Prêmio MT de Artes é criado para valorizar a cultura em Mato Grosso: conheça os indicados

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Vem aí a primeira edição do Prêmio MT de Artes, que homenageia e celebra os artistas e coletivos culturais de Mato Grosso. A premiação é dividida em cinco categorias: Artes Visuais, Audiovisual, Dança, Literatura e Teatro, além de duas homenagens com a premiação Especial. O objetivo é valorizar e prestigiar a cultura do estado do Centro-Oeste. O histórico Cine Teatro Cuiabá, que acaba de completar 79 anos, foi escolhido para ser o palco da celebração, que será realizada a partir das 19h, em horário local, do dia 9 de junho, próxima quarta-feira, no canal do YouTube da MT Escola de Teatro, instituição que criou e organiza a premiação. “Nestes tempos das dores da pandemia, o Prêmio MT Artes nasce para fortalecer o trabalho da classe artística mato-grossense. É a vida sendo contada, dançada, pintada, cantada, interpretada. É a arte resgatando vidas”, afirma ao Blog do Arcanjo Flavio Ferreira, organizador do Prêmio MT de Artes.

Concorrem produções culturais que foram produzidas durante o período de pandemia (de março de 2020 até abril de 2021). Além deste recorte, há também um Prêmio Especial, que será entregue a dois homenageados cujos nomes ainda não foram divulgados. Em cada uma das cinco categorias, concorrem dez projetos, sendo três vencedores em cada. A decisão parte de um júri composto por três especialistas nas respectivas linguagens concorrentes.

Para a seleção das dez obras em cada categoria, foram seguidos os seguintes critérios: artistas de todas as regiões do Estado de Mato Grosso; multiplicidade estética, com produções envolvendo diversas linguagens e procedimentos artísticos em cada área; diversidade étnica e de gênero.

Cine Teatro Cuiabá será a sede da cerimônia híbrida do 1º Prêmio MT de Artes – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo

A curadoria conta com a participação de Flávio Ferreira, Flávia Taques, Rodolfo García Vázquez, Agnaldo Rodrigues, Elen Londero, Marcio Aquiles e Miguel Arcanjo. O 1º Prêmio MT Artes é uma iniciativa da MT Escola de Teatro, polo de formação cultural sob gestão do Cine Teatro Cuiabá.

A manutenção da MT Escola de Teatro decorre de uma parceria firmada entre a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL MT) e Associação Cultural Cena Onze, além da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap).

O evento seguirá o modelo híbrido, com parte dos jurados e indicados presencialmente e outra parcela em transmissão digital. A criação dos troféus ficou a cargo dos cenógrafos Jane Klitzke e Douglas Peron, que tiverem apoio das estudantes do curso de Cenografia da MT Escola de Teatro: Eliane Martins dos Santos, Giulia Otomura e Liandra Lino de Carvalho.

O Blog do Arcanjo mostra a seguir a lista completa de indicados e júri.

1º Prêmio MT Artes
Indicados 2021

ARTES VISUAIS

  • Pedro Thame
  • Ita Pedra
  • Sebastião Silva
  • Makalu e Kaji Wauja
  • Mari Gemma
  • Sol Ferreira
  • Adão Silva Segundo (Babu78
  • Adriana Milano
  • Carlos Lopes
  • Leonice da Silva (Nice Aretê)

Júri Artes Visuais

Ludmila Brandão – Arquiteta e historiadora, mestre em Educação e doutora em Comunicação e Semiótica. Pós-doutorada em Crítica da Cultura na Universidade de Ottawa/Canadá. Fundadora e primeira coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, da Universidade Federal de Mato Grosso, onde é docente titular e orienta pesquisas de Mestrado e Doutorado. Foi membro do conselho curador do MACP – Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT (2004-2017).

Willian Gama – Curador de arte, membro do Conselho Curador do Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso. Bacharel em Direito, formado pelo Centro Universitário de Várzea Grande; Graduando em Museologia pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI); Pós-graduando em História da Arte pela Universidade Estácio de Sá – São Paulo/SP. É diretor e fundador da Galeria Mirante das Artes.

Carlos Alberto Bosquê Junior – Artista plástico conhecido como Bosquê, é graduado na Faculdade de Belas Artes de São Paulo e bacharel em pintura e licenciatura em Educação Artística. Especialista em Educação de Jovens e Adultos e mestre em Educação Profissional Escolar pela Universidade Federal de Rondônia UNIR. Com ateliê em Cáceres e professor de arte do Instituto Federal de Rondônia, trabalhou com arte no Centro de Referência de Direitos Humanos na UNEMAT, e fundou a Associação dos Artistas Plásticos e Visuais de Mato Grosso.

AUDIOVISUAL

  • As Cores que Habitamos, de Maria Thereza
  • As Mãos Beneditas de Justina, de Isabela Ferreira
  • Antes do Mundo Acabar, de Lucas Lemos
  • A Partir… Podemos…, de Luiz Marchetti
  • Ensaio com Ela, de Douglas Peron
  • Mata Grossa, de Tati Mendes e Amauri Tangará
  • Missivas, de Caroline Araújo e Mauricio Pinto
  • Pardal, de Fellippy Damian e Ângela Coradini
  • Poemargens, de Anna Maria Moura e Sol Ferreira
  • Vitamina D, de Severino Neto e Diego Medvedocky

Júri Audiovisual

Keiko Okamura – Atua na produção audiovisual há 25 anos, formada em Comunicação Social – Rádio e TV pela UFMT. É produtora de filmes de curta-metragem, tais como: “Depois da Queda”, “Três tipos de medo”, de Bruno Bini. Produtora de produções nacionais como “O Vestido”, de Paulo Thiago, e da mini-série “Rondon, o grande chefe”, de Marcelo Santiago, entre outros. Produtora local do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá por 19 anos e da Mostra Cinema e Direitos Humanos por 9 anos. Hoje atua como Superintendente de Desenvolvimento da Economia Criativa da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer – SECEL-MT.

Gilson Costa – Doutor em Estudos de Cultura Contemporânea, professor do curso de Jornalismo da UFMT-CUA e realizador audiovisual. Coordena, desde 2014, o Núcleo de Produção Digital, projeto que tem fomentado a diversidade da produção audiovisual na região do Araguaia.

Bruno Bini – Diretor, Roteirista e Produtor Executivo com 20 anos de experiência, Bruno iniciou sua carreira como Redator e Diretor de Arte e posteriormente passou a dirigir produções para publicidade, cinema e televisão. Seus filmes receberam mais de 50 prêmios em festivais no Brasil e no exterior.

DANÇA

  • Grupo de Dança de Rua Hypnoze Break, de Cáceres, por Intense Life
  • Escola Municipal de Dança, de Primavera do Leste, por conSENTE
  • Ballet Regina Pacis, de Sinop, por O Pequeno Príncipe
  • Grupo de Siriri Flor de Atalaia, de Cuiabá, por Fest Live de Siriri em Redes
  • Sarah Jane Venâncio, de Rondonópolis, por Greensleeves
  • Nasla Brandão, de Cuiabá, por Flor do Deserto
  • Brayan Saavedra, de Cuiabá, por Having Fun
  • Estudioclaz – Clara Azevedo, de Cuiabá, por Desassossego
  • Federação Mato-grossense de Quadrilhas, do Vale do Araguaia, pelo VI Festrilha

Júri Dança

Jamilton Mello – Gestor do Mosaico Espaço Cultural, vem ajudando a desenvolver a cultura artística em Cuiabá e Mato Grosso. Politicamente faz parte do conselho municipal de politicas culturais – CMPC e é um dos colaboradores do Fórum Dança Cuiabá. Estudante de danças desde 2000, entre eles ballet classico, jazz, danças urbanas e dança contemporânea. Professor de danças que já teve experiência em varias academias de Cuiabá e Várzea Grande.

Verônica Weber – Professora e bailarina, natural de São Paulo, participou de um período de dois anos na Inglaterra, onde aprimorou seus estudos de ballet clássico. No Brasil, ingressou no Ballet de Câmara de São Paulo. De volta à Europa, entra na conceituada companhia de ballet Deutsh Oper Am Rhein. teatro que abriga a terceira maior companhia de dança da Alemanha. Em fevereiro de 2000, inaugura o Ópera Ballet em Cuiabá, que agora completa 20 anos de existência.

Kelson Panosso – Graduado em Dança Clássica pela Royal Academy of Dance, de Londres, é professor, coreógrafo, diretor e produtor cultural. Participou como jurado de diversos festivais e concursos culturais em Cuiabá, por vários anos. Coordenou, entre 2014 e 2020, o projeto Constellation, do Instituto Canopus, e foi membro do Conselho Municipal de Cultura de Cuiabá. Atuou como diretor e coreógrafo da Companhia de Dança – Ballet de Mato Grosso. Foi membro do Conselho de Cultura do Estado de Mato Grosso e assessor de projetos culturais da Secretaria Municipal de Cultura de Cuiabá.

LITERATURA

  • Com Por, de Aclyse Mattos
  • Água Não Tem Galho, de Aldi Nestor, Andreza Pereira, Loreci Demeneghi, Rose dos Anjos e Santiago Santos
  • Nojo, de Divanize Carbonieri
  • Eles Não Podem Tirar Isso de Mim, de Eduardo Mahon
  • Aldrava, de Edson Flávio Santos
  • Na Pele, de Luciene Carvalho
  • A Filha da Outra, de Luiz Renato Souza Pinto
  • Recuerdos de Mi Abuela & Outros Estilhaços em Charla, de Mário Cezar Silva Leite
  • Coração Madeira, de Marli Walker
  • A Menina Capu e as Tintas Mágicas”, de Marta Cocco e Capucine Picicaroli

Júri Literatura

Carlos Roberto Rodrigues dos Santos (Professor Leão) – Nascido em Peabiru, interior do Paraná, teve a identidade profissional construída em sala de aula. Formado em Letras, pela UFMT, lecionou e fez parte da equipe do Colégio COC de Cuiabá e Barra do Garças, e no curso de Letras da Univag, sendo coordenador. Participou da fundação do Colégio Maxi como coordenador pedagógico e professor de literatura. Nos quatro últimos anos, dedicou-se exclusivamente ao Colégio Maxi, como diretor geral.

Maria Cristina de Aguiar Campos – Doutora em Educação, pela USP; mestra em Educação, especialista em Língua Portuguesa e Semiótica pela UFMT. Professora aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pelo IFMT – Campus Cuiabá. Ocupa a Cadeira 16 na Academia Mato-grossense de Letras. É autora de diversas obras: “Papo cabeça de criança travessa” (Tanta Tinta, 2017); “Bicho-grilo” (Carlini & Caniato, 2016); “O falar cuiabano” (Carlini & Caniato, 2014); entre outras.

Maristela Carneiro – Atual coordenadora do PPG em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO, da Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT. Docente Adjunta lotada junto à Faculdade de Comunicação e Artes – FCA/UFMT. Doutora em História, pela Universidade Federal de Goiás – UFG, tendo realizado período sanduíche na Universita degli Studi di Napoli Federico II, na Itália – UNINA. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.

TEATRO

  • Téspis e as Borboletas, de André Féroli
  • Depois do Fim do Mundo Vem Sempre um Outro Dia, dos estudantes do Núcleo 2 da MT Escola de Teatro
  • Desconexões À Milanesa Ou Lance De Dados Sem Deus, dos estudantes do Núcleo 1 da MT Escola de Teatro
  • Lab_Sentidos Navega, de Carolina Argenta
  • CRITINEWS, de Eduardo Butakka e Thyago Mourão
  • O Que Restou Do Barro Silenciou A Mulher Na Quarentena, de Ariana Carla
  • Fiu Fiu – Um Encontro entre Pássaros, do Grupo Tibanaré
  • Refestelá (Teatro Drive-in – Estacionamento da Assembleia), por Nico & Lau, Penélope (Eduardo Butakka) e Totó Bodega (Romeu Benedicto)
  • Almê 20, de André D ́Lucca
  • Remedeia com o Que Tem, da Dupla Nico & Lau

Júri Teatro

Jan Moura – Sec. Adjunto de Cultura / SECEL-MT. Mestre e doutorando em Estudos de Cultura Contemporânea pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Graduado em Comunicação Social pela mesma instituição. Especialista em Gestão Cultural pelo Senac-MT. Foi coordenador de Cultura do Sesc Mato Grosso, onde atuou com produção cultural, curadoria de projetos, acompanhamento e análise das ações culturais, e responde hoje pela Gestão de Comunicação da instituição. Conselheiro de Cultura do Estado de Mato Grosso (2017-2020). É ator e pesquisador da de teatro e cultura.

Ivan Belém – Ator, professor e pesquisador, foi um dos fundadores do Grupo Gambiarra – primeiro grupo de teatro de rua de Mato Grosso. Doutor em Educação, autor da tese ” Liu Arruda: a travessia de um bufão”, transformada em livro, com o qual conquistou o Prêmio Mato Grosso de Literatura em 2015.

Aline Wendpap – É atriz, egressa do Grupo Pessoal do Ânima, da antiga Escola Técnica Federal de Mato Grosso. Primeira doutora em Estudos de Cultura Contemporânea da UFMT. Bacharel em Comunicação Social-Radialismo e Mestre em Educação pela mesma universidade. Possui licenciatura em Artes Visuais, e foi coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Afirmativo. Atualmente é professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, na UFMT e, pela UnB, cursa licenciatura em Teatro EaD.

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Jornalista cultural influente e respeitado no Brasil, Miguel Arcanjo Prado é CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra o júri de Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de São Paulo, Prêmio Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil de Curtas. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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