★★★★ Crítica: Matraga une grandiosidade da produção cênica e operística de Minas Gerais ao sertão de Guimarães Rosa

Matraga mostra força de Minas Gerais na produção de óperas originais brasileiras © Guto Muniz Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Enviado especial a Belo Horizonte, Minas Gerais*

★★★
MATRAGA
Avaliação: Muito Bom
Crítica por Miguel Arcanjo Prado

O frio de outono contribuiu na elegância do público, que desfilou casacos variados e até sobretudo de lã. Ver o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes lotado em plena segunda-feira para prestigiar uma ópera original mineira, no caso Matraga, inspirada na obra do também mineiro e gênio da literatura nacional João Guimarães Rosa, atesta a força da tradição de espetáculos cênicos e operísticos em Minas Gerais.

Matraga faz parte da leva de títulos originais mineiros capitaneada pela Fundação Clóvis Salgado. O espetáculo teve pré-estreia em 2023 na Gruta do Maquiné, em Cordisburgo, terra natal de Guimarães Rosa, e estreia na sequência em Belo Horizonte, ainda em 2023, e voltou para quatro sessões de despedida entre 17 e 20 de maio de 2025.

O espetáculo cênico-operístico é inspirado no texto A Hora e a Vez de Augusto Matraga, que completa 60 anos, integrante do livro Sagarana, de 1965, transformado em ópera pelo argentino radicado em Minas Gerais Rufo Herrera, um verdadeiro mineiro de coração, em 1985, com revisão em 2023.

A trama mostra a saga do fazendeiro violento Augusto Matraga, interpretado pelo ator vencedor do Prêmio APCA Leonardo Fernandes. O personagem impõe sua força bruta no sertão violento das Minas Gerais, mas é traído e abandonado por sua mulher e sofre uma emboscada, na qual por pouco não morre. É salvo por um casal de gente simples do povo. A partir do episódio, tem uma epifania que o faz mergulhar na religiosidade, ressignificando sua vida. O encontro com o jagunço Joãozinho Bem-Bem, espécie de espelho do que ele foi, vai selar seu destino e promover sua redenção final.

A encenação de Matraga, sob direção geral de Cláudia Malta e direção cênica de Rita Clemente, cria imagens visuais belíssimas, com as cores terrosas do sertão em uma cenografia sofisticada e criativa de Miriam Menezes, com direito a uma grande árvore do cerrado estilizada ao fundo e um cavalo-boneco gigante, remetendo ao Cavalo de Troia. A cenografia e o grande número de artistas em cena, 160 para ser mais preciso, são ressaltados pela iluminação onírica de Gabriel Pederneiras.

Com 400 profissionais envolvidos, Matraga é uma costura de diferentes colaboradores e corpos estáveis da FCS, produzindo um resultado na qual as partes se sobressaem ao todo. Pode-se dizer que, mais do que é uma ópera, trata-se de um grandioso espetáculo cênico com momentos operítiscos.

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais impõe sua excelência musical à encenação, e em certos momentos é utilizada como música incidental das cenas teatrais.

A obra tem direção musical de Ligia Amadio, regente titular da OSMG, com André Brant atuando como regente assistente e também na preparação do Coral Lírico.

O Coral Lírico de Minas Gerais, sob cuidados de André Brant e Augusto Pimenta, é um charme à parte, e em muitos momentos ganha o protagonismo, com sua fusão de dezenas de vozes vibrantes, sobretudo quando cria cenas de multidão.

Sayonara Lopes criou figurinos sertanejos, com suas capas e couro, que ajudam a transportar o público para a ambientação roseana. Já Alex Soares apostou em uma direção coreográfica mais sutil, com os ótimos bailarinos da Cia de Dança Palácio das Artes.

Uma produção dessa magnitude só poderia acontecer na casa operística mineira por excelência, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, pulsante complexo cultural e centro de formação artística do Governo de Minas Gerais. Incrustado no Parque Municipal, no coração de Belo Horizonte, ele ocupa o edifício modernista projetado por Oscar Niemeyer e Hélio Ferreira Pinto.

Quem gere o espaço é a Fundação Clóvis Salgado (FCS), atualmente sob presidência de Sérgio Rodrigo Reis, que vem imprimindo uma visão artística de ousadia em trazer novas propostas às óperas originais, fazendo as mesmas dialogarem com a essendia do povo das Minas Gerais.

O foco é trazer a mineiridade para o centro do palco, propondo à ópera dialogar com outras linguagens artísticas, como o teatro, a dança e a música popular, o que acontece em Matraga, que conta ainda com participações potentes do ator Gilson de Barros, especialista na obra roseana e vencedor do Prêmio Arcanjo, como o narrador; e do grande violeiro Chico Lobo, nome fundamental da música regional mineira. “Quando a gente está fazendo esses títulos originais, a gente apostou em correr riscos”, diz Reis ao Blog do Arcanjo. “São vários protagonistas dentro do espetáculo cênico musical”.

Com excelente atuação, o protagonista Leonardo Fernandes não é um cantor, algo inusual em uma ópera, mas os personagens ao seu entorno defendem o canto lírico, com maior brilho para as vozes masculinas: o tenor Flávio Leite, como o jagunço Joãozinho Bem-Bem, grande destaque do ato final; a mezzosoprano Edineia Oliveira, como Mãe Quitéria, que evoca a ancestralidade afro-brasileira; a soprano Edna d’Oliveira, como Dionóra, a mulher que abandona Matraga; o tenor Geilson Santos, como o recadeiro Quim; e o barítono Leandro Abreu, como Ovídio, o amante de Dionóra, cada qual com seu solo.

Também ganham destaque os atores Guilherme Théo (Tião da Tereza), Luciano Luppi (Padre e Ancião), o bailarino Ivan Sodré (Major Consilva) e as bailarinas Eliatrice Gieschewski e Maíra Campos (Mimita) e Isadora Brandão (Sariema).

Matraga evoca o sertão mineiro de João Guimarães Rosa © Guto Muniz Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Matraga impõe uma abordagem diferente à do ambiente operístico tradicional, com sua encadenação de linguagens para formar um conjunto construído não só por árias, mas também por textos falados e coreografias. O público mais tradicional das óperas pode estranhar num primeiro momento o protagonismo do teatro e da dança, mas, aos poucos entra na história e no universo mítico que o gênio Guimarães Rosa construiu. Afinal, mais do que ninguém, ele soube mostrar ao mundo que a mineiridade pode ser universal. Como cantou Milton Nascimento, “sou do Mundo, sou Minas Gerais”.

★★★
MATRAGA
Avaliação: Muito Bom
Crítica por Miguel Arcanjo Prado

Matraga, ópera de Rufo Herrera – Foto: Guto Muniz Divulgação © Blog do Arcanjo 2025

Matraga tem números grandiosos em Minas Gerais

A escala numérica de Matraga é impressionante. São 400 profissionais envolvidos, com 160 artistas em cena, incluindo 13 solistas/atores, o espetáculo é uma colaboração vibrante da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), com 68 instrumentistas, do Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG), com 69 coralistas, e da Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA), que traz 16 bailarinos para o palco.Além do elenco, uma equipe de 22 pessoas no palco e um total de 170 profissionais (entre criação, backstage, fornecedores, equipe da Fundação Clóvis Salgado e produção) garantem a execução impecável deste evento grandioso. A ópera se desdobra em 17 cenas distribuídas em três atos, utilizando quatro composições cênicas distintas. A riqueza visual é complementada por 131 figurinos meticulosamente elaborados e 532 adereços, que incluem chapéus, cintos, sapatos e diversos acessórios, criando o clima do sertão mineiro. Um total de 160 objetos cênicos contribui para a experiência imersiva, transportando o público diretamente para o cenário roseano.

O ator Leonardo Fernandes protagoniza ópera Matraga, produção da Fundação Clóvis Salgado em Minas Gerais Foto: Guto Muniz Divulgação © Blog do Arcanjo 2025

Matraga dá destaque a atores do teatro

Leonardo Fernandes, intérprete do protagonista, descreve Matraga ao Blog do Arcanjo como um personagem “denso, contraditório, profundamente humano, complexo”. Fernandes ressalta o desafio de atuar em uma ópera como um não-cantor: “Ampliar minha percepção para a música e para a dança enquanto navego pelas transformações de Matraga é um desafio constante. É um personagem que está em conflito o tempo inteiro, oscilando entre a brutalidade e a fé, entre o destino imposto e a escolha pessoal. Minha missão é trazer à cena essa tensão viva, essa busca por redenção, com toda a força simbólica que a linguagem da ópera pode potencializar.”

O ator Leonardo Fernandes reforça a importância de Minas Gerais no cenário operístico, observando que, “fora de São Paulo, é um dos poucos estados que consegue manter uma programação regular de ópera há anos”. E acrescenta: “O Palácio das Artes costuma montar pelo menos duas grandes produções por ano, o que movimenta o mercado cultural, gera trabalho para artistas locais e ainda traz gente de fora, criando um intercâmbio muito rico”, celebra.

Outro ator de destaque em Matraga é Gilson de Barros, que tem uma trilogia com monólogos inspirados no livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, obra que lhe rendeu o Prêmio Arcanjo na categoria Especial.

Na ópera, cumpre a função do narrador da história, com seu inconfundível jeito matuto e sereno em cena. “Do sertão brotam palavras com cortam como faca e encantam como reza”, define, no clima roseano.

Palácio das Artes, sede da Fundação Clóvis Salgado em BH: produção operística relevante – Foto: Belotur/Divulgação Blog do Arcanjo

Fundação Clóvis Salgado é importante centro cênico e operístico nacional

A produção de “Matraga” é um exemplo da importância da Fundação Clóvis Salgado (FCS) para a ópera em Minas Gerais e no Brasil. Sergio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado, enfatiza que a instituição já caminha para sua centésima produção desde a primeira, em 1971.

“A FCS tem profissionais e ateliês necessários à produção operística, como poucas instituições brasileiras”, afirma. “Além disso, com nossos corpos estáveis, todo mês temos quatro concertos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, quatro apresentações do Coral Lírico de Minas Gerais e quatro apresentações da Cia. de Dança do Palácio das Artes”. Com tantas atividades cotidianas, os projetos especiais funcionam como “apostas para renovar e trazer frescor”, diz o executivo, estimulando não só artistas como todo o time criativo e técnico da instituição, além de proporcionar novidades ao público.

Quem pensa que criar coisas novas é fácil se engana. Para Matraga ser produzida, por exemplo, foi necessário um ano e meio de intensa negociação pelos direitos autorais da obra com os herdeiros de Guimarães Rosa.

3º Festival de Música Histórica de Diamantina, em Minas Gerais - Foto: Divulgação - Blog do Arcanjo 2021
Pesquisadores da Fundação Clóvis Salgados viajam a Diamantina, em Minas Gerais, para criar ópera original sobre Chica da Silva – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo 2021

Chica da Silva vai virar ópera em Minas Gerais pela Fundação Clóvis Salgado

As óperas originais da Fundação Clóvis Salgado abordam as “Minas” e as “Gerais”. A próxima, prevista para 2026, será Chica da Silva, já em processo de pesquisa e que terá direção cênica do renomado Jorge Takla.

“Para fazer Chica da Silva estamos construindo essa relação com o lugar, se inspirando no lugar. Para fazer a Chica da Silva a gente quer uma Chica de verdade. A gente não quer o folclore que já foi feito em novela e filme. A gente está indo atrás de quem foi a personagem Chica da Silva e também retratar o Ciclo do Diamante. Já retratamos o Ciclo do Ouro, com Aleijadinho; o Ciclo do Sertão, com Matraga; e Ciclo da Fé, com Devoção. Sempre para tentar contar um pouco da essência do povo de Minas, sua formação e história”, diz o presidente da FCS.

Estrela de cinema: Zezé Motta como Xica da Silva no icônico filme de Cacá Diegues de 1976 - Foto: Divulgação - Blog do Arcanjo
Zezé Motta como Xica da Silva no icônico filme de Cacá Diegues de 1976:ópera mineira quer visão menos folclórica da personagem de Diamantina – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo

Sergio Rodrigo Reis lembra que a Fundação Clóvis Salgado é um lugar complexo e amplo, com escola de formação artística (Cefar) para 2.000 estudantes, a maioria de comunidades carentes, corpos estáveis, além de abrigar o cinema e as maiores exposições no Estado. “Está na essência da FCS produzir óperas que conseguem unir seus corpos artísticos estáveis, com a expertise de seu corpo técnico, já que temos também uma verdadeira fábrica de cenografia e figurino. Isso só a FCS consegue fazer em Minas Gerais, propondo o diálogo e a união entre as linguagens artísticas”.

“Quando juntamos vários elementos artísticos para propor uma entrega, fazemos uma coisa única. Belo Horizonte hoje é uma cidade com farta produção artística, mas só a Fundação Clóvis Salgado consegue fazer esse tipo de montagem maravilhosa. Por isso apostamos na união de força para fazermos a entrega melhor para o público”.

Ele lembra o recente sucesso do espetáculo Jequitinhonha: Origem e Gesto, gestado no Vale do Jequitinhonha com a Cia de Dança do Palácio das Artes e que originou uma exposição também no Palácio das Artes. “Durante a semana tinha a exposição e no fim de semana ela virava cenário para o espetáculo de dança”, lembra Reis.

Outro projeto que o presidente da FCS define como “arriscado” foi Luz e Sombra, que dialogou o cinema com a população. “As pessoas chegavam para ver o filme e a cena era o povo, que virava o filme”.

“Essas apostas são para dar uma renovada em todos nós. O público ama e todos fazem com muito amor. Estamos muito satisfeitos e orgulhosos”, conclui.

Para o restante do ano, antes da ópera Chica da Silva, a FCS já tem programado outro grande evento: a ópera Tosca, de Puccini, em agosto, em parceria com a Associação Brasileira de Cantores Líricos. A produção contará com um elenco internacional, incluindo a soprano Saioa Hernández, elogiada por Montserrat Caballé como “a diva deste século”, e o tenor brasileiro Atalla Ayan.

A ópera Matraga teve realização pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo FrediZak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução.

*O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viajou a convite da Fundação Clóvis Salgado.
Agradecimento: Jozane FaleiroLuz Comunicação.

Matraga

FICHA TÉCNICA – “MATRAGA”, DA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA
Direção Musical: Ligia Amadio
Regência: Ligia Amadio e André Brant
Concepção e Direção Cênica: Rita Clemente
Assistência de Direção: Ronaldo Zero
Cenografia: Miriam Menezes
Figurinos: Sayonara Lopes
Iluminação: Gabriel Pederneiras
Direção Coreográfica: Alex Soares
Preparação do Coral Lírico: Augusto Pimenta e André Brant
Direção-Geral: Cláudia Malta
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Coral Lírico de Minas Gerais
Cia de Dança Palácio das Artes

ELENCO – “MATRAGA”, DA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA
Leonardo Fernandes (Ator): Augusto Matraga
Gilson de Barros (Ator): Narrador
Edineia Oliveira (Mezzosoprano): Mãe Quitéria
Edna d’ Oliveira (Soprano): Dionóra
Geilson Santos (Tenor): Quim (recadeiro de Matraga) e Cantador
Flávio Leite (Tenor): Joãozinho Bem-Bem (Chefe dos Jagunços)
Leandro Abreu (Barítono): Ovídio (amante de Dionóra)
Guilherme Théo (Ator): Tião da Tereza (Boiadeiro)
Ivan Sodré (Bailarino): Major Consilva
Luciano Luppi (Ator): Padre e Ancião
Chico Lobo: Violeiro
Bailarinas Eliatrice Gischewski e Maíra Campos: Mimita
Bailarina Isadora Brandão: Sariema

“Matraga”, da obra de João Guimarães Rosa | Ópera em três atos, de Rufo Herrera

Datas e horários 2025: 17/5 (sábado), às 19h, 18/5 (domingo), às 18h, e 19/5 (segunda-feira) e 20/5 (terça-feira), às 20h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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