Teatro Oficina faz 55 anos virar livro labiríntico

Capa do livro do Oficina: projeto gráfico de Mariano Mattos Martins – Foto: Divulgação

Por Miguel Arcanjo Prado

Quanta gente já tirou a roupa nos rituais antropofágicos do Teat(r)o Oficina de José Celso Martinez Corrêa?

Se a resposta é imprecisa, ainda mais quando contado o público sempre empolgado, há pelo menos um indício.

A turma do Oficina conseguiu fazer outro cálculo ainda mais importantes: quantos atores já estiveram naquele palco. Foram mais de 1.300 desde 1958.

Os nomes, em ordem alfabética, estão no livro Oficina 50+ Labirinto da Criação, que aborda a trajetória de 55 anos de um dos grupos teatrais mais celebrados do País.

O trabalho árduo de pesquisa incluiu buscas minuciosas em estantes universitárias e também em velhas gavetas e baús de artistas que passaram pela companhia.

Nomes importantes da cena paulistana, como Cibele Forjaz, Otavio Ortega, Aury Porto e Pascoal da Conceição escreveram textos inéditos.

Mariano Mattos Martins, que considera o livro “uma mina de ouro”, assumiu o projeto gráfico que quer instigar o leitor com uma proposta labiríntica.

O lançamento será nesta segunda-feira (23), às 20h, dentro do Rito da Ethernidade  de Luiz Antônio. Trata-se de um evento que a Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona realiza todos os anos para celebrar a vida de Luiz Antônio Martinez Corrêa, diretor e ator irmão de Zé Celso que foi assassinado em 1987, vítima de crime homofóbico.

Antes, haverá sessão da quarta parte da saga sobre Cacilda Becker, Cacilda!!!! A Fábrica de Cinema & Teatro, prevista para começar às 14h30 (ingressos a R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia-entrada).

Já a entrada para o lançamento do livro, que ocorrerá no Nick Bar Taksim que fica no terreno aos fundos do Oficina (r. Jaceguai, 520, Bixiga, São Paulo), é gratuita.

A obra custará R$ 20 no lançamento.

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1 Resultado

  1. Felipe disse:

    A proposta é até boa, mas eu discordo dessa coisa de nudez. Não gosto, não aprovo e, em alguns casos, acho que é uma exploração desnecessária, o que em cinema é chamado de “sexploitation”. Acho essa exploração da sexualidade tão passada, algo tão comercial. Hoje tudo tem de ser totalmente “sexy”, não importa se a pessoa tem conteúdo ou mesmo se ela é uma boa pessoa, o importa é que ela seja sexualmente provocante, tem uma atitude “sexy”, um ar “sexy”, use uma roupa “sexy”… Será que estamos perdendo nossos valores? Se a repressão engessa, a ditadura da HIPERSEXUALIDADE engessa tanto quanto.

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