Marcello Escorel faz clássico de Nelson Rodrigues
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Marcello Escorel é uma das estrelas da adaptação de Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson Rodrigues, pela Companhia Teatro Portátil. A obra está em cartaz no CCBB do Rio, sob direção de Alexandre Boccanera.
O ator, que é contratado da Record, vive o personagem Dr. Werneck. Ele elogia o texto consagrado, definindo-o como “um retrato crítico da civilização tupiniquim”. Para o artista, a peça apresenta “o teatro na essência: a simplicidade a serviço do texto e dos atores”.
Escorel é velho conhecido da obra de Nelson, já que esta é a terceira vez que atua num texto do autor pernambucano, que escreveu como ninguém sobre a classe média carioca.
A primeira vez foi em 1984, quando atuou em Viúva, porém Honesta, com o Grupo Tapa, com o qual chegou a fazer turnê em Portugal. O ator ainda foi convocado por Gabriel Villela para fazer A Falecida, ao lado de Maria Padilha. Nesta obra, ganhou duas indicações como melhor ator, além de ter viajado para a Áustria com a montagem.
Bonitinha, mas Ordinária fica em cartaz até 1º de março de 2015, de quarta a domingo, às 19h30, no CCBB-RJ (r. Primeiro de Março, 6, Centro, tel. 0/xx/21 3808-2020). O ingresso é barato: R$ 10 a inteira e R$ 5 a meia-entrada. Por isso, é bom chegar cedo, porque só cabem 40 pessoas por sessão. A classificação etária é 16 anos e a peça dura 75 minutos.
No elenco, ainda estão Ana Moura, Anderson Cunha, Cláudio Gardin, Elisa Pinheiro, Guilherme Miranda, Julia Schaeffer, Laura de Castro, Márcio Freitas e Morena Cattoni.
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Não sou muito apreciador do teatro autocorrosivo de nomes como Plínio Marcos e Nelson Rodrigues, mas obviamente reconheço sua indubitável contribuição ao teatro brasileiro. E Nelson foi realmente um grande retratista do cotidiano brasileiro. De uma forma bem sua, mas foi. É fato.