Festival de Curitiba tem Mostra Namoskà para fortalecer o teatro independente no Fringe

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Enviado especial ao Festival de Curitiba*
Com reportagem de Jefferson Ribeiro
“Nossa ideia é ser a mosca que pousou na sopa. Incomodar e trazer uma reflexão sobre teatro, pois não existe uma só maneira de fazer e de contar uma história para o público”, explica Kelvin Millarch um dos diretores da Mostra Namoskà que que estreia na edição 32ª do Festival de Curitiba. A mostra produzida pela Cia KÀ de Teatro Independente programa seis peças e quatro oficinas entre os dias 28 de março a 1º de abril no Miniauditório Glauco Flores de Sá Brito.
Na mostra, os diretores da companhia Caio Frankiu e Kelvin Millarch propõem uma variedade de temas em peças e oficinas que refletem projetos que fazem parte da pesquisa do grupo ou de artistas conectados com o movimento por eles produzido nos últimos anos.
“Trazemos o lado histórico de Curitiba, sobre os primeiros cines – teatros e o processo de igrejização dos cinemas na capital, o teatro de bolso perdendo espaço e a construção do Teatro Guaira e como ele se mantém depois”.
Três peças da mostra Namoskà estreiam no festival, a primeira é Kraken feito em 3 atos de dança/teatro, Eco que é um conto grego que vai para uma tragedia brasileira entre 2 mulheres, e indo para um lado com elementos do terror, Pilar De Fogo que conta a direção de Kelvin Millarch.“Fiz um laboratório de um ano, estudando analisando e assistindo filmes do gênero, buscando referência no Zé do Caixão, sempre trazendo esse folclore brasileiro”, disse.
Numa perspectiva mais intimista, o espetáculo “DOCE²”, um classico recente do teatro experimental de Curitiba, é um solo feita com base nas cartas escritas por Kelvin na qual ele encara a depressão que teve há alguns anos. A peça começou e vai encerrar seu ciclo no festival.
Há ainda “Coração Delator”, peça em que o publico acompanha o ator no espaço cênico criando uma procura por respostas dos atores e público durante o espetáculo, e “Archigram” que é interpretação utópica do urbanismo por Caio Frankiu.
No final da conversa, na sala de imprensa do festival do Hotel Mabu, Kelvin comemorou a evolução do grupo do Festival de Curitiba.“A gente sempre estuda o mercado, sempre buscamos fazer um laboratório de um ano e somos muito gratas as 28 pessoas que fazem parte da KÀ. É uma grande oportunidade este acolhimento para trazer nossa arte. O festival faz parte da nossa história”.
*O jornalista e critico Miguel Arcanjo Prado viaja a convite do Festival de Curitiba.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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