Maria Bonomi homenageia vítimas da Covid-19 com obra inédita no Memorial da América Latina

Maria Bonomi - Foto: Lena Peres/Divulgação - Blog do Arcanjo
Maria Bonomi – Foto: Lena Peres/Divulgação – Blog do Arcanjo

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

O Memorial da América Latina, no coração da Barra Funda, em São Paulo, foi o local escolhido para a instalação da obra Réquiem para os tombados pela Covid-19 na América Latina, da artista Maria Bonomi, em homenagem às vítimas da Covid nos países latino-americanos. A instalação da obra será dia 27 de outubro, às 15h. A artista é autora também de Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil, que fica na entrada do Memorial e retrata as culturas indígenas.

A ideia da obra surgiu de uma conversa entre a artista, o presidente do Memorial, Jorge Damião e Helena Peres Oliveira, produtora da obra “Etnias”, também de Maria Bonomi. “Registrar o sofrimento que a América Latina e o mundo estão vivendo em função da Covid-19 é fundamental”, afirma Bonomi.

O trabalhoem forma de triângulo, com duas mãos postas em oração, contêm em suas superfícies 23 mapas vazados dos países: Antilhas Holandesas, Argentina, Aruba, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Haiti, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Venezuela.

A obra é composta por duas placas com alturas de 6m e 4m por 2,40m de comprimento, abrangendo uma área de mais de 5m, e representa a cicatriz e dor das famílias que perderam seus entes queridos para a Covid-19.

A autoria da obra é do Atelier Maria Bonomi, arquitetura de Rodrigo Velasco e realização de Diran Garabed Topalian e contou com o apoio do Governo do Estado de São Paulo.

A escolha do Memorial para a instalação da obra se deve a necessidade da instituição sinalizar também as questões da contemporaneidade, como a pandemia da Covid-19, uma vez que o painel Etnias aborda o passado dos indígenas e o aculturamento que esta população sofreu e ainda sofre ao longo do processo de colonização brasileiro.

Maria Bonomi, artista plástica

A instalação Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil, de Maria Bonomi, está localizada na passagem de nível que liga o metrô ao conjunto arquitetônico. Nesse corredor espelhos em toda a extensão das duas paredes e a iluminação cenográfica emolduram painéis e totens que recontam de forma estilizada a história dos povos originários brasileiros. Nas escadas, estão gravados nomes de indígenas de diversas etnias.

Serviço:
Réquiem em homenagem às vítimas da Covid-19
Instalação: Dia 27 de outubro, às 15h
Em frente ao auditório Simón Bolívar – Memorial da América Latina, na Barra Funda

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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