As Veias Abertas da América Latina de Eduardo Galeano faz 50 anos
Livro icônico dos campos progressistas latino-americanos, As Veias Abertas da América Latina, escrito pelo uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) completa 50 anos neste 2021. Para celebrar o cinquentenário o livro-marco, haverá uma edição especial na Argentina e no Uruguai.
A obra inspirou estudantes universitários, intelectuais, líderes políticos no continente e ainda famosa obra Mão da América, de Oscar Niemeyer (1907-2012), escultura de sete metros de altura que é um dos símbolos de São Paulo, localizada no Memorial da América Latina. No próximo 13 de abril, a morte de Galeano completa seis anos.
É a América Latina, a região das veias abertas. Desde o descobrimento até os dias de hoje, tudo sempre se transmutou em capital europeu ou, mais tarde, em capital norte-americano, e como tal se acumulou e se acumulou nos distantes centros de poder. Tudo: a terra, seus frutos e suas profundezas ricas em minerais, o homem e sua capacidade de trabalho e consumo, recursos naturais e recursos humanos”.
As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano
Com o título original Las Venas Abiertas de América Latina, o livro foi publicado por Galeano em 1971, quando ele tinha apenas 31 anos e tornou-se uma das bíblias do movimento anti-imperialismo norte-americano no continente, sempre figurando na lista dos mais vendidos.
Em suas quase 500 notas, o livro apresenta como nosso continente foi expropriado ao longo dos séculos. O livro continua atualíssimo, como no fragmento que diz “O FMI e o Banco Mundial exercem pressões cada vez mais intensas para que os países latino-americanos remodelem sua economia e finanças em função do pagamento da dívida externa”.
Pelo jeito as décadas e séculos passam, e as coisas na América Latina permanecem iguais.
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Um dos jornalistas culturais mais respeitados do Brasil, Miguel Arcanjo Prado é CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. Mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação pela UFMG e crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra o júri de Prêmio Arcanjo, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Guia da Folha, e Canal Brasil de Curtas. Ganhou o Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Governo do Estado de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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