Festival de Curitiba tem Mostra Namoskà para fortalecer o teatro independente no Fringe

Caio Frankiu e Kelvin Millarch: Moistra Namoská tem seis peças e quatro oficinas no 32º Festival de Curitiba © Annelize Tozetto Blog do Arcanjo 2024

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Enviado especial ao Festival de Curitiba*

Com reportagem de Jefferson Ribeiro

“Nossa ideia é ser a mosca que pousou na sopa. Incomodar e trazer uma reflexão sobre teatro, pois não existe uma só maneira de fazer e de contar uma história para o público”, explica Kelvin Millarch um dos diretores da Mostra Namoskà que que estreia na edição 32ª do Festival de Curitiba. A mostra produzida pela Cia KÀ de Teatro Independente programa seis peças e quatro oficinas entre os dias 28 de março a 1º de abril no Miniauditório Glauco Flores de Sá Brito.

Na mostra, os diretores da companhia Caio Frankiu e Kelvin Millarch propõem uma variedade de temas em peças e oficinas que refletem projetos que fazem parte da pesquisa do grupo ou de artistas conectados com o movimento por eles produzido nos últimos anos.

“Trazemos o lado histórico de Curitiba, sobre os primeiros cines – teatros e o processo de igrejização dos cinemas na capital, o teatro de bolso perdendo espaço e a construção do Teatro Guaira e como ele se mantém depois”.

Três peças da mostra Namoskà estreiam no festival, a primeira é Kraken feito em 3 atos de dança/teatro, Eco que é um conto grego que vai para uma tragedia brasileira entre 2 mulheres, e indo para um lado com elementos do terror, Pilar De Fogo que conta a direção de Kelvin Millarch.“Fiz um laboratório de um ano, estudando analisando e assistindo filmes do gênero, buscando referência no Zé do Caixão, sempre trazendo esse folclore brasileiro”, disse.

Numa perspectiva mais intimista, o espetáculo “DOCE²”, um classico recente do teatro experimental de Curitiba, é um solo feita com base nas cartas escritas por Kelvin na qual ele encara a depressão que teve há alguns anos. A peça começou e vai encerrar seu ciclo no festival.

Há ainda “Coração Delator”, peça em que o publico acompanha o ator no espaço cênico criando uma procura por respostas dos atores e público durante o espetáculo, e “Archigram” que é interpretação utópica do urbanismo por Caio Frankiu.

No final da conversa, na sala de imprensa do festival do Hotel Mabu, Kelvin comemorou a evolução do grupo do Festival de Curitiba.“A gente sempre estuda o mercado, sempre buscamos fazer um laboratório de um ano e somos muito gratas as 28 pessoas que fazem parte da KÀ. É uma grande oportunidade este acolhimento para trazer nossa arte. O festival faz parte da nossa história”.

*O jornalista e critico Miguel Arcanjo Prado viaja a convite do Festival de Curitiba.

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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