Pena de Pavão de Krishna e Mariana Ferrão relaxam e empolgam Virada Zen
Um clima de paz e alegria contagiante reinou no último domingo (11) no Parque Ibirapuera, em São Paulo, no encerramento da Virada Zen. A festa coroou os sete dias de intensa programação voltada ao “bem-estar integral, autoconhecimento e à cultura de paz” com 800 atividades gratuitas em 200 pontos da capital paulista.
A jornalista Mariana Ferrão, que apresenta o programa “Bem Estar” na Globo, foi a mestre de cerimônias do evento e comandou o público em uma sessão de autoconhecimento com direito a depoimento de pessoas que se reencontraram no gramado do Ibirapuera após a meditação.
Uma senhora celebrou pisar na grama pela primeira vez após um tratamento de câncer, emocionando Mariana, conforme acompanhou o Blog do Arcanjo no UOL.
O fim de tarde foi no clima tilelê mineiro, com o bloco carnavalesco de Belo Horizonte Pena de Pavão de Krishna. Com sua mistura de ritmos afro-brasileiros com levada indiana, o bloco hipnotizou o público paulistano com seus integrantes pintados de azul tal qual a deusa hindu que nomeia o grupo.
O momento de maior emoção do show foi quando os músicos homenagearam Moa do Katendê, mestre baiano fundador do afoxé Badauê, parceiro do PPK (como o bloco é carinhosamente chamado) que foi brutalmente assassinado no primeiro turno das eleições por conta de suas convicções políticas. Outra mártir política recente, a vereadora carioca Marielle Franco também foi lembrada no show. Os dois nomes foram fartamente aplaudidos.
O PPK cantou “Olha Aí Quem Chegou”, música composta por Moa do Katendê especialmente para o bloco belo-horizontino. O grupo ainda colocou no repertório “Badauê”, hino de lançamento do bloco afro-baiano liderado por Katendê e que foi gravado por Caetano Veloso em seu disco “Cinema Transcendental”, de 1979.
O público, devidamente relaxado anteriormente pela meditação comandada por Mariana Ferrão, foi ao êxtase durante o show do PPK, que contou com hits como “Águas”, cantado por Raphael Sales, “Ponto de Nanã”, na voz de Leopoldina Azevedo, e “Quilombo Oriental”, canção interpretada por Gustavito Amaral, com seus versos que foram espécie de síntese do show: “Krishna vai descer no Badauê, cantar um afoxé no seu congar junto com Gandhi”.
Ao fim, uma ciranda de “amor, perdão e gratidão” submersa na percussão energética uniu a todos em uma grande catarse coletiva no gramado do Ibirapuera.