Carnaval Rio de Janeiro: enredos afro marcam primeiro dia dos desfiles

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Colaborou Felipe Rocha
Foi dada a largada nos desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro! E o primeiro dia já chegou levantando temas importantíssimos. As escolas do primeiro dia abriram a grande festa celebrando a ancestralidade afro-brasileira e a cultura africana. Da noite deste domingo (2) para a madrugada de segunda-feira (3), apenas quatro escolas se apresentaram no maior sambódromo do mundo, a Marquês de Sapucaí, são elas: Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Unidos do Viradouro e Estação Primeira de Mangueira.
Neste ano, os desfiles estão divididos em três dias, não apenas em dois, diminuindo o número de escolas que desfilam por noite. Além disso, o tempo para cruzar a avenida aumentou, de 60 a 70 minutos para 70 a 80 minutos.
O Blog do Arcanjo resume a seguir as apresentações de todas as escolas de samba, trazendo também alguns cliques, confira:
Unidos de Padre Miguel
Com muita alegria pelo retorno ao carnaval carioca após 52 anos, a Unidos de Padre Miguel abriu os desfiles de 2025 trazendo a trajetória de Iyá Nassô, Francisca da Silva, figura fundamental na história do candomblé no Brasil, enfatizando sua relevância na cultura afro-brasileira. Além disso, a escola abordou também o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, conhecido como o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento.




Imperatriz Leopoldinense
Atual vice-campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense voltou a abordar a temática afro-religiosa ligada à mitologia dos orixás, em um desfile bem harmonioso e animado. Desta vez, o enredo contou a saga de Oxalá para visitar o reino de Xangô, levantando o público da arquibancada e fazendo todos cantarem do início ao fim.




Unidos do Viradouro
Mais conhecida como Viradouro, a campeã do carnaval carioca de 2024, trouxe para a Sapucaí a história de Malunguinho, grande herói do século 19, líder do Quilombo do Catucá, no Norte de Pernambuco. O enredo traz um forte diálogo entre culturas afro e indígena. Com bastante cores, explorando as matas e a natureza, a escola de Niterói encantou ao utilizar arte cinética para dar sensação de movimento a um carro alegórico com um boneco de 15 metros. Destaques também para a utilização de hologramas e labaredas de fogo na comissão de frente.




Estação Primeira de Mangueira
Mais conhecida como Mangueira, a escola finalizou o primeiro dia dos desfiles do carnaval do Rio celebrando a contribuição dos povos bantos, de Angola, para a cultura, sociedade e religião do Rio de Janeiro. Os grandes destaques foram para o uso de cores e para a bateria, que misturou diversos ritmos musicais.




Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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