Festival de Curitiba começa com missão de fazer 250 mil de público e quebrar seu próprio recorde

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

A curadora Giovana Soar e os diretores do Festival de Curitiba Leandro Knopfholz e Fabíula Passini © Annelize Tozetto Agência Daniel Sorrentino @dansorrel Festival de Curitiba – Blog do Arcanjo 2023


ENVIADO ESPECIAL AO FESTIVAL DE CURITIBA*

O Festival de Curitiba começa nesta segunda, 27 de março, Dia Mundial do Teatro, com 18 sessões já esgotadas. Em sua 31ª edição, que vai até 9 de abril, o objetivo é bater recorde de público, com 250 mil pessoas participando do evento.

A expectativa foi anunciada por uma das diretoras do evento, Fabíula Passini, durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 27, na Sala Jô Soares, no Hotel Mabu, na Praça Santos Andrade, centro curitibano.

“Isso é sem dúvida nenhuma motivo de orgulho”, garantiu Fabíula. “Da mesma forma, me senti orgulhosa quando o pessoal de ‘O Tempo e Sala’ [peça em cartaz no Festival] procurou a gente, dizendo que queria estrear o espetáculo deles aqui. São artistas que têm uma carreira consolidada”, pontua.

Uma das curadoras da edição deste ano do Festival, Gioavana Soar lembra que o público de Curitiba prestigia o teatro. “Se você olhar, nossa programação não tem um grande número de espetáculos com atores superconhecidos, gente da TV, por exemplo”, disse. “Então, é muito bom saber que a cidade de Curitiba se interessa mesmo por teatro, e não apenas por celebridades.”

Neste ano, o Festival de Curitiba conta com quatro pratas da casa, produções da própria capital, na sua principal vitrine, a Mostra Lucia Camargo: o solo “Sobrevivente”, da premiada atriz Nena Inoue; a estreia na direção do renomado iluminador Beto Bruel, em “Ovos Não Têm Janela”, com texto de Manoel Carlos Karam; a versão de Maurício Vogue para “Sonhos de Uma Noite de Verão”, que será apresentada no jardim de um bar; e “Adoráveis Transgressões”, da Selvática Ações Artísticas, que faz um drama russo ganhar contornos de cabaré.

Fora isso, a produção “O Tempo e a Sala”, apesar de ser carioca, tem no elenco seis atores e atrizes curitibanas.

“Na primeira edição do Festival eu ainda estava na faculdade”, lembra a curadora Giovana Soar. “Então, é uma honra pra mim hoje poder programar os meus colegas, parcerias de uma vida toda. Como o Maurício Vogue, com quem eu sempre trabalhei.”

Para tentar impulsionar ainda mais a produção da cidade, este ano cerca de 30 programadores de teatro do Brasil inteiro foram convidados a vir ao Festival para observar a Mostra Fringe, e selecionar montagens que eventualmente possam ser levados ao resto do país.

“Nossa indicação, é claro, é que eles olhem para espetáculos feitos por artistas da cidade.”

Leandro Knopfholz e Fabíula Passini, diretores do Festival de Curitiba © Daniel Sorrentino – Blog do Arcanjo 2023

Passagem de bastão

O fundador do Festival de Curitiba e atualmente codiretor, Leandro Knopfholz, definiu a atual edição como de “transição”. “Este é o Festival da Fabíula, que fez a maior parte do trabalho. E minha ideia é que seja cada vez mais assim”, disse. “Eu estou aqui hoje meio que como rainha da Inglaterra”, brincou ele. “É como diz o Belchior, o novo sempre vem. E vem pra melhor”, concluiu.

*O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Curitiba.

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Um dos jornalistas culturais mais respeitados do Brasil, Miguel Arcanjo Prado é CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. É mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação pela UFMG e crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo PodFoi eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se por três vezes. Recebeu a Medalha Mário de Andrade, maior honraria nas letras do Governo do Estado de São Paulo. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. É presidente do júri do Prêmio Arcanjo e integra o júri do Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Guia da Folha, e Canal Brasil de Curtas. Recebeu ainda o Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil e Prêmio Leda Maria Martins.
Foto: Edson Lopes Jr.
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