Balé da Cidade de São Paulo dança Horizonte + e Piedad Selvaje no Theatro Municipal

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
O Balé da Cidade de São Paulo começa nesta sexta, 7 de junho, sua temporada de apresentações no palco do Theatro Municipal com Piedad Selvaje, uma nova criação da artista cubana Judith Sanchéz Ruíz, cujo trabalho é norteado por questões como casualidade e complexidade humana, improvisação, comunidade e ativismo. Suas coreografias não se baseiam na mecanização ou na memória do movimento, mas sim nas ramificações e camadas de temas numa rádio, conceito utilizado nas suas duas últimas peças mais significativas, ENCAJE (2017) e My Breast on the Table (2019).
Na mesma noite será apresentada Horizonte +, a remontagem da coreografia dos artistas brasileiros Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, que terão coreografado o Balé da Cidade de São Paulo em dezembro de 2023, como resultado de um edital para coreógrafos lançado pela primeira vez também em 2023. O edital visa fomentar novas colaborações com coreógrafos que não necessariamente tenham coreografado grandes companhias anteriormente e a proposta da dupla foi escolhida por uma banca formada por representantes dos bailarinos, o diretor artístico Alejandro Ahmed e a integrante do comitê curatorial do Theatro Municipal de São Paulo, Ana Teixeira.
O Blog do Arcanjo mostra os detalhes das coreografias.
BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO
Alejandro Ahmed, direção artística
Horizonte +
Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, concepção e coreografia
Chico Leibholz, composição musical e performance ao vivo
Hideki Matsuka, luz e espaço cênico
Júlia Rocha, dramaturgia
Patrícia Savoy, assistente de iluminação
Vinícius Cardoso, assistente de projeto do espaço cênico
IRRITA – Rita Comparato, figurino
Elenco: Alyne Mach, Ana Beatriz Nunes, Ariany Dâmaso, Bruno Rodrigues, Camila Ribeiro, Carolina Martinelli, Cleber Fantinatti, Erika Ishimaru, Fabiana Ikehara, Fabio Pinheiro, Grecia Catarina, Harry Gavlar, Isabela Maylart, Jessica Fadul, Leonardo Hoehne Polato, Leonardo Muniz, Leonardo Silveira, Luiz Crepaldi, Luiz Oliveira, Manuel Gomes, Marcel Anselmé, Márcio Filho, Marina Giunti, Marisa Bucoff, Odu Ofá, Rebeca Ferreira, Renata Bardazzi, Reneé Weinstrof, Victor Hugo Vila Nova, Victoria Oggiam e Yasser Díaz.
Horizonte + é a remontagem da partitura coreográfica, a princípio, criada e dançada por Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, com música ao vivo do baterista Chico Leibholz. A peça foi composta na relação entre as práticas corporais asiáticas, que os artistas vêm estudando, e o universo de criação da artista visual nipo-brasileira Tomie Ohtake (1913-2015). Ohtake é reconhecida por suas pinturas abstratas e geométricas, e também, pelas suas esculturas pendulares, de cores vibrantes e escalas diversas. Para os bailarinos do Balé da cidade de São Paulo foi possível alargar a escala da peça original, somando e diversificando a partitura coreográfica. Essa peça acontece na paisagem horizontal dos corpos, que oscilam entre arranjos geométricos, cujo encaixe nunca é perfeito e equilibrado dando forma aos espaços vazios.
Eduardo Fukushima é coreógrafo paulistano, dançarino, professor, preparador corporal e dramaturgista de dança. Como coreógrafo e performer realizou colaborações para teatro, cinema, artes visuais, ópera e design.
Beatriz Sano é coreógrafa paulista, dançarina, professora e pesquisadora. Graduou-se em bacharelado e licenciatura em dança pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e desenvolveu seus próprios trabalhos: Solo (2014), Estudo de Ficção (2017) e Tudo de Novo (2022).
Intervalo
Piedad Salvaje (estreia)
Judith Sánchez Ruíz, coreografia
Maria Beraldo, direção musical e composição original
Grissel Piguillen, design de luz
Vinicius Cardoso, cenografia
Karin Serafin, figurino
Elenco: Alyne Mach, Ana Beatriz Nunes, Ariany Dâmaso, Bruno Rodrigues, Camila Ribeiro, Carolina Martinelli, Cleber Fantinatti, Erika Ishimaru, Fabiana Ikehara, Fabio Pinheiro, Grecia Catarina, Harry Gavlar, Isabela Maylart, Jessica Fadul, Leonardo Hoehne Polato, Leonardo Muniz, Leonardo Silveira, Luiz Crepaldi, Luiz Oliveira, Manuel Gomes, Marcel Anselmé, Márcio Filho, Marina Giunti, Marisa Bucoff, Odu Ofá, Rebeca Ferreira, Renata Bardazzi, Reneé Weinstrof, Victor Hugo Vila Nova, Victoria Oggiam e Yasser Díaz.
Criação desenvolvida a partir da coreografia criada em dezembro de 2023.
Judith Sanchéz Ruíz é uma artista independente com extensa produção como coreógrafa, performer e improvisadora. Cubana radicada em Berlim, fundou a JSR Company em Nova York, em 2010, criando inúmeras obras coreográficas e site-specific envolvendo música ao vivo com compositores e artistas visuais inovadores.
Duração aproximada 100 minutos (com intervalo)
Classificação livre para todos os públicos
Ingresso de R$ 12,00 a R$ 87,00 (inteira)
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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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