Rapidinhas Curitibanas: Saiba o que rolou nos bastidores do 33º Festival de Curitiba
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Colaborou ANDRÉ NUNES
Enviado especial ao Festival de Curitiba
Santa voz
Estrela absoluta do 33º Festival de Curitiba, a sempre elegante Débora Falabella passou um susto. Ficou gripada e sem voz pouco antes de embarcar para o Paraná. Desesperada, recorreu aos serviços da fonoaudióloga Janaina Pimenta. “Ela também é a fonoaudióloga da Ivete Sangalo”, revelou a atriz vencedora do Prêmio Shell de Teatro por Prima Facie, na manhã seguinte a ser aplaudida de pé por 2.200 pessoas no Guairão. A moça faz milagres.
No topo
Débora Falabella fez a maior atuação deste Festival de Curitiba em duas sessões lotadas de seu premiado solo Prima Facie no Guairão. Agora, quem quiser ver, terá de viajar a São Paulo para a nova temporada no Teatro Faap. A coluna bem que avisou que era ótimo. Não ouviu quem não quis.
Caco curitibano
Gregório Duvivier, que lotou o Teatro Guaíra em três sessões de O Céu da Língua no Festival de Curitiba, resolveu colocar de última hora um trecho de poesia de Paulo Leminski, o grande poeta da terra. Fez bem.
Na boca do povo
Fabíula Passini, a dedicada diretora do Festival de Curitiba ao lado de Leandro Knopfholz, ficou satisfeita ao saber que uma loja da famosa rua XV de Novembro, principal artéria comercial curitibana, colocou na vitrine uma promoção de perfumes com o histórico cartaz do festival, rebatizando-o de “Festival de Ofertas”, com as tradicionais máscaras da comédia e da tragédia. É o teatro na boca do povo. Ou melhor, é a prova cabal do sucesso.
Aeromoça 1
Deborah Evelyn demonstrou resistência para participar do Festival de Curitiba. A coluna explica. Debinha se apresentou no Teatro Bravos, em São Paulo, com a peça Três Mulheres Altas, exatamente 15 horas antes de estar diante de todos jornalistas de Curitiba, linda e fresca, para divulgar Os Mambembes, peça que abriu o evento no Teatro Positivo. “É uma vida circense”, definiu, na Sala Ney Latorraca do Hotel Mabu. Tem razão.
Aeromoça 2
Já Claudia Abreu também teve seus dias de São Silvestre do céu, só que depois do Festival de Curitiba. Assim que Os Mambembes acabou, Cacau embarcou rumo a Fortaleza, onde foi apresentar seu solo, Virgínia, que volta a Curitiba em breve. Aliás, a ideia da peça Os Mambembes é dela, que até botou dinheiro do bolso. Atriz produtora, né?
Intérprete
Representante do Ministério da Cultura no Festival de Curitiba, a presidente da Funarte, Maria Marighella, participou da coletiva de imprensa na Sala Ney Latorraca. Ela ganhou todas as atenções ao fazer um emocionado texto em defesa do teatro. Foi só pisar em Curitiba que a neta do guerrilheiro Carlos Marighella recuperou sua verve de atriz. Nada como um palco.
De noite na cama…
A atriz Rosana Stavis, estrela da peça Nebulosa de Baco no Festival de Curitiba, informou aos jornalistas na coletiva de imprensa que a parceria nos palcos com o dramaturgo e diretor Marcos Damaceno jamais prejudicou o casal à frente da Cia Stavis-Damaceno. “Ele escreve, me dirige e me come”, confessou, sem papas na língua. Que Deus conserve. Amém.
Amigos do peito
Depois de 8 anos, a Prefeitura de Curitiba voltou a apoiar o Festival de Curitiba. O prefeito Eduardo Pimentel não só prestigiou a abertura, como enviou seu presidente da Fundação Cultural, o ator Marino Junior, que deu um show de simpatia. Já o ex-prefeito Rafael Greca não deu as caras. Pano rápido.
Histeria coletiva
Quem passou pela Praça Santos Andrade durante o Festival de Curitiba viu um bando de moças e rapazes em faniquito em frente ao Hotel Mabu. Eram estudantes da Universidade Positivo querendo fotos com o ator João Guilherme, que esteve nas plateias do evento pela primeira vez. Geração Z.
Fazendo a cama
Ao ficar impressionado com o tamanho do Festival de Curitiba, o ator gente boa Romulo Estrela disse que quer voltar em 2026 com uma peça. Que assim seja.
Noites tenebrosas
Quem viu a jornalista Luciana Penante toda solar como assessora do Festival de Curitiba mal podia imaginar que em algumas noites ela circulava pelos lugares mais tenebrosos da capital paranaense. Calma, gente, ela não é vampira. É que a moça comanda o passeio Curitiba Sombria, que apresenta os lugares mais sinistros da cidade. A coluna sonha em fazer o tour de horror.
Fôlego raro 1
O jornalista Sandoval Matheus chamou a atenção no Festival de Curitiba com seu farto fôlego. O moço não só amenhecia fazendo as perguntas mais interessantes nas coletivas de imprensa, como batia ponto nas noites do Nina Bar, o point do evento. Todo soltinho.
Fôlego raro 2
Outro com imensa disposição para o pós peça foi o assessor de imprensa Pedro Neves. Merece desconto no Nina Bar. Aliás, onde foi parar o desconto que o bar dava no chope para quem tinha o crachá do Festival de Curitiba? Bons tempos que precisam retornar.
Discreta
Depois de esbanjar seu conhecido carisma na coletiva de imprensa no Festival de Curitiba, a atriz Renata Sorrah mudou de temperatura. Quando coleguinhas jornalistas quiseram fazer fotos com a diva, ela preferiu se retirar do recinto. Reservada.
Poderoso chefão
Apenas uma pessoa é capaz de dar bronca na imprensa durante o Festival de Curitiba. E os jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas ficarem quietinhos feito crianças. A coluna testemunhou a cena — e tomou a bronca também, é claro, com muita resignação. O nome do poderoso chefão é Maximilian Santos, coordenador de imprensa do evento. Será que ele era chefe de turma na escola?
O que eles tomaram?
Dezenas de pessoas gesticulando freneticamente em frente ao Nina Bar durante o Festival de Curitiba chamaram a atenção de uma viatura da polícia. Os homens da lei quiseram saber que substância a turma tinha ingerido. Contudo, era só o grupo de artistas surdos da Mostra Surda de Teatro se comunicando em Libras, a língua brasileira de sinais. Ufa.
Roubando a cena
Falando em sinais, o intérprete de libras Jonatas Medeiros roubou literalmente a cena na peça Homens Pink. De camiseta transparente, que deixava à mostra sua barriga tanquinho, ele ressignificou cada palavra dita pelo ator Renato Turnes, que precisou interagir com o rapaz. O solo virou um dueto.
Suspiros na plateia
O público de Cabaré Haikai no Festival de Curitiba ficou impressionado com o sexy appeal do ator Kauê Persona. Quando ele dançava em cena o povo delirava. E o moço também é excelente ator. A Globo está perdendo um galã e tanto.
Incandescente
Falando em sexy appeal, quem demonstrou ter de sobra a tal qualidade rara é a atriz Carol Mascarenhas, que roubou todas as cenas na peça Daqui Ninguém Sai no Festival de Curitiba. A moça é fogo puro. Outra que a TV está perdendo de boba.
Entregou tudo
Adriane Perin, integrante histórica da assessoria de imprensa do Festival de Curitiba, era só sorrisos depois que o evento ganhou matérias no Jornal Nacional e Jornal Hoje. Ela é danada.
Beleza Fatal
Quem viu Camila Pitanga circulando quase anônima pelo Festival de Curitiba mal consegue acreditar que ela é a vilã do momento na teledramaturgia, como Lola Argento de Beleza Fatal. É que Camila participou do evento na condição de namorada do curador Patrick Pessoa, deixando os holofotes para o amado, que lançou livro no evento. Generosa.
Educadíssima
Filmando o novo longa de Marcos Jorge em Curitiba, a atriz Carla Diaz deu um show de humildade e simpatia na abertura do Festival de Curitiba. Foi solícita com a imprensa, fotógrafos e com os fãs. Inshalá.
Comilança
A coluna não conta nem sob tortura quem era a pessoa que comeu de se fartar no Gastronomix e ainda doou fichinhas escondido para uma grande estrela dos palcos que por lá estava.
Simpatia quase amor
A belíssima Débora Nascimento também prestigiou a abertura do Festival de Curitiba. Ficou até o fim da festa que reuniu 3 mil pessoas. Gente como a gente.
Rei da van
O carnavalesco Milton Cunha, que exalou seu carisma como mestre de cerimônias do Festival de Curitiba, divertiu o seleto grupo que o acompanhou na van de volta ao Hotel Mabu ao lado do fotógrafo Rafa Marques. Engraçadíssimos. Ao ouvir o jornalista Miguel Arcanjo cantarolar uma música que cantava na rádio, elogiou: “Olha temos um cantor na van, totalmente afinado”, decretou o Rei da Folia.
Galã curitibano
Algumas atrizes que passaram pelas coletivas de imprensa da Sala Ney Latorraca do Hotel Mabu ficaram encantadas com o jornalista Sandro Moser, que conduziu as entrevistas com muito charme e sua típica erudição. Homenzarrão.
Tributo ao Ney
Viúvo de Ney Latorraca, o ator Edi Botelho recebeu a homenagem da diretora do Festival, Fabiúla Passini, na sala de imprensa do Festival de Curitiba, que recebeu o nome de Sala Ney Latorraca. Emocionado, Edi contou histórias saborosas de seu companheiro de mais de 30 anos. Uma emoção.
Histórias de Ney
Uma das histórias reveladas, foi que Ney Latorraca se autoconvidou para substituir Paulo Autran no espetáculo “Depois da Queda”, ao lado de Maria Della Costa, nos anos 1960. Encantada com a petulância do jovem de Santos, Maria agradeceu, mas dispensouo garoto. Ney não se deu por vencido. Antes de sair, escreveu com batom no espelho do camarim: “Ainda serei seu galã.”. E assim foi. Em 1973, os dois contracenaram em “Bodas de Sangue”, dirigida por Antunes Filho. Um profeta.
Debandada geral
Algumas peças do Festival de Curitiba que insistiram em durar intermináveis minutos a mais do que o informado geraram uma verdadeira debandada do público. Parecia migração de gnus.
Essa noite se improvisa
Reynaldo Gianechinni ficou petrificado quando houve uma falha de cenário de Brilho Eterno no Festival de Curitiba e a porta do elevador da peça não abriu. “Alguém vai vir me ajudar?”, perguntou diante do público, no que foi socorrido por Tainá Muller, que avisou o público que a peça precisaria ser pausada. Se fosse o grande Jorge Doria em cena na mesma situação, ele teria sambado no elevador enguiçado. Alguém aí duvida?
Visita inesperada
Mestra de cerimônias e grande nome do Risorama, Nany People esbanjou simpatia no Festival de Curitiba. Na volta de uma entrevista para a rádio Jovem Pan, ela pediu ao motorista para parar em uma farmácia para comprar própolis. A diva não hesitou em entrar ela mesma, impressionando os atendentes. Foi uma festa.
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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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