★★★ Crítica: Soledad: Peça de Agitação comove Festival de Curitiba com poeta assassinada pela ditadura

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Enviado especial ao Festival de Curitiba
Por CAROL FAYAD
Especial para o Blog do Arcanjo
★★★
SOLEDAS: PEÇA DE AGITAÇÃO
Avaliação: Muito Bom
Crítica por Carol Fayad
Espetáculo visto no Fringe do Festival de Curitiba 2025
Soledad: Peça de Agitação, peça de Florianópolis no 33º Festival de Curitiba, mergulha na trajetória da paraguaia-brasileira Soledad Barrett Viedma, poeta e militante assassinada pela ditadura militar brasileira. A partir de imagens e fragmentos de sua vida, a peça resgata sua força, seus amores e suas lutas, transformando memória em cena e resistência em poesia.
Nascida no Paraguai, Soledad Barrett Viedma foi forjada na luta desde a infância. Herdeira de uma tradição de resistência, viveu entre exílios, perseguições e torturas, sem jamais ceder ao medo. Militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foi vítima de uma das mais brutais chacinas da ditadura militar brasileira, traída por um infiltrado e assassinada em 1973, no Massacre da Chácara São Bento. Sua história, marcada por coragem e sacrifício, ressoa como um lembrete incômodo da violência do Estado e da necessidade contínua de enfrentamento às injustiças.
Mais do que um retrato biográfico, a encenação convida o público a sentir a urgência das efervescências políticas que atravessam nosso tempo. A coragem de Soledad ecoa no palco, instigando reflexões sobre justiça, repressão e a necessidade de manter vivas as vozes que tentam silenciar.
Entre palavras e corpos em movimento, Soledad: Peça de Agitação não é apenas um espetáculo, mas um chamado. Um convite à ação e à coragem de enfrentar os desafios da atualidade com a mesma intensidade e coragem com que Soledad viveu e lutou.
★★★
SOLEDAS: PEÇA DE AGITAÇÃO
Avaliação: Muito Bom
Crítica por Carol Fayad
Espetáculo visto no Fringe do Festival de Curitiba 2025
Soledad: Peça de Agitação
Dramaturgia, Direção Cênica e Bordados: Mariana Corale / Atriz-Performer e Alegorista: Fátima Costa de Lima / Musicista e Trilha Sonora Original: Yalis Barrett Drummond / Percussão: Edinho Roldan / Operação de Som: Rafael Motta / Assistente de Produção e Identidade Visual (turnê): Ricardo Goulart / Adereços: Françoise Muleka / Figurinos: Paula Maba / Produção: Gustavo Bieberbach.
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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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