Olhar de Cinema começa com Cloud – Nuvem de Vingança espantando o frio na Ópera de Arame em Curitiba

Filme japonês Cloud abriu o 14• Olhar de Cinema em Curitiba na Ópera de Arame © Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Prepare-se para uma imersão cinematográfica de tirar o fôlego! A 14ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba desembarcou na capital paranaense nesta quarta-feira (11), prometendo uma experiência visual sem precedentes. E o impacto já começa na abertura: um filme japonês aclamado internacionalmente, exibido em uma tela colossal de 472 polegadas na icônica Ópera de Arame.

A estreia nacional de Cloud – Nuvem de Vingança, do renomado diretor Kiyoshi Kurosawa, abriu o evento em noite de frio de 10 graus em Curitiba. Este suspense psicológico, que representou o Japão na corrida pelo Oscar 2025, foi projetado em uma tela monumental de mais de 12 metros de largura, criada especialmente para o evento.

Kurosawa, mestre por trás de obras cultuadas como A Cura e Pulse, entregou uma narrativa instigante inspirada em fatos reais, onde a justiça digital e a vingança se entrelaçam na vida de um revendedor online. Um verdadeiro show de cinema autoral e de alta voltagem.

Após a sessão, o público presente participou da festa de abertura do festival.

Nove dias de sétima arte

Até o dia 19 de junho, o Olhar de Cinema desdobra-se em uma programação exuberante, com mais de 90 produções – entre curtas e longas-metragens, estreias mundiais, nacionais e clássicos redescobertos.

Distribuídos em 10 mostras temáticas, os filmes convidam o público a múltiplos olhares sobre o cinema contemporâneo e suas diversas formas de expressão.

As sessões acontecem em locais emblemáticos como Cine Passeio, Cine Guarani, Sala Claro MON (Museu Oscar Niemeyer), Teatro da Vila (CIC) e Cinemateca, garantindo acesso facilitado a todos os amantes da sétima arte.

E o melhor: ingressos a preços acessíveis, de R$8 a R$16, com opções de sessões gratuitas. Ou seja, o evento democratiza o acesso a essa grande festa do cinema no Paraná.

Apenas Coisas Boas: Romance rural LGBTQ+ de Daniel Nolasco tem estreia nacional na 14ª edição do Olhar de Cinema © Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Romance gay rural é destaque no Olhar de Cinema: Apenas Coisas Boas

No Mês do Orgulho, o novo filme do diretor Daniel Nolasco estreia nacionalmente na 14ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Apenas Coisas Boas é o segundo longa-metragem de ficção de Nolasco, que também assina o roteiro e é considerado um dos nomes mais relevantes do cinema queer brasileiro, e traz um drama com romance que parte do encontro entre dois homens no interior do Goiás, em 1984. 

Premiado no Frameline Completion Fund, fundo norte-americano destinado a filmes com temáticas LGBTQ+, a produção apresenta uma narrativa marcada pela solidão e a tensão entre o desejo e a repressão. 

No município de Catalão, em uma paisagem rural, Antonio, interpretado por Lucas Drummond, é um fazendeiro que vive sozinho e isolado, cuidando dos afazeres de sua pequena fazenda. Seu destino cruza com o de Marcelo, vivido por Liev Carlos, um motociclista solitário que sofre um acidente ao passar pela região. Desacordado, ele é resgatado por Antonio, que cuida de seus ferimentos e o abriga durante sua recuperação, dando início a uma história intensa que transforma, desestabiliza e provoca rupturas em cada um deles. 

A estreia nacional do filme ocorre no dia 17 de junho, às 20h45, no Museu Oscar Niemeyer (Sala Claro – MON), em uma sessão seguida por bate-papo com a equipe da produção. No dia 18 de junho, a exibição ocorre no Cine Passeio (Cine Passeio Luz), às 13h30. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site oficial do Olhar de Cinema: www.olhardecinema.com.br .

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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