O Retrato do Bob: A majestade de Lizette Negreiros

Foto BOB SOUSA
Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Foi em 1969 que Lizette Negreiros partiu de Santos, onde nasceu no Morro de São Bento, rumo a São Paulo para fazer Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. O chamado era para dividir palco com o grande Paulo Autran, em sua companhia, dirigida por Silnei Siqueira. Logo, emendou Hamlet, convidada por Flávio Rangel para substituir Zezé Motta como Hécuba. Com a peça, contracenou com a fina flor do teatro brasileiro: Walmor Chagas — considerado o melhor Hamlet já visto no teatro brasileiro —, Lilian Lemmertz, Jonas Bloch, Beatriz Segall, Cláudio Corrêia e Castro, Otávio Augusto e Zanoni Ferreti. Daí, passou a ser requisitada pelos mais importantes artistas teatrais do País. E acabou se encontrando no teatro infanto-juvenil seu ponto certo, ao lado do Grupo de Teatro Ventoforte. Venceu duas vezes o Prêmio APCA de melhor atriz, entre outros troféus. A veia artística foi despertada lá no comecinho, ouvindo o pai tocar violão. Pelo jeito, aquela menina já tinha este ar de rainha, esta majestade.

*BOB SOUSA é fotógrafo e autor do livro Retratos do Teatro (Editora Unesp). Sua coluna O Retrato do Bob é publicada no Atores & Bastidores do R7 toda segunda-feira, com grandes nomes dos palcos. Já às sextas, a coluna O Retrato do Bob sai no blog R7 Cultura, com personalidades do mundo cultural.

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3 Resultados

  1. nels disse:

    Miguel, que coluna/blog legal este seu hein? Parabéns por abrir espaço para atores e para o teatro, pois É NO TEATRO QUE SURGEM OS GRANDES ATORES, ja que não ha como regravar,e o conhecimento se torna a ferramenta do improviso sempre necessario. Nosso povo precisa mais de teatro, pois é lá que se pode ver obras dos maiores autores do mundo, que a TVs, até por terem pouco espaço nas suas grades, acabam optando por fazerem obras MAIS CONTEMPORANEAS que refletem mais o dia dia e a identidade do povo. A ministra Marta Suplicy, fez uma Lei de vale cultura, e acho que isso atrairá mais pessoas ao teatro, pois o custo das peças e dos ingressos ficaram mais em conta. Embora os brasileiros, tenham o seu acesso à cultura limitado, pelos preços das obras, o povo vem mostrando UMA VONTADE DE BUSCAR CULTURA. Nessa eleição por exemplo, o povo mostrou CULTURA, que significa buscar o conhecimento, pois derrubou e subiu os candidatos nas pesquisas por diversas vezes, e votou na Dilma que prestou conta e não votou no Aecio que não explicou. Por isso podemos dizer que temos um povo politizado, pois votou consciente, afinal nenhuma dessas subcelebridades foram eleitas deputadas e deputados. Portanto as pessoas, e até mesmo artistas famosos e populares, que estão sempre aparecendo na TV, que NUNCA SE INTERESSARAM POR POLITICA, mas que nessa eleição cairam de paraquedas na campanha do Aecio Neves, apenas com o intuito de derrotar o PT, no MELHOR ESTILO do “OUVI FALAR QUE” e “NÃO O DE ACHO OU SEI QUE”, não podem se achar no direito de criticar os eleitores da Dilma do PT, que acompanham politica a muito tempo, e SEMPRE SAIRAM AS RUAS, SEJA PEDINDO POR ELEIÇÃO DIRETAS como nos anos de 1980, ou mesmo nas manifestações de 2013, CONTRA TODOS OS PARTIDOS E TODOS OS POLITICOS, pedindo por: COMBATE A CORRUPÇÃO E REFORMA POLITICA. Somente quem acha que sociologo é um genio como Einstein, e não um nome inventado para dar pompa a professores milionarios de: filosofia, historia e estudos sociais, bem como pedagogos e formados em serviço social, é que acredita que o FHC é mais culto do que o Ziraldo; e que o Zezé di Camargo e o Chitãozinho e Xororó, são mais politizados que o Chico Buarque, o Caetano Veloso e o Gilberto Gil; que votaram na Dilma.

  2. Phillipe disse:

    Pus um comentário lindo sobre a Lizette. Lamentavelmente não apareceu por falha operacional.

  3. Phillipe disse:

    Ah, que pena! Justamente um dos meus comentários mais inspirados, um dos elogios mais bonitos que já escrevi para um artista, acabou perdido por conta de falha operacional. Tinha escrito um elogio lindo para a Lizette, porém ele se perdeu. Agora não vou lembrar das palavras exatas pois escrevi no calor do momento, logo após ler seu texto. Que dó!

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