O Samba das Moças faz sessão grátis no Dia da Consciência Negra no Teatro Sérgio Cardoso

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Uma excelente opção de espetáculo gratuito neste feriado do Dia da Consciência Negra é O Samba das Moças, com entrada gratuita nesta segunda, 20 de novembro, às 20h e ingressos distribuídos a partir das 18h na bilheteria do Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista, em São Paulo. A obra homenageia três grandes artistas negras brasileiras: Ivone Lara, Clara Nunes e Alcione. Adriana Lessa apresenta a noite que tem as cantoras convidadas Anastácia Lia, Grazzi Brasil e Bruna de Paula. A direção geral e de produção é de Jô Santana, com direção musical de Guilherme Terra.
Do Rio vem Ivone, de Minas vem Clara, do Maranhão vem Alcione. Cantoras, autoras de suas próprias histórias e de canções e momentos históricos para a música e para a cultura brasileiras.
Dona Ivone Lara vem de lá pequenininho, pois alguém lhe avisou pra pisar nesse chão devagarinho. Clara Nunes é a tal mineira, que dentro do samba nasceu, se criou, se converteu e afirmou que ninguém vai tombar sua bandeira. E Alcione é aquela que não vai deixar o samba morrer ou acabar, pois o morro foi feito de samba, de samba pra gente sambar.
Em “O Samba das Moças”, três lindas e pretas moças, através de uma dramaturgia, cantam e contam as trajetórias desses baluartes da nossa cultura. Como princesas que reverenciam suas rainhas, em um rito de celebração de quem veio, quem foi, quem aqui está e também de quem ainda virá.
Com canções bastantes conhecidas do grande público, entremeadas por textos essenciais de grandes autoras negras, interpretadas por Adriana Lessa com projeções de imagens e com figurino e cenografia originais e uma banda composta por mulheres, este Show pretende marcar plateias, por onde passar, com noites memoráveis, daquelas que são capazes de inspirar reflexões, paixões, mudanças de vida.
“O Samba das Moças” é, em momentos, singelo como a brisa, em outros como um vento cortante e ainda pode ser revolucionário como um furacão – mas daqueles que vem não pra destruir e sim pra colocar tudo no seu devido lugar.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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