Festival de Curitiba propõe autoaceitação com peça Carta ao Meu Corpo

Cartas ao Meu Corpo promove a autoaceitação no Festival de Curitiba © Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Enviado especial ao Festival de Curitiba

Por TIAGO LIRA
Especial para o Blog do Arcanjo

A céu aberto, sob a luz do dia, “Carta ao Meu Corpo” convida o público a uma experiência sensorial e reflexiva sobre a relação com o próprio corpo. O espetáculo, que é destaque do Fringe no 33º Festival de Curitiba, supera as barreiras do palco tradicional e se torna um manifesto vivo sobre liberdade, amor-próprio e quebra de padrões.

Com sensibilidade e música, a peça convida à celebração da autenticidade, reforçando a importância de nos reconhecermos e acolhermos em nossa própria pele. “Meu corpo, minhas regras” é a mensagem central que ecoa entre os espectadores, que se reúnem na grama, nas escadas e nos espaços ao redor, compartilhando um momento de conexão profunda e coletiva. Entre palmas e um simbólico brinde à autoaceitação, o público ovaciona a coragem de se olhar com amor e empatia.

A dramaturgia de “Carta ao Meu Corpo” se aventura por temas muitas vezes evitados, trazendo críticas sociais às cobranças estéticas que nos impomos e à pressão para alcançar um padrão inalcançável. De forma delicada e poderosa, o espetáculo explora a complexidade da relação com o próprio corpo, abordando não apenas o julgamento externo, mas também o olhar crítico que muitas vezes dirigimos a nós mesmos.

A atriz Rafaela Jacon Dutra traduz essa essência ao afirmar: “Acredito que a arte abre horizontes, faz a gente enxergar novos mundos, novos caminhos, novas possibilidades. Possibilidade de se ver”. E é justamente essa possibilidade que “Carta ao Meu Corpo” oferece: um convite para uma conversa madura e sincera consigo mesmo.

O espelho, elemento simbólico tão presente na nossa relação com a autoimagem, se torna uma janela para o autoconhecimento. A peça questiona: nossa autoestima depende do reflexo que vemos ou da percepção interna de quem somos? Ao abordar a auto aceitação sem idealizações.

“O mundo quer colocar a gente em caixinhas, para sermos todos iguais. Acredito que, se confiarmos na nossa individualidade, seremos capazes de conquistar novos horizontes e espaços”, complementa Rafaela.

Uma experiência que toca a alma e convida cada um a se abraçar como é, sem medo, sem culpa, sem repressões. Porque o amor mais essencial é aquele que sentimos por nós mesmos.

Carta ao meu corpo

Elenco e Maquiagem: Danielle Marques, Gabriela Severini / Direção e Elenco: Rafaela Jacon Dutra / Produção: Andressa Rodrigues e Dani Silva / Sonoplastia: Carine Michelucci

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Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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