Hempreende faz 2ª edição de sucesso em Curitiba e discute liberação da cannabis

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Neste domingo, 7 de abril, aconteceu com sucesso a segunda edição do Hempreende, no Hop N’ Roll, em Curitiba. O evento é voltado para o mercado de cannabis. O objetivo é dar visibilidade às mulheres que empreendem no setor e ampliar o debate social pela liberação da planta, como já aconteceu em países como o Uruguai, Alemanha e os Estados Unidos. Regado a atrações culturais e gastronômicas, o evento tem três mulheres na organização e idealização: Carolina Fayad, Cris Dal Soto e Isabela Tamiozzo e repercutiu até na TV aberta, em reportagem especial na RIC TV. Estão também no time a produtora Lia Perini e o designer Wellington Carneiro.

A empreededora cultural, jornalista e ativista Carol Fayad se emocinou com a forte repercussão do evento idealizado por ela e suas sócias com muita dedicação.
O pensamento é reunir ativismo e sustentabilidade com pensadores, músicos e apoiadores da medicina canábica.
“O Hempreende é um evento pioneiro dentro dos eventos canábicos em Curitiba, um lugar de união de todas as pessoas que trabalham nesse setor”, comemora, em conversa com o Blog do Arcanjo.

O Hempreende busca oportunizar espaço aos hempreeendedores num ambiente acolhedor, seguro e com visibilidade para novos negócios e conexões.
Fayad fala da importância do Hempreende neste momento em que o Brasil discute a descriminalização da cannabis no STF (Supremo Tribunal Federal), enquanto que, no Congresso, uma lei proibicionista também é discutida.
“A importância, sobretudo enquanto se discute a descriminalização do STF, é que movimentos como esse fomentam as discussões, com formação, conscientização e desmistificação da maconha. Precisamos que eventos assim estejam presentes em várias cidades do país, para que todos possam ver que nós estamos em todas as partes da sociedade, nós que fazemos o uso da planta e lutamos pela liberdade da mesma”, fala Carolina.

Para a empreendedora, pautar a discussão em espaços públicos é importante para quebrar velhos estereótipos. “São lugares que nos permitem trazer a nossa cultura, a cultura canábrica, a cultura do uso da planta para nos expressar realmente, de verdade, em um ambiente seguro e acolhedor”.

Ela lembra que foi difícil organizar o evento, coisa que só conseguiram por meio do apoio da comunidade canábica. E ressalta o fato de três mulheres estarem na organização.
“Somos três mulheres organizadoras, então essa edição foi pensada no protagonismo feminino também, porque a planta fêmea é a planta que nos dá a fruta, a flor, que é a flor da cannabis, que é onde a gente consegue a maior parte dos componentes, dos cannabinoides, que a gente chama. Então ela é uma planta que puxa muito o sagrado feminino e as mulheres dentro do mercado da cannabis muitas vezes são apagadas ou então não são ouvidas, assim como em diversos outros setores de trabalho”, lembra.

“Por isso a gente decidiu fazer esta edição com protagonismo dessas mulheres, tendo inclusive várias mulheres de São Paulo, de um grupo chamado Expomanas, que vieram para Curitiba para expor os seus trabalhos. Foi uma edição muito especial”, conclui.

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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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