Morre cantor Agnaldo Timóteo de Covid-19 aos 84 anos

Morreu o cantor Agnaldo Timóteo, aos 84 anos, neste sábado (3), no Rio, vítima de Covid-19, após 21 dias de internação. Famoso pelo vozeirão, ele marcou várias gerações com sua voz romântica. Ele também se dedicou ao campo político e foi eleito vereador e deputado federal representando São Paulo e Rio de Janeiro.
Agnaldo havia sido internado em 17 de março na UTI do Hospital Casa São Bernardo, na zona oeste carioca. Ele chegou a tomar a primeira dose da vacina, mas segundo os médicos deve ter contraído o vírus logo depois, quando ela ainda não havia tido tempo de fazer efeito.
A nota distribuída pela família diz: “É com imenso pesar que comunicamos o FALECIMENTO do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do COVID-19 e faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha”.

Agnaldo Timóteo Pereira, mais conhecido como Agnaldo Timóteo, nasceu em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. Desde pequeno começou a cantar nos circos que aportava na cidade. Logo, foi para programas de rádio, não só de Caratinga como Governador Valadares e Belo Horizonte. Era chamado de o Cauby Peixoto mineiro.
Nos anos 1960, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde tornou-se motorista da cantora Ângela Maria, que foi sua madrinha no meio artístico nacional. Por indicação dela, gravou o primeiro disco em 1961. Após fazer sucesso no programa de Jair Taumaturgo na TV Rio, a EMI-Odeon o contratou.
Com o LP Surge um Astro, emplacou o sucesso Mamãe, versão do hit La Mamma do francês Charles Aznavour. Logo, virou habitué do programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto Carlos na Record. Meu Grito, música de Roberto Carlos, o levou às paradas de sucesso com o disco Obrigado, Querida em 1967. Ao todo, gravou mais de 50 discos.

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O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado é mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação Social pela UFMG e crítico da APCA, da qual foi vice-presidente. Dirige o Blog do Arcanjo e o Prêmio Arcanjo. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e faz o Podcast do Arcanjo. Está entre os melhores jornalistas de Cultura do Brasil pelo Prêmio Comunique-se e Prêmio Governador do Estado de São Paulo. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Contigo, Superinteressante, Band, Gazeta, UOL, Uma, Rede TV!, TV UFMG e O Pasquim 21. É jurado das premiações Prêmio Arcanjo de Cultura, Melhores do Ano Blog do Arcanjo, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Digital, Melhores do Ano Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil de Curtas. É vencedor dos Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã e Prêmio África Brasil. Foto: Edson Lopes Jr.
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