Prêmio Solano Trindade lança livro com autores negros e divulga novos vencedores na SP Escola de Teatro

Livro Eternizar em Escrita Preta, do Prêmio Solano Trindade, é lançado pela Adaap na SP Escola de Teatro © Divulgação Adaap Blog do Arcanjo 2023

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Com reportagem de Guilhereme Dearo

Como parte dos eventos em torno do Mês da Consciência Negra, a SP Escola de Teatro, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, idealizada e gerida pela Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP), lança nesta quarta (22), às 19h, o livro “Eternizar em Escrita Preta”, com três dramaturgias inéditas. Os textos são dos jovens dramaturgos negros Apollo Faria, Dayani Pontes e Lu Varello, premiados em 2022 na terceira edição do Prêmio Solano Trindade, iniciativa da área de Extensão Cultural e Projetos Especiais da Escola, área coordenada por Miguel Arcanjo Prado e que conta com Rodrigo Barros, David Godoi e Solange Correia. O livro é um lançamento do Selo Lucias, projeto editorial da SP Escola de Teatro e ADAAP, coordenado por Ivam Cabral, Beth Lopes, Elen Londero e Marcio Aquiles. O livro terá distribuição gratuita no dia do evento e, logo depois, estará disponível para download gratuito na página do Selo Lucias. Na mesma noite serão conhecidos os três textos vencedores do Prêmio Solano Trindade 2023, que contou em seu júri com Denilson Tourinho, Miguel Arcanjo Prado e Viviane Pistache.

Neste novo livro, Apolo Faria traz a peça “Diário Negro”; Daiany Pontes nos apresenta “Cantata Descontínua das Águas Pluviais”; e Lu Varello escreve “Tá Faltando Iemanjá!”. “São textos de enorme vigor teatral que certamente despertarão o interesse de encenadores em busca de novas proposições cênicas. Além disso, caracterizam-se como leitura valiosa aos que a ela se dedicarem. Viva Solano Trindade e um salve à essa nova dramaturgia preta que chegou com tudo para renovar e fortalecer o teatro brasileiro”, diz Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro.

O evento acontece no hall da unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro, localizada na Praça Roosevelt, 210, Consolação. No dia 22, além do lançamento do livro, a SP Escola de Teatro irá anunciar os três vencedores do Prêmio Solano Trindade 2023, cujo livro será publicado em novembro de 2024. Na edição de 2023 do prêmio, a Escola recebeu inscrições de dramaturgias inéditas entre 6/9 e 29/10, que foram lidas por uma comissão especializada.

A edição deste ano de “Eternizar em Escrita Preta” traz apresentação de Marilia Marton, secretária da cultura, economia e indústria criativas do estado, que analisa: “Cada vez que um jovem dramaturgo negro sobe ao palco, não apenas celebramos o presente, mas também escrevemos um capítulo valioso da nossa história cultural para as futuras gerações. Eles nos lembram que a arte é uma janela para a alma de uma nação, um elo que une passado, presente e futuro”. O livro também tem prefácio de Ivam Cabral e textos de Miguel Arcanjo Prado, Denilson Tourinho e Viviane Pistache.

O Prêmio Solano Trindade é uma homenagem ao poeta, dramaturgo e diretor pernambucano Solano Trindade (1908-1974). Arte-ativista das causas negras, Trindade foi o criador do Teatro Popular Brasileiro (TPB), grupo formado por operários, domésticas e estudantes e que tinha como inspiração algumas das principais manifestações culturais do País. Atuou também na dança, criando em meados dos anos 50 um grupo referencial: o Brasiliana, reconhecido no Brasil e em temporadas no exterior.

Cartaz do lançamento do livro "Eternizar em Escrita Preta", com dramaturgias premiadas em 2022 no Prêmio Solano Trindade: edição do Selo Lucias, da SP Escola de Teatro.

Outras edições do prêmio

Da primeira edição, em 2020 e com livro em 2021, resultou a publicação das três dramaturgias: “Guerras Urbanas”, de Camila de Oliveira Farias, do Rio de Janeiro; “Como Criar para um Corpo Negro sem Órgãos?”, de Lucas Moura, de São Paulo; e “Medeia Homem”, de Robinson Oliveira, do Rio Grande do Sul. Leia o livro.

Da segunda edição, de 2021 e com livro em 2022, resultou a publicação das três dramaturgias: “Atropelo”, de Amanda Carneiro (São Paulo/SP); “Limiar ou Primeiro Impulso que Algo Aconteça”, de Amanda Pessoa (Dourados/MS); e “Piscinas: um Estudo Sobre Águas”, de Mariana Ozório (Belo Horizonte/MG). Leia o livro.

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Jornalista cultural influente e respeitado no Brasil, Miguel Arcanjo Prado é CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra o júri de Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de São Paulo, Prêmio Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil de Curtas. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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