Octávio Cardozzo lança álbum Qualquer Amor e dá detalhes das 7 faixas

Octávio Cardozzo lança álbum Qualquer Amor © Divulgação Blog do Arcanjo 2023

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

O cantor e compositor Octávio Cardozzo acaba de lançar seu novo álbum, Qualquer Amor. Segundo o próprio, o título mostra tanto multiplicidade de amores que permeiam a vida quanto a busca por um mínimo de amor os que se sentem sós. “Acho que meu estilo são as letras bem pensadas e construídas, inicialmente, e na forma de dizê-las nas gravações”. O artista de Belo Horizonte, que já ganhou destaque na Europa, quer circular cada vez mais pelo Brasil. Octávio Cardozzo já realizou quatro turnês internacionais, encantando plateias em países como Portugal, França, Itália, Espanha, Chile e Argentina. Já teve músicas gravadas por artistas como Lamparina, Moons, Graveola e Aíla. E colaborou com diversos artistas em feats., como Lamparina, Hiran, Pedro Altério, Helio Flanders, Abacaxepa e Luiz Gabriel Lopes. Ele fala sobre cada faixa do álbum ao Blog do Arcanjo.

Qualquer Amor
Faixa a Faixa
por Octávio Cardozzo

1 – UM LEÃO (PRELÚDIO)

“Essa é a primeira música do disco e a última a ser composta. Ela é um apanhado de tudo o que vai ser tratado no disco: os amores, a minha forma leonina de ser muito emocionado com tudo, dramático… ao longo da construção do disco, acabei me apaixonando por uma pessoa e feito duas das músicas desse disco pra ela (embora elas pareçam ter temas diferentes, se trata da mesma pessoa). “Um Leão” também é um recado pra essa pessoa, fala de como esse disco vai chegar nela de alguma forma.”

2 – PARAÍSO PERDIDO

“Essa é a primeira música que eu fiz pra essa pessoa que eu me apaixonei muito. Eu me declarei e ela não me quis. Como um bom leonino, eu disse que eu era um paraíso que ela tava perdendo, eu era tudo que ela precisava. No mesmo dia fiz a música com esse título super dramático e emocionado, e a música contando como eu percebia a presença dessa pessoa na minha vida, mesmo ela não me querendo.”

3 – PERIGO

“Tempos depois, já no período de início de flexibilização da pandemia, eu reencontrei sem querer essa mesma pessoa pessoalmente, que me contou algo que não pode ser publicado rsrs e eu disse que era um perigo ela me contar aquilo. No mesmo período Marina Sena tinha lançado o primeiro disco dela, e eu percebi que ela fazia um mesmo salto melódico em diferentes músicas. Daí, no carro, voltando desse encontro, e ouvindo Marina, eu percebi essa característica nas músicas dela, e compus essa música. Como ela tem um pagodão baiano desconstruído no refrão, convidei um baiano de verdade pra cantar comigo: Hiran.”

4 – NO CANTO DA BOCA

“Essa nasceu num dia que eu fui parar num forró em Belo Horizonte. Vi um casal tão bonito e sorridente dançando, e enquanto dançavam eles falavam coisas um pro outro ao pé do ouvido, e fiquei tentando imaginar a história deles. O rapaz eu conhecia, é um cantor conhecido na cidade, e quis brincar com o a palavra canto empregada de diferentes formas: o canto da boca (que pode ser o beijinho no cantinho da boca e também o cantar que sai pela boca dele) e o canto do quarto (que pode ser o xamego no cantim do quarto, e os gemidos que podem ser como canto). Entreguei essa letra primeiramente à compositora Claudia Manzo, que na época havia me pedido uma letra pra musicar. Porém, ela queria uma letra mais “safada” como “Debaixo D’água” (música do meu disco “Tá todo mundo mal”, de 2020) e “No canto da boca” ficou de lado. Depois mandei pro Cotô, da banda Lamparina e parceiro em vários outros projetos. Ele chegou a começar a brincar com a letra mas abandonou porque estava compondo muito forró na época. E aí mandei pro Demarca, que parece que a música estava aguardando por ele. Ele tinha tudo a ver, já tinha me presenteado com um baião anteriormente (“Perfume de Araçá”, do meu disco “Tá todo mundo mal”, de 2020), e nasceu a nossa música. Chamei ele pra cantar pq achei que ia ser bem legal dois homens cantando um xote de amor.”

5 – SAÚDE

“Eu nunca tive animais de estimação. Minha vizinha da casa da frente tinha uma gata que, quando teve filhote, os pequenos começaram a agredir ela, e então ela fugiu pra morar com a minha vizinha do lado. Foram alguns anos assim. Durante a pandemia ela começou a visitar nosso quintal, depois entrou na varanda, na sala, na cozinha, e quando eu vi estava dormindo comigo (a gatinha). E eu, que sofri muito tempo de transtorno do pânico, ainda apreensivo de como ficaria minha saúde durante a pandemia, entendi a presença da gata como uma forma de saúde naquele momento, junto com o Chico, o segundo gatinho (este eu adotei mesmo). Ao mesmo tempo, tem uma frase do Grande Sertão: Veredas, que diz que “Qualquer amor já é um pouquinho de saúde”. Daí nasceu a música, que parece ser sobre amor romântico, mas é sobre a cura através do amor dessas criaturinhas que surgiram na minha vida. A autoria eu divido com o José Luis Braga (da banda Graveola), que fez parte da letra falando também da sua vivência em pandemia.”

6 – JABUTIRICA

“Jabutirica é uma brincadeira. Quando formos arranjar o disco (eu e os arranjadores Gabriel Bruce e PC Guimarães), escolhemos uma imersão no meio do mato, totalmente isolada. Só havia um caseiro nas redondezas, e que ficava falando que existia uma “Jabutirica” no meio do mato ao redor da casa. Eu achava muito engraçado esse termo novo, e imaginando um cruzamento de Jabuti com Jaguatirica. Quando fomos gravar “Saúde”, o PC, que também é meu guitarrista, fez um solo enorme (e foda) na música. Decidi manter no disco (mesmo indo contra todas as métricas do mercado), e botei o nome que tanto marcou o início da feitura do disco.”

7 – MAL ACOSTUMADO

“Regravei essa música do Ara Ketu porque ela foi importante em vários momentos da minha vida. Mas principalmente pela saudade que eu ficava do carnaval durante a pandemia. Eu fui cantor de blocos de rua importantes de BH (Então Brilha, Corte Devassa e Haja Amor), e não ter isso naquele ano de 2021 foi o mais difícil. E aí eu cantava muito as músicas carnavalescas de forma bem melancólica rsrs daí curti a onda de Mal Acostumado pq ela realmente é muito triste (a letra), mas sempre cantamos ela super alegres e dançando normalmente, por ter originalmente um ritmo dançante.”

Qualquer Amor

FICHA TÉCNICA

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS: PEDRO ALTÉRIO (5 A SECO), HIRAN E DEMARCA (PIETÁ)
PRODUÇÃO MUSICAL: LEONARDO MARQUES (ILHA DO CORVO)
DIREÇÃO ARTÍSTICA: OCTÁVIO CARDOZZO
CO-PRODUÇÃO MUSICAL E ARRANJOS: GABRIEL BRUCE E PC GUIMARÃES (EM “PARAÍSO PERDIDO”, “PERIGO”, “NO CANTO DA BOCA”, “SAÚDE”, “JABUTIRICA” E “MAL ACOSTUMADO”) E DAVI FONSECA, PC GUIMARÃES E LEONARDO MARQUES (EM “UM LEÃO”)
BAIXOS: CAMILA ROCHA
GUITARRAS: PC GUIMARÃES
BATERIA: GABRIEL BRUCE
TECLADOS: DAVI FONSECA (EM “UM LEÃO”)
PROGRAMAÇÃO ELETRÔNICA: FRED SELVA
EDIÇÕES: LUIZ CAMPOREZ (EM “PARAÍSO PERDIDO”, “NO CANTO DA BOCA”, “SAÚDE”, “JABUTIRICA” E “MAL ACOSTUMADO”); E LEONARDO MARQUES EM “UM LEÃO” E “PERIGO”
MIXAGEM E MASTERIZAÇÃO: LEONARDO MARQUES
CAPA E PROJETO GRÁFICO: OCTAVIO CARDOZZO
FOTOS: ESTEVÃO ANDRADE
VISUALIZERS: CARIL
DANÇARINA CONVIDADA: LAURA CASTRO
FIGURINO: MEU SEU BRECHÓ, ROCUS, SYNCHRON, AUGUSTO CHRISTOFF E LUCAS REGAL BOOTS
PRODUÇÃO EXECUTIVA: CALIXTO (PELEJA LAB)
APOIO DE PRODUÇÃO: MELL FLORES
LOCAÇÕES: ÓRBI CONECTA, LE PINK AVENIDA SÃO JOÃO E PALACETE DOS ARTISTAS
AGENCIAMENTO: CAROL BLOIS (PELEJA LAB)
ASSESSORIA DE IMPRENSA: FERNANDA BURZACA
EDITORAÇÃO: SONY MUSIC PUBLISHING
CREATIVE SUPERVISOR: PEDRO CANTARINO (SONY MUSIC)
DISTRIBUIÇÃO BRASIL: BELIEVE BRASIL
DISTRIBUIÇÃO JAPÃO: MOCLOUD RECORDS
DISTRIBUIÇÃO PORTUGAL/ESPANHA/ITÁLIA/ALEMANHA: MALAGUETA MUSIC
DISTRIBUIÇÃO FRANÇA: BELIEVE FRANCE
LABEL MANAGER: EVELYN GOMES (BELIEVE)
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: THIAGO CORRÊA, EDDU PORTO, DEH MUSS, LIPE CARVALHO, THALES SILVA, FERNANDA BCHECHE, PEDRO MORAIS E COTÔ DELAMARQUE

Siga @miguel.arcanjo no Instagram

Ouça Arcanjo Pod no Spotify

Blog do Arcanjo no YouTube

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é miguel-arcanjo-prado-foto-edson-lopes-jr.jpg

Jornalista cultural influente e respeitado no Brasil, Miguel Arcanjo Prado é CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra o júri de Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de São Paulo, Prêmio Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil de Curtas. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
© Blog do Arcanjo – Entretenimento por Miguel Arcanjo Prado | Todos os direitos reservados.

Please follow and like us:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *