As Rãs adapta clássico da Grécia Antiga para a praça com Grupo Hapáx no Festival de Curitiba

As Rãs é destaque no Fringe do 33º Festival de Curitiba © Humberto Araujo Festival de Curitiba Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Por JOÃO SCHELBAUER
Especial para o Blog do Arcanjo

Enviado especial ao Festival de Curitiba

O espetáculo As Rãs, com a montagem adaptada da comédia de Aristófanes, foi apresentada ao ar livre pelo grupo Hapáx da Universidade Federal do Paraná. A apresentação reuniu grandes público em quatro praças da capital do Paraná. O Blog do Arcanjo apreciou o espetáculo na Praça Osório, uma das mais movimentadas da capital paranaense. A montagem foi apresentada na mostra Fringe do 33º Festival de Curitiba, o maior evento de artes cênicas da América Latina.

A comédia As Rãs, de Aristófanes, é um dos maiores exemplos da crítica social na Grécia Antiga, misturando humor e reflexão política com sagacidade. A trama acompanha Dionísio, deus do vinho e do teatro, que desce ao inferno para resgatar Eurípides, cujo falecimento deixou um vazio na dramaturgia ateniense.

Aristófanes usa essa jornada para expor a decadência do teatro da época e a tensão entre os estilos dramáticos de Esquilo e Eurípides, propondo uma crítica feroz às produções teatrais contemporâneas e ao papel da arte na sociedade ateniense.

A comédia apresentada no Festival de Curitiba, se caracteriza por seu humor grotesco e absurdos inusitados, como as rãs que simbolizam a crítica ao status quo.

O diálogo entre os poetas no inferno é um dos momentos mais ricos da obra, não só pela rivalidade entre eles, mas também pela crítica à política e aos valores de Atenas.

Contudo, a peça exige um conhecimento profundo da cultura e mitologia grega, o que pode dificultar a compreensão para o público moderno. Mesmo assim, As Rãs segue relevante como um espelho das tensões políticas e culturais da Atenas clássica, com um olhar crítico e criativo que ainda ressoa nos dias de hoje.

As Rãs

Direção: Nícolas Wolaniuk / Elenco: Adriano Cruz, Antônia, Gabi Ramos, Gabriel Sampaio, Kai Jorge, Laurene Veras, Luiz Fernando Huf, Manu Carvalho / Figurino: Gabi Ramos / Confecção de Máscaras: Elenco e Luce Scettro, com apoio da Cia dos Ventos / Apoio: Casa das Bolachas, Departamento de Alemão, Polonês e Letras Clássicas da UFPR.

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Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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