Livro revela boemia em Salvador dos anos 1970

Na Salvador da Bahia na década de 1970, celebridades e locais se misturavam sem pudor em um bar e restaurante do Porto da Barra que entrou para a história.

Trata-se do Berro D’Água, comandado por Charles Pereira, o Charles Mocó, com seu fiel escudeiro, o garçom Nelson Peixoto, o Nelsinho. No local, se via de tudo.

Lá, facilmente, um anônimo poderia estar na mesma mesa que o compositor brasileiro Tom Jobim, a grande cantora argentina Mercedes Sosa e o cineasta baiano Glauber Rocha.

Tantas histórias do histórico point e outras pinçadas de outros cantos da cidade estão sendo reunidas no livro Sem Censura, escrito por Mocó e com lançamento prometido para breve.

Ele enumera em seu tomo crônicas que são verdadeiras testemunhas de boa parte da atividade cultural-intelectual soteropolitana nas décadas de 1960 e 1970, auge do desbunde em plena ditadura militar.

Quem pensa que o autor se restringirá a seu famoso restaurante se engana redondamente.

Mocó promete passear por lugares recônditos do centro de Salvador, como os puteiros do Maciel, por exemplo. Claro que não faltarão as memórias — as que sobraram intactas, pelo menos — do agito do Porto da Barra e de seu psicodélico por do sol diante do mar da Bahia.

Foto: Cardápio do bar Berro D’água/Divulgação

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