Fat Family aguça nostalgia de fãs fervorosos na volta do lendário grupo que celebra 25 anos de carreira
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Colaborou David Godoi
Sabe aquela banda que você sabe cantar os hits de forma espontânea e nutre um carinho eterno pelos integrantes? Pois é assim com o Fat Family, que retorna aos palcos em turnê comemorativa de 25 anos de carreira repleta de hits memoráveis.
O Blog do Arcanjo acompanhou de perto a pré-estreia da turnê na Casa Natura Musical, em São Paulo, no começo do mês, repleta de fãs fervorosos e em faniquito.
O grupo foi originalmente composto pelos sete irmãos: Sidney, Simone, Suzete, Katia, Celinha, Deise e Celinho em seu primeiro álbum, Fat Family de 1998, quando reinaram em programas como Planeta Xuxa, sendo queridinhos da apresentadora e de sua então diretora e empresária Marlene Mattos. Foram pioneiros na representatividade gorda positiva na TV. Posteriormente, com o lançamento do segundo álbum,. Fat Festa, de 1999, ocorreu a ingressão de Suely ao grupo.
Agora, em seu novo projeto, retornam ao palco em formato de trio, com as potentes e inesquecíveis vozes de Suzete Cipriano, Kátia Cipriano e Simone Cipriano. Suzete assume os vocais centrais e é acompanhada lindamente pelas irmãs.
O show é composto pelos inesquecíveis hits da banda. Com uma introdução de Intro Phat, Suzete, Kátia e Simone, entram em cena e iniciam com um de seus grandes sucessos, Eu Não Vou, esse mesmo acompanhado por uma plateia que se faz de coro a todo momento.
Visivelmente emocionadas com o carinho, energia e entrega do público, as irmãs continuam com outros grandes hits, como Chegou a Festa, Lilás — bela regravação do clássico de Djavan —, Por Onde For Me Leve, Madrugada e não posso deixar de citar o belo momento em que Simone assume os vocais para cantar e homenagear seu irmão Sidney Cipriano, com a música Pudera.
Nesse clima, somos agraciados com a participação de Talita Cipriano, que agora assina como Tali, cantando Fim de Tarde, canção eternizada na história da musica brasileira, por Deise Cipriano, mãe de Tali. Na voz da filha, a canção ganha outras camadas de interpretação, sobretudo após a partida de Deise, gerando um momento realmente muito sensível e emocionante do show.
Continuamos com um cover de Killing Me Softly With His Song, de Roberta Flack, mais conhecida pela interpretação clássica de Lauryn Hill, no álbum The Score, do grupo Fugees.
Temos um momento apoteótico com a chegada do grande hit da carreira do grupo, Jeito Sexy, quando a plateia fez coro em toda a letra. Tali assume os agudos inesquecíveis de sua mãe e faz isso brilhantemente.
Ainda tivemos a presença ilustre no palco dos pais do Fat Family, a senhora Nelita Cipriano e o senhor Célio Cipriano, esse mesmo ainda deu uma palhinha da canção Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, verdadeiro clássico da música brasileira.
Fat Family volta aos palcos com um show de comemoração de carreira emocionante, nostálgico, potente e dançante, uma experiência gostosa e energética de um show encantador que merece percorrer todo o país. Vida longa a esse novo projeto, que vai embalar muitas pessoas por todo o país, com as eternas músicas de um dos grupos mais carismáticos de todos os tempos da música brasileira.
Agradecimento: Diogo Locci e Casa Natura Musical
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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