Atores famosos surgem envelhecidos e roqueiros no musical “Forever Young”

Musical "Forever Young" faz mistura pop entre velhice e rock - Foto: Paprica Fotografia

Musical “Forever Young” faz mistura pop entre velhice e rock – Foto: Paprica Fotografia

Por Miguel Arcanjo Prado

Uma reunião dos melhores hits do pop e do rock em meio a uma história que coloca a velhice em xeque é a base do musical “Forever Young”, em cartaz em São Paulo, no Teatro Fecomércio Raul Cortez. O espetáculo surgiu na Noruega, escrito pelo suíço Erik Gedeon, com a história de seis atores centenários e roqueiros.

No Brasil, onde é produzido por Henrique Benjamim e Sandro Chaim, quem assume a direção é Jarbas Homem de Mello, nome conhecido dos musicais e por ser namorado da atriz Claudia Raia. Henrique Benjamin assume a supervisão artística e a tradução do texto.

O elenco traz rostos conhecidos da televisão, como Claudia Ohana, Carmo Dalla Vecchia e Fafy Siqueira, esta em participação especial como a engraçada enfermeira que cuida dos velhinhos no retiro dos artistas onde vivem. Todos são envelhecidos na caracterização assinada por Hugo Daniel.

Para Claudia Ohana, a peça “é uma grande brincadeira” que reflete sobre “o que é a velhice”. Conta que sua personagem, muito “meiga”, foi uma “diva do teatro”. E reforça que os personagens carregam os nomes dos próprios artistas que os interpretam, como aconteceu na Europa, mas não são inspirados neles.

Carmo Dalla Vecchia faz um “viúvo, solitário e romântico” em sua estreia em musicais. Diz que a obra apresenta “seres humanos com erros e falhas que ficaram mais evidentes pela idade”. E o rock “é uma pitada de pimenta” que faz aqueles velhinhos se sentirem cheios de vitalidade. O ator diz que envelhecer não lhe atormenta. “Se preocupar demais com a velhice é não viver no presente”, filosofa.

Musical "Forever Young" se passa em um retiro de velhos artistas - Foto: Paprica Fotografia

Musical “Forever Young” se passa em um retiro de velhos artistas – Foto: Paprica Fotografia

Para o diretor Jarbas Homem de Mello, “Forever Young” é uma grande homenagem a todos os artistas que povoam nosso imaginário”. E lembra que a situação do idoso no Brasil requer mais atenção das autoridades. “Muitos estão jogados à própria sorte. Principalmente os que não têm família ou foram abandonados. Temos de nos preparar para a velhice. Isso é essencial”, diz.

Fafy Siqueira, por sua vez, conta que encarou a peça “como uma terapia”. Diz que já faz parte do time dos que já envelheceram, que tem “uma cabeça Lander Rover e o corpo de um Opala”, dando uma gargalhada. “Tá na cara que tu já chegou nos 60, é um saco. Ué, o que vai fazer? Tudo bem. É muito chato envelhecer, mas não tenho medo. Já sou velha, mas sou uma velha bacana”, complementa. Por isso, diz que a peça lhe mostrou “que a gente só envelhece quando a gente para de se divertir”. O que não pretende fazer tão cedo.

Os famosos estão ao lado de estrelas dos musicais como Paula Capovilla e Marcos Tumura, além do próprio Homem de Mello e de Miguel Briamonte, na pele do pianista do asilo e também o diretor musical da montagem que tem os atores Naíma e Rodrigo Miallaret na função de stand-in (substitutos).

Na plateia, o espectador nostálgico vai vibrar com hits desde as décadas de 1950 até os tempos atuais. Convivem harmoniosamente no repertório músicas como “I Will Survive”, “Let It Be”, “Rehab”, “California Dreamin”, “Imagine” e, claro, “Forever Young”. E sucessos brasileiros como “Do Leme ao Pontal” e “Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás”.

“Forever Young”
Quando:
Sexta, 21h30, sábado, 21h, domingo, 15h e 18h. 90 min. Até 30/10/2016
Onde:
Teatro Fecomércio Raul Cortez – R. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo, tel. 11 3254-1631
Quanto:
R$ 100; promoção: sessão de domingo, às 15h, custa R$ 50
Classificação etária:
10 anos

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