Casa Vogue valoriza trajetória de 4 artistas negras: conheça os nomes

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Representatividade aliada ao farto talento é o tom da revista Casa Vogue de julho. A publicação apresenta a trajetória de quatro artistas contemporâneas que integram a exposição Enciclopédia Negra, em cartaz na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Na reportagem Verbetes Femininos, Lidia Lisboa, Juliana Dos Santos, Heloisa Hariadne e Panmela Castro abrem as portas de seus ateliês à equipe da revista e revelam suas rotinas, inspirações e perspectivas. O Blog do Arcanjo conta um pouco mais sobre cada uma delas.

Lidia Lisboa
A artista plástica, ceramista e performer autodidata Lidia Lisboa, 50, natural do Paraná, traz em suas obras questões delicadas (como aborto, violência contra a mulher e sua condição no mundo) de maneira surpreendentemente poética e lúdica. Desde sua primeira experiência profissional, aos 19 anos, no ateliê-casa de alta-costura de Demi Queiroz, as fronteiras entre espaço de trabalho e de moradia se sobrepõem em seu universo.

Juliana dos Santos
Doutoranda no Instituto de Artes da Unesp e atualmente em cartaz na coletiva Imagens que Não se Conformam, no Museu de Arte do Rio, Juliana Dos Santos reformou, com as próprias mãos, um quarto de 3,5 x 4 m na casa da mãe a fim de transformá-lo em estúdio. “Foi um momento muito importante de introspecção e de mergulho no meu processo criativo. Consegui construir meu mundo aqui”, conta a artista visual de 34 anos.

Heloisa Hariadne
Aos 23 anos, recém-formada na faculdade Belas Artes de São Paulo, Heloisa Hariadne, está a todo vapor para sua primeira individual, a ser inaugurada na Galeria Leme em agosto. A exposição, com curadoria de Carollina Lauriano, inaugura na Galeria Leme em agosto, quando a pintora completa um ano na região central da capital paulista.

Panmela Castro
Já Panmela Castro norteia sua arte e seu espaço por conceitos como alteridade e pertencimento, para lidar com o fato de que sempre se sentiu ocupando um não lugar. “Nem branca, nem negra retinta, nem gorda, nem magra, da academia e da rua.” A solução? Abrir seu processo criativo autobiográfico. “Quando o outro se identifica com as minhas experiências, o ciclo se completa e eu pertenço a algum lugar”, revela a artista na reportagem, que ganha vida em quatro páginas da publicação.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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