Por trás do pano – Rapidinhas teatrais

Flávia Garrafa está em Fale Mais Sobre Isso – Foto: Lila Batista

Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Corra, Lola, corra
A atriz e psicóloga Flávia Garrafa mandou avisar que fica em cartaz só até dia 27 de maio no chiquérrimo Teatro Renaissance, em São Paulo. O espetáculo Fale Mais Sobre Isso tem sessão aos sábados, às 18h30. Quem ainda não assistiu depois de três anos em cartaz tem mais duas chances, viu?

Acabou, mas tem mais
Neste final de semana acaba a temporada de Doutor Fausto, direção de Neyde Veneziano. Mas, não precisa se preocupar. A peça volta em cartaz dia 2 de junho no Teatro Arthur Azevedo, na Mooca. Ufa.

Pista sexy
A Produtora 2por1, encabeçada por Gisa Guttervil e Fernanda Kawani Custodio, faz a primeira Babilônia – Fetish Party no espaço Dominatrix (rua Fernando de Albuquerque, 171) a partir das 22h neste sábado (20) com os Djs do Duo Chocante – William Raphael e Raffab Ajá. E prometem ainda muitas outras atrações pela noite toda.Nome na lista R$ 60 com consumo. Sem nome, R$ 80, também com direito a consumo. Vai bombar.

Assim É (Se lhe Parce) volta ao cartaz em SP – Foto: Rosano Mauro

Sucesso de volta
Premiado espetáculo dirigido por Marco Antonio Pamio, Assim É (Se lhe Parece) faz temporada comemorativa dos 150 anos de nascimento de Luigi Pirandello. Começa dia 2 de junho no Teatro Itália.Nesta nova temporada, houve algumas alterações no elenco: Ricardo Gelli, Mateus Monteiro e Luciano Schwab entram para o time. O restante dos atores permanece como no original: Bete Dorgam, Joca Andreazza, Martha Meola, Amanda Hayar, Ella Bellissoni, Regina Maria Remencius, Mara Rúbia Monteiro, Luis Deschamps e Hugo Coelho. Ainda bem.

Coisa da Naná
Melhor não perder Café Azedo, direção de Einat Falbel no Teatro Pequeno Ato. Toda quarta e quinta às 21h até 1º de julho. Dizem por aí que vai prorrogar, só falta assinar o contrato com teatro. Mas, nunca se sabe. É melhor garantir, né?

Fuente Ovejuna tem aplauso em cena aberta e gritos quando morre um dos personagens – Foto: Vitor Iemini

Morte em festa
Fuente Ovejuna, espetáculo direcionado ao público jovem faz uma reflexão sobre o poder feminino. Espetáculo tem texto do dramaturgo espanhol Lope de Vega (1562 –1635), direção de Juliano Barone e tradução e adaptação de Marcos Daud. Uma fonte da coluna revelou que a plateia comemora aos gritos e aplausos a morte do personagem Comandante, em uma epifania eufórica. Quer entender o por quê? Viga Espaço Cênico, todo sábado, às 17h. Combinado?

Deixa eu ficar
Tem mais prorrogação por aí! Uma Vida Boa, texto do Rafael Primot, vai continuar a temporada no Teatro Eva Herz até dia 30 de junho. Baseado em uma história real ocorrida nos Estados Unidos em dezembro de 1993, a peça apresenta a história de B., um homem nascido num corpo de mulher, que enfrenta as consequências de sua decisão e acaba sendo assassinado por isso. Quintas e sextas, às 21h. Tema importantíssimo.

Respectivamente ator imigrante argentino e atriz trans, Juan Manuel Telategui e Leona Jhovs se destacaram como apresentadores do 60º Prêmio APCA e representaram a diversidade de São Paulo no palco do Municipal – Foto: Edson Lopes Jr.

Burburinho
Os atores Leona Jhovs e Juan Manuel Tellategui foram elogiadíssimos como apresentadores do 60º Prêmio APCA na última segunda (15), no Municipal de São Paulo. Estavam soltos e carismáticos. Formado por uma atriz transexual e um ator imigrante, o causou conquistou o público com seu charme de sobra. Já tem quem queira repeteco.

Sufoco
Falando em APCA, o diretor da cerimônia, Ivam Cabral, e seu assistente de direção, Gustavo Ferreira, estavam suando frio nos bastidores. É que muitos artistas faziam discursos intermináveis, atrasando, e muito, toda a cerimônia. Afinal, eram mais de 90 troféus. E ainda tinha prazo de horário acordado pela APCA para entregar o Municipal. Mas, no fim tudo deu certo. E foi lindo. Ufa.

Ivam Cabral discursa ao receber o Prêmio Especial da APCA por sua trajetória nas artes – Foto: Edson Lopes Jr.

Pleno
Ivam Cabral, além de dirigir a cerimônia pelo terceiro ano consecutivo, ganhou o Prêmio Especial concedido pela diretoria da APCA. Nos agradecimentos, dedicou o troféu ao seu grupo, Os Satyros, e aos críticos Edianez Parente e este vosso colunista, o que nos deixou encabulados.

Emoção
Ivam também se emocionou quando Maria Alice Vergueiro disse que só faz teatro nos últimos anos graças à ajuda que recebe do grupo Os Satyros e seus fundadores, Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Foi de arrepiar.

Maria Alice Vergueiro, ao lado de Luciano Chirolli, é ovacionada no palco do Municipal no 60º Prêmio APCA – Foto: Edson Lopes Jr.

Performance
Maria Alice Vergueiro, aliás, arrasou ao ler, performando, é claro, o diploma concedido a ela pela APCA.

Ausência 
O secretário de Cultura de São Paulo, André Sturm, não apareceu no 60º Prêmio APCA. Tampouco o prefeito João Doria. Ambos foram duramente criticado pelos artistas que subiram ao palco pelos cortes na área cultural na cidade de São Paulo.

O presidente da APCA, José Henrique Fabre Rolim – Foto: Edson Lopes Jr.

Glamour, outra vez
O presidente da APCA, José Henrique Fabre Rolim, foi muito elogiado por ter trazido de volta à APCA a pompa e a gala em sua premiação. Fruto também da parceria com o diretor Ivam Cabral, a APAA e a SP Escola de Teatro. Time perfeito.

APCA é notícia
Mais de 50 jornalistas e fotógrafos se credenciaram para cobrir o 60º Prêmio APCA. A informação é de Zeca Florentino e de Silvia Balady, responsáveis pela assessoria da instituição. Sucesso.

Emicida, entre Assucena Assucena e Raquel Virgínia, na apresentação do 60º Prêmio APCA: negros e trans juntos no palco do Municipal – Foto: Edson Lopes Jr.

Noite histórica
O cantor Emicida, também no time apresentação do 60º Prêmio APCA, ressaltou a importância de negros, trans e imigrantes ocuparem o palco do Theatro Municipal no mais tradicional prêmio da cultura brasileira. Foi histórico.

Sugestão
O povo de Teatro, Teatro Infantil e TV merece um prêmio  a mais por aguardar pacientemente a entrega de suas categorias, as últimas no Prêmio APCA, já que se respeita a ordem alfabética. Há quem diga que a ordem deveria ser invertida no ano que vem. A coluna acha justo.

Leonardo Fernandes, o melhor ator de Teatro pela APCA – Foto: Edson Lopes Jr.

Alegria das alterosas
O mineiro Leonardo Fernandes, eleito melhor ator de Teatro pela APCA por Cachorro Enterrado Vivo, era pura felicidade no coquetel da APCA, com seu troféu nas mãos. Merecidíssimo.

Viva Montagner
O momento mais tocante da noite foi a homenagem a Domingos Montagner, que recebeu o póstumo Grande Prêmio da Crítica em TV. A viúva, Luciana Lima, recebeu no palco e se emocionou.

Aguinaldo Cristofani Ribeiro da Cunha organizou o livro APCA 60 Anos – Foto: Edson Lopes Jr.

Obra histórica
O crítico teatral Aguinaldo Cristofani Ribeiro da Cunha merece aplausos pela brava pesquisa para o livro de 60 anos da APCA. Está belíssimo.

Jeff Bastos e Patricia Cipriano saltaram na porta do Municipal de São Paulo – Foto: Andre Stefano

Saltando por El Mundo
Andre Stefano foi o grande fotógrafo homenageado na noite do 60º Prêmio APCA. Nos bastidores, ele aproveitou para mandar todo mundo saltar, para sua série Saltando por El Mundo. Foi um sucesso.

0800
Com texto de dramaturgo Timochenco Wehbi (1943-1986), Palhaços é um dos destaques da Virada Cultura 2017. A peça entra na programação na área teatral do evento no sábado, 20 de maio às 22h no Parlapatões com ingressos totalmente gratuitos. O espetáculo conta com direção de Marcio Vasconcelos e atuação de Antônio Netto e Sérgio Carrera, além do sanfoneiro Guilherme Padilha. Estão todos convidados.

Palhaços tem sessão grátis neste sábado, 22h, no Parlapaões – Foto: Alexandre Diniz

 

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1 Resultado

  1. Phillipe disse:

    Parlapatões é ícone.
    Fiquei satisfeito com o resultado dos Prêmios APCA em Teatro. Porém confesso que me sinto um pouco frustrado com os últimos resultados dos Prêmios APCA em Televisão. Gostaria de ver atores de novelas bíblicas da Record ganhando prêmios. Milhem Cortaz, Beth Goulart, Sidney Sampaio e Miriam Freeland estiveram ótimos em seus papéis em A TERRA PROMETIDA; creio que mereciam ao menos uma indicação. O ator Sidney Sampaio, que já apareceu aqui no blog, também fez um trabalho adorável em ESCRAVA MÃE, para citar uma novela de temática não bíblica. Especificamente na premiação de 2016, a Globo levou praticamente todos os prêmios de Televisão. E também acho que deveria haver espaço para categorias de Atriz e Ator Coadjuvante em Televisão.

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