Entrevista de Quinta: Thelmo Fernandes homenageia o teatro com A Arte da Comédia

Thelmo Fernandes é o prefeito em “A Arte da Comédia”. Foto: Paula Kossatz

Nina Ramos, do R7, no Rio

Os amantes de teatro precisam incluir na agenda uma passada no Maison de France, no Rio de Janeiro. É lá que Thelmo Fernandes, Ricardo Blat, e grande elenco colocam o público para refletir, rir e se emocionar com A Arte da Comédia.

O espetáculo é uma delicada e bem trabalhada homenagem ao teatro. A bola dentro começa com o texto do excelente autor italiano Eduardo De Filippo. Inteligente, a trama conta a história de um velho ator (Ricardo Blat) que tem o barracão incendiado e perde tudo. Ele, portanto, decide se reunir com o novo prefeito para discutir o futuro da arte na cidade.

Fica sob responsabilidade de Thelmo dar vida ao novo prefeito, que, por sua vez, já pensou em seguir a profissão de ator quando jovem. Com direção de Sérgio Módena, Thelmo e Ricardo fazem uma dobradinha de encher os olhos.

Thelmo conversou com o Atores & Bastidores e contou um pouco sobre a experiência no projeto. Para ele, o elenco – composto por Erika Riba, André Dias, Alcemar Vieira, Celso André, Alexandre Pinheiro, Ricardo Souzedo, Teresa Tostes, Poena Vianna, Saulo Segreto e Sergio Somene – apostou na história, e ela se mostrou ainda maior quando foi do papel para o palco.

A parceria de Thelmo e Ricardo Blat. Foto: Paula Kossatz

— É um grande privilégio na minha vida fazer este espetáculo com Ricardo e com os outros nomes do nosso elenco. É sempre muito complicado conciliar teatro com televisão [Thelmo está no elenco da minissérie José do Egito (Record)]. E um dos motivos que me levou a aceitar foi fato de trabalhar com o Ricardo. Eu sou muito fã dele. Ele é uma referência para mim de teatro.

Pois voltando à história, o encontro do velho ator com o prefeito termina em um calorosa discussão. E ao invés de o artista levar para casa o documento que pediu, ele acaba deixando o gabinete da autoridade com a lista dos cidadãos que o prefeito deve receber. E daí se desenrola toda a comédia. 

— O velho ator tira proveito disto e coloca a pulga atrás da orelha do prefeito. “E se, na verdade, ao invés dos habitantes da cidade eu mandasse os meus atores aqui falar com o senhor?”. O prefeito fica completamente louco achando que todos que ele recebe são atores da trupe e não habitantes da cidade. A peça se desenrola por aí. O teatro acaba sendo uma arma poderosíssima e tem um poder de transformação. O prefeito fica louco, a plateia fica louca junto e acontecem situações hilárias. 

O blog assistiu e pode afirmar: A Arte da Comédia é uma felicidade de acertos. Além do elenco divinamente afinado, o cenário de Aurora dos Campos e o impecável figurino de Antônio Medeiros compõem o sucesso da peça.O mais legal de se ver é que o riso não é forçado, e a atuação que poderia ser considerada como caricata fica na medida certa. Outro importante detalhe que “conversa” com o elenco é a luz de Tomás Ribas, que tem “falas decoradas” como qualquer artista no palco.

— Quem nunca viu ou nunca entendeu o teatro, eu tenho certeza que vai passar a gostar, porque fala de uma maneira muito legal, muito inteligente e sem ser didático. A peça é solta, o público embarca junto. Está sendo um prazer fazer esse trabalho.

A Arte da Comédia
Avaliação: ótimo
Quando: quintas e sextas, às 19h30; sábados às 20h30; domingos às 18h30
Onde: Teatro Maison De France (Av. Presidente Antônio Carlos, 58 – Centro)
Quanto: R$ 60 (qui e sex); R$ 70 (sáb e dom)
Temporada: até 3 de março
Classificação etária: 10 anos

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1 Resultado

  1. Felipe disse:

    Figurino legal. Está com pinta de teatro europeu, talvez londrino

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