★★★★ Crítica: Terra sem Acalanto é destaque no Festival de Curitiba com drama do crime ambiental em Minas

Terra sem Acalanto é destaque do Fringe no Festival de Curitiba com drama mineiro © João Schelbauer Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Enviado especial ao Festival de Curitiba

Por JOÃO SCHELBAUER
Enviado especial ao Festival de Curitiba

O espetáculo mineiro Terra sem Acalanto faz parte da mostra Fringe do 33º Festival de Curitiba com sessão esgotada, apresentado no Teatro Novelas Curitibanas.

Prestigiada e aclamada pelo publico, a obra foi vista pelo Blog do Arcanjo. Peça da Companhia de Teatro Sala de Giz, a obra se destaca pela profundidade e sensibilidade, com uma proposta sentitiva em sua apresentação ao tratar da tragédia resultado do crime ambiental de Mariana, em 2015, quando a represa da mineiradora Samarco se rompeu.

Por meio de uma trama que se passa em um interior fictício de Minas Gerais, a peça explora temas como fé, justiça e resiliência, colocando em cena um coveiro que encontra sobreviventes em meio a uma catástrofe causada pela lama.

A encenação mistura referências culturais mineiras com influências da ancestralidade indígena e afro-brasileira, proporcionando uma experiência teatral imersiva e de forte carga emocional.

A dramaturgia de Felipe Moratori, aliada à direção de Tatiana Henrique, cria uma atmosfera poética e reflexiva, que convida o público a ponderar sobre a perda, a reparação e a reconstrução após uma tragédia de grande escala.

O elenco, composto por Bruno Quiossa e Felipe Moratori, entrega performances intensas, que enriquecem a proposta da peça, ao mesmo tempo em que desafiam as barreiras tradicionais do teatro, com interações diretas com o público, criando uma proximidade com o espectador.

Terra sem Acalanto se destaca não apenas pela sua relevância temática, mas também pela maneira como consegue combinar uma pesquisa cultural profunda com uma dramaturgia sensível, tornando-se uma reflexão sobre a capacidade humana de resistência e transformação diante das adversidades.

A companhia Sala de Giz, desde sua fundação, tem se consolidado como um polo cultural importante em Juiz de Fora, e com este espetáculo de sucesso no Festival de Curitiba reafirma seu compromisso com a arte que provoca e mobiliza o público.

Acompanhe Miguel Arcanjo no Festival de Curitiba!

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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