Musical recupera importância de Batatinha, ícone do samba na Bahia

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Grande nome da Velha Guarda do Samba no Brasil, o baiano Oscar da Penha, de nome artístico Batatinha (1924-1997), tem sua memória recuperada no espetáculo musical Sua Excelência Oscar da Penha, o Batatinha, que estreou neste domingo (11), de modo digital no Teatro Vila Velha, de Salvador. As novas apresentações estão marcadas para 18 e 25 de julho e 1º de agosto, sempre às 19h, com ingressos disponíveis no site do teatro.

Diogo Lopes Filho celebra 30 anos de carreira com musical sobre Batatinha
A obra sobre o gráfico para pagar as contas e sambista por paixão é protagonizada pelo ator Diogo Lopes Filho, que celebra 30 anos de carreira com o espetáculo. Em cena, veste elegante figurino criado por Zuarte Jr., à altura da elegância costumeira que Batatinha era visto na noite baiana.
Diogo interpreta o texto de Fábio Espírito Santo costurado pelos clássicos de Batatinha sob cuidadosa direção de Marcio Meirelles e direção musical de Jarbas Bittencourt. A banda da peça é formada pelos músicos Vanessa Melo (flauta, clarineta e voz), Duarte Velloso (violão e surdo) e Arthur Oliveira (bateria e percussão).
Artistas negros são apagados da história
Da mesma geração de pioneiros como Riachão (1921-2020), Batatinha, também negro e de origem pobre, teve sua importância apagada na história da música baiana e brasileira, fruto do racismo estrutural que impera no Brasil e minimiza a contribuição negra à nossa cultura. O espetáculo recupera a importância do artista. Agora, o desejo é fazer uma temporada presencial assim que for possível não só na Bahia como por todo o país. Batatinha merece.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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