Encontro de Lucélia Santos e Chico Mendes inspira peça Vozes da Floresta no Sesc Ipiranga

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
O protagonismo das mulheres seringueiras na preservação da Amazônia será exaltado na peça Vozes da Floresta – Chico Mendes, encenado pela atriz Lucélia Santos a partir de seu convívio com o líder seringueiro e sindicalista em 1988, ano em que ele foi assassinado.
O espetáculo entrará em cartaz nesta quinta, 29 de abril no Sesc Ipiranga, em São Paulo.
Celebrando seus 50 anos de carreira, a atriz oferece seu acervo de fitas K-7 com registros do ambientalista, para compor — três décadas após sua morte — este espetáculo, no intuito de que seu legado jamais seja esquecido.
Uma história de luta e resistência
A montagem conta a história de resistência do movimento dos seringueiros acreanos, a partir da trajetória do líder seringueiro.
Embora densa e plena de dores, a narrativa corre serena e suave, seja pelo tom firme, porém calmo, da voz do próprio Chico Mendes, seja pela presença indignada, porém sempre esperançosa, das bravas mulheres que a conduzem.
Por meio dessas vozes atentas e fortes que a peça se insurgirá, não como um passeio idílico pelo mundo romântico da história de um povo em luta, mas como um chamado à consciência de uma nação que posterga o seu devir histórico de combater os agentes que utilizam a floresta como espaço privado e que, ainda hoje, se sentem donos dos destinos da floresta e dos povos que ocupam, residem e preservam a Amazônia.
Colaborou Michele Marreira
Vozes da Floresta – Chico Mendes Vive
Quando: 29 de abril até 29 de maio de 2022. Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 18h.
Onde: Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga – São Paulo.
Quanto: R$ 12,00 a R$ 40,00 – Retire seu ingresso!




Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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