Eduardo Saron defende união da educação e da cultura por um Brasil melhor

Aliada à educação, cultura promove maior aprendizado e mais saúde mental do estudantes, diz Eduardo Saron
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Eduardo Saron defende maior união entre cultura e educação para uma transformação profunda do Brasil, ressaltando a importância da escola integral que mescle disciplinas tradicionais a atividades culturais para os estudantes.
O presidente da Fundação Itaú, entidade que reúne o Itaú Social, Itaú Educação e Trabalho, Itaú Cultural, Itaú Cinemas e Todos pela Saúde, escreveu nesta semana artigo na Folha de S.Paulo, no qual propõe suas ideias aos novos governantes.
Em sua visão, o país está diante do “desafio monumental de buscar a equidade e alinhar o ensino público a uma economia cada vez mais pautada pela inovação , pela criatividade, pela tecnologia e pelo pensamento crítico”.

O executivo propõe uma “combinação de educação e cultura na formação dos estudantes brasileiros, tornando o aprendizado mais amigável, colaborativo, estimulante, acolhedor e conectado ao ambiente contemporâneo”, pontua, citando o estudo do Itaú Social Artes e Esportes – Relação com o Desenvolvimento Integral.
O trabalho revelou que “estudantes expostos à dança, à música, ao teatro e às artes visuais, entre outras atividades do gênero, têm melhor desempenho na leitura , escrita e matemática em comparação com aqueles que seguem apenas o currículo tradicional”, além de estimular a metacognição.
“A cultura traz elementos transversais que criaram controladomente para o desenvolvimento integral, o que inclui não só a dimensão intelectual, mas também a emocional e social, que são importantes para crianças e adolescentes construirem de forma autônoma os estilos de vida que desejam e sua atuação na sociedade”, afirma Saron.

“Pesquisa do Itaú Cultural realizada em parceria com o Datafolha , em 2022, mostrou que o consumo de atividades culturais resulta, para cerca de 50% dos indivíduos, em melhoria da qualidade de vida e do convívio em casa, além de diminuir o estresse, a ansiedade, a sensação de solidão e de tristeza”, diz.
“Precisamos ampliar com qualidade a oferta de escolas de tempo integral , com currículos que incorporam os saberes das organizações da sociedade civil, da comunidade, dos movimentos e equipamentos culturais dos estados e municípios, com oportunidades para os alunos conhecerem seus territórios, com vivências promovidos por museus, centros culturais, bibliotecas e outros espaços de arte e cultura”, propõe, lembrando que esta é uma demanda dos estudantes aferida na pesquisa Atlas das Juventudes 2022 , apoiada pelo Itaú Educação e Trabalho.
“Investir em políticas públicas que articulem arte e educação certamente nos ajudaria a progredir mais rapidamente e com mais qualidade, garantindo as bases que precisamos para superar os desafios da formação e do futuro dos nossos estudantes e do país”, finaliza Saron seu artigo.

Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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