O Bem Amado Musicado estreia sob fortes aplausos no Sesc Santana com noite dedicada a Jô Soares

Musical idealizado pelo ator Cassio Scapin e pelo diretor Ricardo Grasson celebra centenário de Dias Gomes

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Fotos ANNELIZE TOZETTO
@annelizetozetto

Sucupira, a pequena cidade comandada pelo prefeito inescrupuloso Odorico Paraguaçu, cujo objetivo é conseguir um morto para inaugurar o cemitério municipal, está de volta ao imaginário popular. E repleta de novos significados em diálogo com o Brasil de hoje. Dessa vez, sob forma de musical, com letras e músicas assinadas por Zeca Baleiro e Newton Moreno. Estreou nesta sexta, 5 de agosto, o espetáculo O Bem Amado Musicado no Sesc Santana, onde cumpre curta temporada até 11 de setembro, sexta, 21h, sábado, 20h, e domingo, 18h. Retire seu ingresso!

O espetáculo idealizado pelo ator Cassio Scapin e pelo diretor Ricardo Grasson celebra o centenário de nascimento do seu autor, Dias Gomes (1922-1999), que morreu aos 76 anos vítima de um acidente de carro em São Paulo. A produção é de Rodrigo Velloni.

Dias Gomes é dono de uma obra monumental no teatro e fez história também na televisão como autor de novelas, entre elas Roque Santeiro, de 1985, e O Bem Amado, em 1973, protagonizada por Paulo Gracindo e um dos maiores sucessos da faixa das 22h da Globo.

Elenco talentoso

Protagonizada por um eletrizante e impecável Cassio Scapin, a montagem O Bem Amado Musicado traz outros grandes nomes dos palcos brasileiros em atuações formidáveis: Guilherme Sant’Anna, Marco França (também diretor musical, arranjador e compositor das músicas instrumentais), Eduardo Semerjian, Kátia Daher, Luciana Ramanzini, Rebeca Jamir, Ando Camargo, Heitor Garcia e Roquildes Junior (também percussionista), além dos músicos Bruno Menegatti e Daniel Warschauer.

No time criativo, além do produtor Rodrigo Velloni e do diretor Ricardo Grasson, estão Chris Aizner (cenografia), Fábio Namatame (figurinos), Katia Barros e Tutu Morasi (direção de movimento e coreografias), Cesar Pivetti (desenho de luz), Fernando Wada (designer de som), Alisson Rodrigues (visagista), além de Swan Prado e Adriana Souza (coordenação de produção) e Felipe Back (produção executiva).

Homenagem a Jô Soares

Após fortes aplausos do público, a estreia foi oferecida no palco por um emocionado Cassio Scapin ao amigo e companheiro de trabalho Jô Soares, escritor, humorista, diretor e apresentador de TV que morreu no mesmo dia, aos 84 anos. Os espectadores e a equipe da peça ficaram comovidos.

O Blog do Arcanjo acompanhou com exclusividade a noite teatral e mostra os bastidores nas imagens de Annelize Tozetto.

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Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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