Tom Zé fala sobre sua biografia e lembra a Tropicália – Podcast do Arcanjo

Tom Zé lança biografia O Último Tropicalista - Foto: André Conti/Divulgação - Blog do Arcanjo
Tom Zé lança biografia O Último Tropicalista – Foto: André Conti/Divulgação – Blog do Arcanjo

Tom Zé é o entrevistado da semana no Podcast do Arcanjo. Ele fala sobre sua biografia: Tom Zé – O Último Tropicalista, escrita pelo italiano Pietro Scaramuzzo e lançada pelas Edições Sesc.

O artista de 84 anos ainda lembra o começo da carreira ao lado de Caetano Veloso e Gilberto Gil, com quem criou a Tropicália, neste episódio especial de número 30 do Podcast do Arcanjo!

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Entre outras coisas, ele lembra sua chegada à capital baiana. “No dia em que cheguei a Salvador estava o desfile da comemoração do quarto centenário da cidade […] foi como se tivesse visto um desfile de escola de samba […] era muito parecido, só não tinha batucada”, recorda.

“Em vim a conhecer Gil, Caetano, Gal e Bethânia e Capinan nos anos 1960, dez anos depois [de chegar em Salvador]. Orlando Senna viu a folia que deu quando cantei no programa de televisão Escada para o Sucesso e fiz a música Rampa para o Fracasso, no outro dia a cidade toda só falava desse rapaz na televisão”, conta.

“Orlando Senna, que viria a cuidar do Cinema no Ministério da Cultura do Gil, trabalhava no Diário de Notícias, do Chateaubriand, e ele mandou me chamar e falou que eu precisava conhecer Caetano e Gil, que já era uma turma que todo mundo conhecia lá. Eu fui no Teatro Vila Velha ver uma peça que era da escola de teatro com música do Caetano e fiquei muito admirado com aquelas músicas. Achei de uma fineza. Eu fazia músicas brutas, um carro de boi, o tal do jornalismo cantado que eu fazia”, lembra.

“Saí da Bahia graças à rouquidão de Nara Leão”, falou, contando quando Nara Leão convidou Maria Bethânia para substituí-la no espetáculo Opinião, mas Bethânia era de menor. “Caetano veio para São Paulo como tutor de Maria Bethânia”, recorda.

Sobre a chegada a São Paulo, conta: “Vim em 11 de agosto de 1965, mas era uma calor de não se acreditar. A praça Roosevelt subia uma fumaça. Eu falava: cadê o frio? No dia seguinte voltou a geladeira. São Paulo era frio oito meses por ano, era gelado, agora não tem mais frio aqui”.

Sobre a boa forma, revela: “Faço ginástica todo dia desde que nasci. Fazia ioga e tai chi”.

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Livro Tom Zé - O Último Tropiclaista é escrito pelo italiano Pietro Scaramuzzo e lançado pelas Edições Sesc - Foto: Divulgação - Blog do Arcanjo
Livro Tom Zé – O Último Tropiclaista é escrito pelo italiano Pietro Scaramuzzo e lançado pelas Edições Sesc – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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