‘Perdão, Brasil’, pede Karol Conká após rejeição recorde do BBB

Por Miguel Arcanjo Prado

Karol Conká parece estar já arrependida de sua polêmica passagem pelo BBB21. Ao saber do índice recorde de rejeição com que saiu do reality da Globo, com 99,17% dos votos, ela afirmou: “Perdão, Brasil”.

Em conversa com Tiago Leifert ao vivo, Karol tentou se explicar: “Eu me perdi dentro de mim e me senti muito frustrada. Eu nunca imaginei que eu fosse dar uma surtada. É tudo muito louco. Chegar ali e não conseguir controlar. O sentimento de culpa foi me deixando mais amarga”, justificou.

Quando o apresentador lhe contou que ela entrou para a história do programa com a maior rejeição em uma eliminação, ela pareceu conformada. “Eu imaginei”, disse, segurando o choro. “Eu acho que pesou minha discussão com a Carla [Diaz]. A outra, com o Lucas. Eu fiquei com o coração apertado, mas é aquilo que você falou: eu sou muito do combate”, falou.

“Eu percebi que eu tenho um grande problema com animosidade. Eu já sabia, mas eu descobri isso na casa”, se autoanalisou. Já ciente de que seu filme estava queimado fora da casa, a cantora curitibana reiterou suas desculpas. “Perdão, Brasil. Perdão a todo mundo que se sentiu atingido. Eu sou muito grata por participar desse programa. Só assim pra eu aprender”, concluiu.

A eliminação da cantora curitibana rendeu o maior ibope do BBB em uma década, com média de 38 pontos em dados prévios.

Chance de melhorar

Quando aceitou entrar no BBB21 a cantora Karol Conká jamais pensou que sua trajetória no reality viria a ser o pior momento de sua carreira artística. A dona do hit Tombei foi literalmente tombada na noite desta terça (23) com recorde de votos, 99,17%, o que a torna a pessoa que mais sofreu rejeição ao ser eliminada nas duas décadas do reality da Globo. Com seu comportamento controverso, Jaque Patombá, seu apelido nas redes, conseguiu inimigos não só dentro como fora da casa, entre eles famosos como Neymar, Anitta e Marília Mendonça.

Há algo de irônico nisso tudo: Karol Conká ganhou o desprezo do público ao agir como canceladora dentro da casa e, ao que tudo indica, a curitibana terá um duro caminho para superar o cancelamento aqui fora.

Que ela tenha forças para amadurecer e crescer como ser humano. E refazer sua vida como qualquer um que erra e aprende com seus erros. Que o jogo fique no jogo. Porque, afinal, o BBB21 nada mais é que um programa de Entretenimento feito para capturar a atenção das massas e vender anúncios milionários em horário nobre, como qualquer produto da indústria cultural.

E que o Brasil, que tanto odeia arrogância e mau comportamento em reality, aprenda a eliminar do poder gente mil vezes pior que Karol Conká, políticos que alimentam não só o ódio como milhares de mortes diárias.

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Miguel Arcanjo Prado é jornalista, mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela ECA-USP e bacharel em Comunicação Social pela UFMG. Eleito três vezes pelo Prêmio Comunique-se um dos melhores jornalistas de Cultura do Brasil. Nascido em Belo Horizonte, vive em São Paulo desde 2007. É crítico da APCA, da qual foi vice-presidente. Passou por Globo, Record, Folha, Contigo, Editora Abril, Gazeta, Band, Rede TV e UOL, entre outros. Desde 2012, faz o Blog do Arcanjo, referência no jornalismo cultural. Em 2019 criou o Prêmio Arcanjo de Cultura no Theatro Municipal de SP. É coordenador de Extensão Cultural e Projetos Especiais da SP Escola de Teatro, colunista do Notícias da TV e faz o Podcast do Arcanjo em parceria com a OLA Podcasts. Foto: Edson Lopes Jr.

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