a roda de conversa “Internacionalização das Artes da Cena”, mediada pela atriz e diretora Carolina Correa, com a participação de Juliana Mota (UFSJ), Paula Senna (FMC-BH), Veronica Tapias e Paly Pavez (Chile), e Sylvia Sanchez (Bolívia).

No dia 23, o jornalista Miguel Arcanjo Prado lidera o encontro “Empreender na Cultura”, compartilhando sua experiência com a crítica teatral e a cultura digital.

No dia 24, o encontro “Aquilombar: Narrativas e a Produção das Artes da Cena Negra” no Instituto Rouanet reúne Magna Oliveira (UFMG), Kymane Luzia (UFSJ), Fernanda Nascimento (Teatro da Pedra) e Altemar Di Monteiro (UFMG/Nóis de Teatro) para discutir práticas e pedagogias afrocentradas.

Ainda no dia 24, no Museu Padre Toledo, o programa Mirante promove um debate sobre a formação de espectadores e o papel da mediação cultural. No mesmo dia, a Casa do Sino recebe o encontro “Corpo, Cena e Inconsciente”, que propõe um diálogo entre teatro e psicanálise.

A Cena Encontro se encerra no dia 25 com Cacá Mourthé, atriz e diretora do Teatro O Tablado (RJ), que compartilhará sua trajetória e os bastidores da pedagogia teatral brasileira, abordando o legado de Maria Clara Machado e a resistência no teatro. Uma reflexão sobre a formação e memória no cenário teatral do Brasil.

Serviço

12ª Mostra de Artes Cênicas Tiradentes em Cena
Data: 21 a 25 de maio de 2025
Local: diversos espaços da cidade de Tiradentes (MG)

Governo de Minas e Cemig apresentam: Tiradentes em Cena
Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais
Patrocínio: Cemig e Governo de Minas Gerais
Parceria Cultural: Sesc / Fecomércio MG
Apoio: Prefeitura Municipal de Tiradentes, Destino Tiradentes, Instituto Rouanet, Baden Baden, Iepha, Fundação Rodrigo Melo Franco, Campus Cultural UFMG, Procult, Cristóvão Produções, IPHAN, Espaço Cultural Aimorés, Campus Cultural UFMG Tiradentes, Nina Capel Gestão Cultural, Governo do Ceará, Secretaria da Cultura e do Hub Cultural Porto Dragão, Museu da Liturgia, UFSJ, Proex, Prefeitura Municipal de Igaraçu e Centro Cultural Yves Alves.
Realização: Tiradentes em Cena, Olhar Cultural, Minas Criativa, A Liberdade Mora em Minas e Governo de Minas Gerais – Governo Diferente, Estado Eficiente

Na Web: www.tiradentesemcena.com.br
Instagram: @tiradentesemcena
YouTube: Tiradentes em Cena
Facebook: tiradentesemcena

PROGRAMAÇÃO
TIRADENTES EM CENA 2025 – 12ª edição

De 21 a 25 maio de 2025

EXPOSIÇÃO

21 de maio – quarta-feira
17h – Abertura da Exposição O Boi e o Burro no Caminho de Belém e apresentação cênica
Local: Museu Padre Toledo
A exposição apresenta a criação expográfica de Demóstenes Vargas para a montagem do clássico infantil “O Boi e o Burro no Caminho de Belém”, de Maria Clara Machado, com direção de Chico Anibal. A exposição traz elementos da cena e figurinos que refletem a sensibilidade da criação. A exposição busca promover também a brasilidade com uma estética própria e livre, misturando fantasia, indumentária e objetos cênicos. Durante a abertura, será apresentada uma cena com os atores participantes do processo formativo da oficina de teatro da Mostra Tiradentes em Cena, celebrando o teatro como um espaço de afeto, aprendizado e imaginação.
Concepção e Criação Expográfica: Demóstenes Vargas
Direção de Cena: Chico Aníbal
Elenco: Anthony Mattos, Bianca Ventura, Cris Debussi, Doroty Menezes, Flávio Costa, Lucas Anjos,
Rayo Guidio, Sol Sette e Teco Cristelli
Produção: Renata de Lucca
*A exposição fica até o dia 30 de maio de 2025

22 de maio – quinta-feira
17h – Abertura exposição Caixa de Marimbondo de Zélia Mendonça
Local: Centro Cultural Yves Alves 
Uma caixa de marimbondo não é apenas abrigo — é ameaça, é pulso, é coletivo em prontidão. Na delicadeza de suas camadas vive uma tensão: basta um toque em falso para tudo se armar. Na exposição Caixa de Marimbondo de Zélia Mendonça, a curadora Cristiana Tejo ativa essa imagem como metáfora da obra da artista, uma observação constante para o corpo e o território, para estruturas visíveis e invisíveis que moldam a vida cotidiana — especialmente de mulheres — em constante vigília. A exposição apresenta sua produção
mais recente, incluindo fotografias e seu primeiro vídeo, num gesto de expansão de linguagem que mantém a força do trabalho manual e do uso de materiais artesanais. Em sua poética, a artista tensiona o que há de belo e o que há de brutal: sob a superfície delicada, pulsa uma crítica à violência de gênero, à ameaça persistente que ronda o corpo feminino. No centro da beleza, também o perigo. No gesto, também o grito.
Dias: 23 a 25 de maio – das 11h às 21h
Dias: 29, 30 e 31 de maio / 5, 6 e 7 de junho – das 10h às 18h

21 de Maio – quarta-feira

19h30 – Colcha de Retalho com o Grupo Entre&Vista
Local: Centro Cultural Yves Alves
Inspirado livremente no texto de Conceil Corrêa da Silva e Nye Ribeiro Silva, o espetáculo resgata a importância das memórias e dos afetos que nos moldam. Com uma abordagem lúdica e sensível, une teatro, música e elementos simbólicos para convidar o público a refletir sobre o valor das histórias compartilhadas, o cuidado com os mais velhos e o poder transformador da imaginação. Uma experiência acessível e envolvente para todas as idades.
Criação: Entre&Vista
Direção: Christina Santos e Sérvulo Matias
Elenco: Elisa F. Barbosa, Andreson Matias, Marlon Ramalho, Marysol Moreira, Gustavo Henrique, Tânia
Firmino, Emanuel Wiermann, Sérvulo Matias, Christina Santos e Venâncio Matias
Duração: 50 min
Classificação: Livre

20h – Tom na Fazenda
Local: Teatro Municipal de São João Del Rei
Em um ambiente rural isolado, Tom vai ao funeral do companheiro e descobre que a família do falecido desconhecia sua existência e a verdadeira história. Enredado em mentiras e conflitos, ele enfrenta a violência emocional e física, revelando as tensões entre identidade, afeto e repressão. Um drama intenso e comovente sobre a força dos laços familiares, o peso dos segredos e a luta por ser quem se é em meio à opressão.
Idealização: Armando Babaioff
Direção: Rodrigo Portella
Elenco: Armando Babaioff, Denise Del Vecchio, Iano Salomão e Camila Nhary
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos

ESPETÁCULOS

22 de Maio – quinta-feira

9h30 – Circo Carlos Filipe em Apuros
Local: Escolas João Pio e Ademar Natalino Longatti / aberto ao público.
Um palhaço malabarista e monociclista se aventurando por vários números circenses, arrancando gargalhadas e suspiros por onde passa. Carlos Filipe em Apuros é um espetáculo circense para toda a família que transforma praticamente qualquer ambiente num verdadeiro picadeiro.
Direção, trilha sonora e cenário: Cafi Otta
Atuação: Cafi Otta
Operação de som: Juliana Mesquita
Duração: 45 minutos 
Classificação: livre

11h – Desmontagem Ọkàn
Local: Galeria IPHAN
Como a dolorosa experiência da escravização brasileira atravessa a vida dos atores do Teatro da Pedra e se transforma em arte? Este é o fio condutor de Desmontagem Ọkàn, que a companhia estreou em Havana, Cuba, para contar a história por trás da criação da peça infanto-juvenil Okàn. Com jogos corporais intensos e paisagens sonoras que dialogam com a busca pela ancestralidade, Desmontagem Okàn desvela como a realidade impacta a ficção, e como esta ficção reconstrói a realidade, a partir de uma revisitação do passado que torna possível uma nova experimentação da vida.
Elenco: Grupo Teatro da Pedra
Duração: 35 min
Classificação: livre

18h – Dora
Local: Centro Cultural Yves Alves
Inspirado na vida e nos escritos da guerrilheira Maria Auxiliadora Lara Barcelos, a Dora, o espetáculo mergulha em sua trajetória de luta, resistência e sonho durante a ditadura militar brasileira. Através de cartas trocadas com sua mãe, Clélia Lara Barcelos, a peça recria um diálogo íntimo entre o confinamento e a utopia, explorando a força de uma jovem que entregou sua vida à resistência política.
Direção, texto, figurino e atuação: Sara Antunes
Videografia:  André Voulgaris e Vic von Poser
Cenário: Camila Landulfo e Sara Antunes. 
Luz: Dimitri Luppi e Wagner Antônio.  
Desenho de Som: Edson Secco.  
Produção: Corpo rastreado
Duração: 50 min
Classificação: 14 anos

15h – Circo Carlos Filipe em Apuros
Local: em frente à escola Municipal Alice de Lima Um palhaço malabarista e monociclista se aventurando por vários números circenses, arrancando gargalhadas e suspiros por onde passa. Carlos Filipe em Apuros é um espetáculo circense para toda a família que
transforma praticamente qualquer ambiente num verdadeiro picadeiro.
Direção, trilha sonora e cenário: Cafi Otta.
Atuação: Cafi Otta
Operação de som: Juliana Mesquita
Duração: 45 minutos 
Classificação: livre

16h – Teatro Lambe-Lambe: Circo
Local: bairro Várzea de Baixo
Teatro de bonecos ganham vida no formato de teatro lambe-lambe acoplado a bicicletas personalizadas, resgatando a magia dos antigos circos mambembes e em miniatura. “Circo de Pulgas” convida o público a testemunhar um espetáculo inusitado e cômico protagonizado por pulgas malabaristas, equilibristas e saltadoras, com uma encenação minuciosa que brinca com a escala, o olhar e o absurdo. Já em “O Camarim do Palhaço”, o foco se desloca para os bastidores do riso. A cena revela, com poesia e silêncio, o momento
íntimo de um palhaço se preparando para entrar em cena — uma homenagem sensível ao artista que existe antes da gargalhada. Juntas, as duas obras oferecem uma experiência delicada, divertida e itinerante, onde o teatro lambe-lambe encontra o universo circense, reinventando o espetáculo tradicional a partir do olhar de quem anda pelas ruas com arte na bagagem e poesia nas rodas.
Elenco: Ciclistas Bonequeiros
Classificação etária: livre

19h – Abertura oficial da Mostra Tiradentes em Cena com o espetáculo “Como Água” do Grupo de Dança
Primeiro Ato
Local: Palco principal / Rodoviária
“Como Água” o novo trabalho do Grupo de Dança Primeiro Ato, que completa 43 anos de ação continuada, chega como uma necessidade de refletirmos sobre a passagem do tempo e nossa escolha em como viver esse tempo, que assim como a água, encontra caminhos diante dos obstáculos transformando o caos em poesia. A partir da observação dos seres humanos, como parte da natureza, surpreendente, cheia de contrastes, a obra se desenvolve numa narrativa não linear, acordando os sentidos, abrindo gavetas, provocando
memórias.
Direção e Produção: Suely Machado
Trilha sonora: Federico Puppi
Figurinos: Pablo Ramon
Iluminação: Sarah Salgado
Concepção Coreográfica: Marcela Rosa  
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre

21h – Simone Mazzer em Cena
Local: Palco Sesc / Rodoviária
Simone Mazzer, cantora e atriz, sobe ao palco em um espetáculo que é um mergulho sensível e potente em sua trajetória artística. Com sua presença marcante, voz arrebatadora e talento cênico inconfundível, Mazzer conduz o público por histórias que atravessam o teatro, a música e a vida. Em uma apresentação que une performance e emoção, ela canta e celebra. Um espetáculo vibrante, onde a arte de interpretar e a força da canção se entrelaçam no corpo e na voz de uma das artistas mais intensas da cena brasileira.
Direção: Simone Mazzer
Direção Musical: Arthur Martau
Produção: Carla Yared
Músicos: Arthur Martau e Paulo Emmery
Duração: 80 min
Classificação: livre

22h – Greta Garbo com o Grupo Dzifrenia – SJDR
Local: Plano B
Três integrantes de uma companhia de teatro discutem enquanto encenam trechos inspirados na peça “Greta Garbo, quem diria? Acabou no Irajá (1973) ”, do pernambucano Fernando Melo. À medida que a discussão avança, as fronteiras entre atores e seus personagens vão se dissolvendo, misturando autobiografia a outros clássicos da dramaturgia em um jogo metateatral. Os artistas levantam reflexões sobre realidade e ficção, buscando solucionar problemas da vida e do Teatro antes que o céu caia sobre suas cabeças.
Direção: Henrique Leonel
Dramaturgia: Henrique Leonel e Alberto Tibaji
Elenco: Henrique Leonel, Alberto Tibaji e Amora Pinheiro
Operação de som: Alexa Vitória
Operação de luz: Victor Sanches
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos

23 de Maio – sexta-feira

10h – Mostra de trabalhos UFSJ
Local: Sala Preta UFSJ
A Mostra UFSJ integra a programação da Tiradentes em Cena como um espaço dedicado à criação artística universitária. Fruto da parceria com o curso de Artes Cênicas da UFSJ, apresenta trabalhos de estudantes, recém-formados, corpo técnico e docentes, revelando novas vozes e olhares da cena contemporânea. Uma oportunidade para programadores conhecerem produções emergentes que dialogam com questões estéticas, políticas e sociais do nosso tempo. Após a Mostra terá visita ao espaço do Grupo Teatro da Pedra.
Curadoria: Juliana Mota
Parceria: UFSJ / Tiradentes em Cena
Duração: 120 minutos

15h – A Farra do Boi Bumbá com Os Ciclomáticos Companhia de Teatro
Local: Palco Sesc
Mediação: Programa Mirante
Com autoria e direção de Ribamar Ribeiro, A história se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que tem um boi muito bonito. Pai Chico, trabalhador da fazenda, para satisfazer a sua mulher Catirina, que está grávida e sente desejo de comer a língua do boi. O Pai Chico traz a língua do boi e a confusão está formada. E além da história do boi, a trama também traz pequenos contos do folclorista Câmara Cascudo. 
Autoria e Direção: Ribamar Ribeiro
Duração: 50 minutos
Classificação etária: livre

16h – Teatro Lambe-Lambe: Circo com o grupo Ciclistas Bonequeiros
Local: bairro Várzea de Baixo
Teatro de bonecos ganham vida no formato de teatro lambe-lambe acoplado a bicicletas personalizadas, resgatando a magia dos antigos circos mambembes e em miniatura. “Circo de Pulgas” convida o público a testemunhar um espetáculo inusitado e cômico protagonizado por pulgas malabaristas, equilibristas e saltadoras, com uma encenação minuciosa que brinca com a escala, o olhar e o absurdo. Já em “O Camarim do Palhaço”, o foco se desloca para os bastidores do riso. A cena revela, com poesia e silêncio, o momento
íntimo de um palhaço se preparando para entrar em cena — uma homenagem sensível ao artista que existe antes da gargalhada. Juntas, as duas obras oferecem uma experiência delicada, divertida e itinerante, onde o teatro lambe-lambe encontra o universo circense, reinventando o espetáculo tradicional a partir do olhar de quem anda pelas ruas com arte na bagagem e poesia nas rodas.
Elenco: Ciclistas Bonequeiros
Classificação etária: livre

17h – Zona de Sacrifício | bate-papo após o espetáculo
Local: Galeria IPHAN
Mediação: Programa Mirante
“Zona de Sacrifício” é uma investigação cênica sobre as consequências da mineração, unindo dança, teatro e performance em três movimentos distintos. O primeiro movimento levanta a questão: “E se a mineração fosse um deus?”, explorando os sacrifícios exigidos por essa divindade em um surrealismo grotesco. O segundo foca na linguagem publicitária das empresas mineradoras, criticando jargões e promessas vazias por meio da figura do coach. Por fim, o terceiro movimento apresenta imagens e depoimentos de moradores do interior de Minas Gerais, abordando a realidade enfrentada por aqueles impactados pelos crimes ambientais. A peça desafia o espectador a refletir sobre a complexidade e os custos da mineração, profundamente ligada à história do Brasil.
Criação: Carolina Correa
Direção: Lara Duarte
Elenco: Carolina Correa
Duração: 50 min
Classificação: 14 anos

19h – MACACOS
Local: Centro Cultural Yves Alves
É um espetáculo sobre a estruturação do racismo e do apagamento das memórias e ancestralidades negras que estão enraizadas neste país. O espetáculo se coloca em cena a partir do relato de um homem negro em busca outros espaços para ocupar diante do adjetivo MACACO, que nomeia a obra, a fim de refletir sobre esse adjetivo que é o mais usado como xingamento ao povo negro no mundo. As questões levantadas por esse homem negro convidam o público a questionar o preconceito velado, e presente na estrutura social e na vida cotidiana do Brasil de 1500 até os dias de hoje. Os questionamentos desse homem negro convidam o público a pensar e debater sobre os preconceitos mascarados, que existem na estruturação e no cotidiano brasileiro. Macacos, foi a primeira obra teatral a reabrir um caso arquivado pela Justiça Brasileira, o caso do Estado do Rio de Janeiro X Eduardo de Jesus.
Interpretação, Direção e Dramaturgia: Clayton Nascimento
Direção Técnica e Iluminação: Danielle Meireles
Direção de Movimento: Aninha Miranda Spier
Operação de Luz: Cyntia Monteiro/Lucio Bragança Junior
Produção: Cia do Sal | Alex Júnior
Distribuição: Cia do Sal
Tempo de duração: 180 minutos

20h – Maquinista do Grupo Pavilhão da Magnólia
Local: Palco Principal
Baseado na história real de Antônio Maquinista, um ator trambiqueiro que enganou uma cidade e depois se juntou ao bando de Lampião, o espetáculo mistura teatro, música e poesia para explorar o jogo entre esperteza e poder. Com linguagem carnavalesca e humor crítico, a montagem reflete sobre as relações humanas no sertão – tão particulares quanto universais. Com 20 anos de trajetória, o Grupo Pavilhão da Magnólia é referência no teatro contemporâneo brasileiro. Com 18 espetáculos e mais de 1200 apresentações em 80 cidades, transita entre criações para o público adulto e infâncias.
Dramaturgia: Astier Basílio
Direção: Herê Aquino
Elenco: Denise Costa – Eliel Carvalho – Jocasta – Jota Júnior Santos – Nelson Albuquerque – Silvianne Lima
Realização: Grupo Pavilhão da Magnólia 
Duração: 60 minutos
Classificação: livre

21h – XOTA ÉFE
Local: Palco Sesc
É muito mais que um show — é um grito coletivo, dançante e urgente. Misturando música, irreverência e posicionamento político, o coletivo feminista transforma o palco em espaço de resistência e celebração. Em clima de folia fora de época, o grupo convida o público para dançar e refletir sobre temas como liberdade, assédio, direitos reprodutivos e igualdade de gênero.
Duração: 90 minutos
Classificação: livre

22h – Dj Lima
Local: Palco Sesc
Filipe Lima, também conhecido como DJ Lima, traz às pick-ups um set eclético que transita por ritmos e referências com personalidade e frescor. Designer de interiores com as cítricas ideias sempre em ebulição, ele traduz sua criatividade em uma seleção musical, vibrante e cheia de identidade. Prepare-se para uma experiência sonora que mistura estilos e convida todos a dançar sem rótulos.

24 de Maio – sábado

Horários variados – Intervenção Clodoaldo, Clô, Seu Clô…
Local: ruas de Tiradentes
Clodoaldo, Clô, Seu Clô… são alguns dos nomes carinhosos atribuídos para esse simpático senhorzinho mineiro, que sem nenhuma palavra, roda o mundo divulgando a mineiridade. Com uma “flô”, uma prenda ou uma mensagem de outro mineirinho, Seu Drummond, ele encanta a todos por onde passa com seu chapéu de passarinho
Criação: Trupe Trickster e Trickster Atelier de Seres Imaginários
Concepção, Confecção de boneco e atuação: Leo Ortiz
Classificação: livre

9h às 12h – Vendendo o Peixe!
Local: Senac
Inspirada nas rodadas de negócios, a ação “Vendendo o Peixe”, promove conexões diretas entre artistas da Mostra e mais de 15 programadores convidados de festivais e espaços culturais de todo o Brasil. A iniciativa busca ampliar a circulação de obras, fomentar o empreendedorismo criativo e fortalecer redes colaborativas, gerando oportunidades concretas no mercado cultura.

11h – Tarde – Clínica do encantamento
Local: Praça da Estação
Em meio ao desencantamento generalizado, dois performers propõem uma clínica do encantamento em espaços públicos. Durante essa performance relacional, por meio de diversos instrumentos lúdicos e poéticos, os artistas medem o nível de encantamento dos transeuntes, estabelecendo, em uma reflexão conjunta, uma receita para re-encantar o cotidiano. Uma vez a receita entregue, o participante se compromete a realizar a ação poética durante a semana e a registrar a experiência, colaborando para construir um arquivo coletivo de pequenos encantamentos.
Performers: Tania Alice e Caio Picarelli – Performers sem Fronteiras
Duração: 90 minutos
Classificação: Livre

14h e 15h (duas sessões) – Ensaio para o Fim com o Mapa Teatro e Outras Linguagens
Local: Espaço Cultual Aimorés
Duas atrizes desafiam a linearidade do tempo enquanto tentam construir uma peça. Em cena, exploram a linha tênue entre vida e morte, real e imaginário, refletindo sobre encontros, quedas e a complexidade da convivência.
Elenco: Mariana Barbosa e Paloma Arantes
Texto: Paloma Arantes
Produção: Luís Firmato
Costura: Lúcia Arruda e Lozana Nascimento
Realização: Mapa teatro e outras linguagens
Duração: 40 minutos
Classificação: 14 anos

15h – Histórias do Vovozito com Mestre Antero
Local: Largo das Forras
Trazendo à cena o carismático Vovozito, amigo querido da criançada, o espetáculo apresenta um vovozinho centenário (boneco de manipulação direta) que encanta o público ao narrar suas histórias repletas de imaginação e criatividade. Em sua inseparável mala, Vovozito carrega personagens incríveis — marionetes, fantoches e mamulengos — revelando ao público a riqueza e a diversidade do universo dos bonecos e suas diferentes formas de manipulação.
Texto e direção: Mestre Antero
Duração: 40 minutos
Classificação: livre

16h – Cortejo Batucada das Minas
Local: Igreja Nossa Senhora do Rosário em direção ao Largo das Forras
Coletivo de mulheres que se empoderam através da música e da cultura popular. A Batucada das Minas é caracterizada pelo uso de instrumentos de percussão, canto e performance, desenvolvido pelas integrantes, atualmente com 45 mulheres, moradoras de Tiradentes, São João del-Rei e entorno, Minas Gerais. Por meio da diversão e da educação musical, a Batucada das Minas é um movimento agregador, que promove acolhimento e o empoderamento dessas mulheres e se desdobra em outras ações comunitárias.
Elenco: Batucada das Minas
Duração: 40 minutos
Classificação: livre

17h – O amor de Florisberta
Local: Palco Sesc
Mediação: Programa Mirante
Em busca de seu grande amor, a palhaça Florisberta sai de sua terra natal na expectativa de encontrar o ser amado. Nesta espera acaba se envolvendo em muitas trapalhadas típicas do universo da palhaçaria. Arrumar-se e aguardar o outro alguém pode tornar-se uma grotesca aventura lúdica.
Roteiro, direção e elenco: Mariana Azevedo
Orientação artística, sonoplastia e técnica: Leo Ortiz
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre

17h30 – Teatro de Bonecos
Local: Teatro Casa de Boneco
Um espetáculo realizado pela Companhia de Inventos que encanta todas as idades. Uma rara oportunidade de conhecer uma arte que requer muito talento e sensibilidade. A casa de boneco é um pequeno e aconchegante teatro onde bonecos de marionete ganham vida e conquista o coração da plateia.
Roteiro, direção e elenco: Cia Inventos
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre

18h – Tubarão Martelo
Local: Palco Principal – rodoviária
Em busca de um tesouro perdido, um navegador se lança ao oceano e acaba encontrando algo ainda mais valioso: a beleza e a diversidade da vida marinha. Embarque nessa jornada encantadora ao lado da baleia, tartaruga, polvo, peixe-palhaço e, claro, do carismático tubarão-martelo! O espetáculo é uma verdadeira aventura musical que mistura blues, reggae, pop, funk e ritmos brasileiros para falar com humor e sensibilidade sobre consciência ambiental e encantamento pela natureza.
Direção: Carlos Magalhães (Magá)
Roteiro: Ana Luisa Alves e Cláudio Fraga
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre

18h – Homem Bomba
Local: Centro Cultural Yves Alves 
Livremente inspirado no clássico O Médico e o Monstro, HOMEM-BOMBA traz o premiado ator mineiro Luiz Arthur num solo visceral que mergulha na escuridão de um homem que decide enfrentar os próprios monstros. Para discutir a dualidade do ser humano, o ator e diretor parte do romance O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, e cria um espetáculo impactante, ambientado num mundo brutal — quase um abatedouro — onde identidade, sanidade e sombra se entrelaçam num espaço mínimo e explosivo.
Texto: Cynthia Paulino
Direção, trilha sonora e atuação: Luiz Arthur
Iluminação: Marina Arthuzzi
Duração: 50 minutos
Classificação: 14 anos

19h – O Prazer é todo Nosso
Local: Espaço Cultural Aimorés
Um espetáculo sobre sexo do ponto de vista feminino. Uma peça sobre a liberdade da mulher. São várias histórias peculiares, espirituosas e engraçadas sobre sexo. E contado de forma bem natural por uma mulher delicada, feminina e sem preconceitos resulta em humor. O público se vê confidente de episódios pitorescos sobre a libido feminina.
Atuação: Juliana Martins
Direção: Bel Kutner
Texto: Beto Brown
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos

20h – Cliver canta Caetano da maior importância
Local: Palco SESC 
O cantor, compositor e instrumentista Cliver Honorato apresenta “Cliver Canta Caetano: Da Maior Importância”, show em que interpreta canções marcantes de Caetano Veloso com frescor e personalidade. Acompanhado de sua musicalidade sofisticada e olhar autoral, Cliver propõe um encontro entre gerações, mergulhando na obra caetânica com sensibilidade e vigor. Com dois discos lançados e formação em Música pela UEMG, Cliver vem se destacando na cena independente, circulando por palcos no Brasil e no exterior.
Músicos: Cliver Honorato (voz), Marcus Nogueira (Teclados e Baixo Synth), Caio Plínio (Bateria) e Luiz Camporez (Guitarra e Violão).
Direção: Cliver Honorato
Duração: 90 minutos
Classificação: Livre

21h30 – DJ Mjay
Local: Palco SESC 
Mjay é DJ, produtor e pesquisador musical. Atua desde 2012, com sets marcados por versatilidade e batidas dançantes. Transita entre rap, funk, afrobeat, house, brasilidades e mais. Já se apresentou em eventos como Major Lock, Spot Culture e na abertura do show de Sérgio Pererê no Encontro Cultural de Milho Verde.

25 de Maio – domingo

11h – “HA!”
Local: Palco Sesc
“HA!” é a história de uma criança que passa as madrugadas no celular e, por isso, não consegue dormir. Certa manhã, um sono profundo a invade, e seres misteriosos de areia a conduzem por labirintos de olhos e máquinas humanas. “HA!” é um espetáculo para todos os públicos, que entrelaça dança-teatro ao universo dos bonecos.
Direção: Eros P. Galvão
Dramaturgia: Grupo Artilharia Cênica
Elenco: Bruno Maracia, Igor Fonseca, Raniele Barbosa
Duração: 45 minutos
Classificação: Livre

11h – Versão Demo
Local: Centro Cultural Yves Alves
E se a maior história já contada fosse recontada… pelo próprio Diabo? Neste solo potente, Tairone Vale encarna um tal Lúcifer — um burocrata encarregado da criação do mundo — para narrar, com ironia e crítica mordaz, uma “ficção inspirada na maior ficção de todos os tempos”. O espetáculo é um manifesto teatral sobre tirania, vaidade e desobediência, que atravessam a humanidade desde o princípio dos tempos.
Atuação e Dramaturgia: Tairone Vale
Direção: Suzana Nascimento
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos

16h – ISIDORO: um negro de quilate
Local: Galeria IPHAN
Inspirado no poema homônimo de Marcial Ávila, o espetáculo revive a trajetória de Isidoro Amorim, um faiscador negro escravizado que usou sua notória habilidade de encontrar ouro para comprar a própria liberdade e a de muitos outros. Preso sob a acusação de contrabando deste ouro, foi brutalmente arrastado pelas ruas da atual Diamantina para servir de exemplo. Mas sua força não se apagou: ela ecoa na história e na cultura negra como símbolo de resistência. Com danças e cantos dos vissungos, o espetáculo resgata sua
verdadeira identidade: Isidoro não foi um contrabandista, mas um herói da liberdade.
Direção Artística: Evandro Passos
Direção Musical: Do Xangô
Atores: Evandro Passos e Do Xangô
Iluminação: Ryan Bernardes
Produção: Tauã Valle
Duração: 50 minutos
Classificação: livre

18h – Em nome da Mãe
Local: Centro Cultural Yves Alves
Esta peça não é sobre uma santa! É sobre uma adolescente pobre, numa cidade pequena, noiva e grávida fora do noivado, numa sociedade intolerante, patriarcal e machista, que apedreja mulheres adúlteras. Seu nome: Maria de Nazaré. Até então escrita por homens, a história aqui é contada por sua protagonista, absolutamente humana. Sem cunho religioso, o premiado monólogo passeia por diversos arquétipos da alma e da ancestralidade feminina. A atriz investiga as fricções entre essa narrativa milenar e a sociedade atual,
expondo comportamentos patriarcais que perduram até nossos dias.
Direção: Miwa Yanagizawa
Concepção e dramaturgia: Suzana Nascimento, a partir da obra de Erri de Luca
Elenco: Suzana Nascimento
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos

19h – Eu te amo
Local: Palco Principal/Rodoviária
O espetáculo conta a história de um casal – Paulo e Maria, dois destroçados pela vida. Decepcionados com o amor e profissionalmente, eles se encontram e se apaixonam enquanto fingem ser outras pessoas. A peça mostra a exposição do casal, suas diferenças e os questionamentos afetivos. Eu Te Amo fala de desejo e tesão momentâneos, mas também da carência que vem depois; de um certo vazio, da falta de amor, de rejeição.Uma fantasia romântica sobre o desejo e a paixão. O texto que deu origem ao filme de Arnaldo Jabor em 1981 se renova não só por tratar de afetos contemporâneos como paixão, rejeição, desejo, carência e derrota, mas também por brincar com a fronteira entre verdade e mentira, ficção e realidade.
Texto: Arnaldo Jabor
Elenco: Juliana Martins e Sergio Marone
Concepção: Rosane Svartman e Lírio Ferreira
Direção: Léo Gama
Duração: 75 minutos
Classificação: 14 anos

21h – Deixa a menina dançar
Local: Palco SESC
O show traz ritmos brasileiros e se propõe como um encontro entre corpos livres para dançar. O fio dramatúrgico condutor passa pela escolha de canções que valorizam o movimento, a dança e festa como ponte de conexão entre os seres.
Elenco: Juliana Mota, Valéria Braga, Bruno Santos, Natanael Silva e Viny Fonseca
Músicos: Juliana Mota – voz, Vinny Fonseca – guitarra/violão, Valéria Braga – voz, Bruno Santos – bateria,
Natanael Silva – baixo
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre

22h – DJ Gostosa e DJ Quetz
Local: Palco SESC
Pista vibrante, onde passado e futuro se encontram em uma batalha sonora inesquecível. De um lado, DJ Gostosa com seu set nostálgico de Flashback, Disco, Brasilidades e Hip-hop. Do outro, DJ Quetz, trazendo beats futuristas, experimentações e o som do agora. Mais que um duelo de gerações, é um convite à celebração coletiva, onde arte, música e presença ocupam o tempo e o espaço.

OFICINAS

De 22 a 24 de maio
Oficina de Mamulengo com Mestre Antero (PE)
Local: Museu da Liturgia
Horário: 9h às 12h
Com mais de 20 anos de trajetória, Mestre Antero Assis traz a Minas Gerais os saberes e as histórias da tradição popular nordestina por meio do Mamulengo — uma forma encantadora e ancestral de teatro de bonecos, repleta de humor, crítica social e poesia popular. Os participantes terão a oportunidade de confeccionar seus próprios Mamulengos utilizando materiais sustentáveis como garrafa PET e papel machê, além de criar roupas e adereços com tecidos reaproveitados. Uma experiência que une arte, memória, criatividade e consciência ambiental.
Produção Executiva: André Falcão
Assistência Técnica: João Ferreira

24 de maio – sábado
Oficina Dramaturgia de criação: corpo, palavra e espaço com o Mapa Teatro e Outras Linguagens
Horário: 9h até 12h
Local: Espaço Cultural Aimorés
Público: a partir de 16 anos com ou sem experiência
A presente oficina tem como ponto de partida a liberdade de experimentação no entrelaçamento entre corpo, palavra e espaço. Durante os encontros serão realizadas práticas que perpassam pela dinâmica do movimento na expressão corporal; ritmo; escrita e composição espacial. O objetivo é proporcionar um ambiente onde os participantes possam explorar e desenvolver esboços de cenas através de exercícios de criação por meio das múltiplas possibilidades da dramaturgia contemporânea.

25 de maio – domingo
10h – Danças Afro-brasileiras: memórias, ritmos e corporeidades com Evandro Passos
Horário: 10h até 12h
Local: Galeria IPHAN
A oficina visa a ampliação do repertório cultural e sensibilização artística dos participantes, mergulhando nos movimentos poderosos e ritmos que caracterizam a cultura afro-brasileira.

CENA ENCONTRO

22 de maio – quinta-feira
16h – Roda de conversa | Internacionalização das Artes da Cena: Redes de Cooperação, Caminhos e Desafios
Local: Instituto Rouanet
A internacionalização das artes da cena é uma prática política e poética que cria vínculos entre culturas e amplia vozes diversas. Em um cenário de desigualdades e urgências globais, conectar experiências artísticas é também construir alianças e fortalecer redes. Nesta roda de conversa, artistas, gestores e produtores discutem caminhos e estratégias — práticos e simbólicos — para internacionalizar projetos, formar parcerias horizontais e promover trocas sustentáveis entre diferentes territórios.
Mediação:
Carolina Correa (BH): Atriz e diretora. Mestre em Artes (UEMG), Idealizadora do Encontro Latinoamericano de Teatro (ELA) e Coordenadora Internacional do Festival Tiradentes em Cena
Convidadas:
Juliana Mota (SJDR): Atriz, cantora e professora da UFSJ, chefe do Departamento de Artes da Cena.
Paula Senna (BH): Gestora cultural, diretora de Promoção das Artes da FMC-BH, atua no FIT-BH.
Veronica Tapias (Chile): Gestora especializada em cultura comunitária e redes colaborativas com impacto local e internacional.
Paly Pavez (Chile): Atriz, dramaturga e produtora da Lafamiliateatro; diretora de Comunidades e Território do Festival Made in Chile.
Sylvia Sanchez (Bolívia): Artista da dança, fundadora do festival DANZÉNICA, com projetos entre Bolívia e Brasil.

23 de maio – sexta-feira
16h – Palestra | Empreender na cultura
Local: Jardim Centro Cultural Yves Alves
Com ampla experiência nos campos da produção cultural, da crítica teatral e da comunicação cultural digital, o jornalista, curador e gestor Miguel Arcanjo Prado compartilha suas reflexões sobre os novos caminhos da cultura no Brasil. A palestra propõe um olhar atento sobre os desafios e oportunidades do setor cultural na era digital, discutindo também o papel da crítica como mediação entre obra e público, e a importância de formar agentes culturais preparados para atuar com equilíbrio entre o empreendedorismo empresarial,
corporativo e social. A atividade também propõe caminhos para a formação de educadores capazes de sensibilizar estudantes para o campo do empreendedorismo cultural, ampliando horizontes e contribuindo para a construção de uma cultura mais sustentável e integrada às transformações contemporâneas.
Duração: 60 minutos

24 de maio – sábado
10h – Roda de Conversa | Aquilombar: Narrativas e a produção das artes da cena Negra
Local: Instituto Rouanet
Artistas e educadores se reúnem para refletir sobre as práticas em teatro negro, pedagogias negro- referenciadas e as múltiplas formas de fabular mundos a partir das negruras em cena. O encontro também abordará os desafios e potências da aplicação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas do país. A partir das narrativas negras e dos processos de aquilombamento artístico, discutiremos fabulações coletivas.
Magna Oliveira – mestre em Educação e coordenadora do projeto de extensão da UFMG “Iranti – Ser África” e curadora da Cena Aquilombar do Tiradentes em Cena;
Kymane Luzia – Estudante e trabalhadora de Teatro, graduanda em bacharelado pela UFSJ (Universidade
Federal de São João del-Rei) e arte-educadora junto ao corpo pedagógico do Teatro da Pedra. Na pesquisa, se debruça sobre os modos de vida (no sentido contracolonial de cultura), as corporalidades, a cosmovisão,
existentes na afrodiáspora brasileira; busca a valorização e a evidenciação da pretitude através dos chamados Teatros Negros.
Fernanda Nascimento – Poeta, atriz, cofundadora e gestora do Teatro da Pedra. Com formação em Teatro e Canto Popular, também é autora publicada e arte-educadora.
Altemar Di Monteiro – prof da graduação em teatro da UFMG, líder do grupo de pesquisa Negruras. Doutor e mestre em artes, encenador, dramaturgo, fundador do Nóis de Teatro (CE). Pesquisa performatividades negras e periféricas.
Duração: 90 minutos

24 de maio – sábado
15h – Roda de conversa | Formação de espectadores: dilemas e desafios
Local: Museu Padre Toledo / Salas dos sentidos
O encontro propõe uma reflexão sobre o papel da mediação cultural na formação de públicos. Com foco na valorização da experiência do espectador, no estímulo ao olhar crítico e na partilha coletiva de percepções, o encontro convida artistas, educadores e o público a debater os desafios e caminhos possíveis para ampliar o acesso, a escuta sensível e o engajamento com as criações cênicas.
Elen de Medeiros (Profa. da FALE e Coordenadora do Programa Mirante)
Heloisa Marina (Profa. da EBA e Colaboradora do Programa Mirante)
Matheus Borelli (Doutorando do Poslit e mediador do Programa Mirante)
Duração: 60 minutos


24 de maio – sábado
17h – “Corpo, Cena e Inconsciente — Encontros entre as Artes da Cena e a Psicanálise”
Local: Casa do Sino
As artes da cena oferecem um campo fértil para o diálogo com a psicanálise, revelando o inconsciente através do corpo, da presença e da criação simbólica. O encontro convida artistas, público em geral e psicanalistas a refletirem sobre a cena como espaço de escuta, criação e elaboração simbólica.
Duração: 60 minutos
Convidados: Helvio Santos, Regina Beatriz, Valéria

25 de maio – domingo
15h – Bate papo com Cacá Mourthé do Teatro O Tablado/ RJ
Local: Museu Padre Toledo / Salas dos Sentidos
A Cena Encontro propõe uma conversa intimista com Cacá Mourthé, atriz, professora e diretora artística do Teatro Tablado no Rio de Janeiro. Com trajetória marcada pela convivência e formação no Tablado, ao lado de Maria Clara Machado. A partir de suas primeiras lembranças no teatro ainda na infância – como espectadora de espetáculos de bonecos no Aterro do Flamengo – até sua atuação como professora e integrante do grupo Irmãos Flagelo, Cacá compartilha vivências que entrelaçam a história da pedagogia teatral brasileira com os bastidores da cena carioca. A atividade propõe uma escuta sensível sobre o legado de Clara Machado, os aprendizados com o ofício da docência e a experiência de criar e resistir através do riso, da crítica e do fazer coletivo. Uma oportunidade para refletir sobre formação, continuidade e memória no teatro brasileiro, a partir de quem viveu intensamente os bastidores de uma das maiores escolas de teatro do país.
Duração: 60 minutos

LOCAIS

Palco Principal / Rodoviária
Palco Sesc/ Rodoviária
R. Custódio Gomes, 11

Cerimônia de abertura
Espetáculos
Shows
Gastronomia
Feira e outros


Centro Cultural Yves Alves
R. Direita, 168 – Centro Histórico
Espetáculos
Exposição
Roda de Conversa
Palestra
Espaço Cultural Aimorés
Espetáculos
Oficinas

Museu Padre Toledo
R. Padre Toledo, 190 – Centro Histórico
Roda de conversa
Exposição

Senac Tiradentes
R. São Francisco de Paula, 164 – Cascalho
Cena Encontro / Encontro Programadores

Instituto Rouanet
Cena Encontro
Galeria IPHAN
Espetáculos
Oficinas

Plano B
Rua Min. Gabriel Passos, 79
Espetáculo
Festa

Casa do Sino
Praça da Rodoviária , 39
Roda de conversa

Museu da Liturgia
R. Jogo de Bola, 15 – Centro
Oficinas

Espaços alternativos
Ruas do Centro Histórico / Praça da Maria Fumaça / Largo das Forras / Ruas do Centro histórico / bairros
Intervenções cênicas

Em caso de chuva, os espetáculos realizados ao ar livre poderão ser cancelados, adiados ou transferidos para outros locais.

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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