Festival Satyrianas baterá recorde com 96 horas, avisa Gustavo Ferreira

Coordenador geral da Satyrianas, Gustavo Ferreira caminha pela praça Roosevelt, point teatral no centro de São Paulo: festival terá 96 horas de duração entre 14 e 17 de novembro, quebrando seu próprio recorde – Foto: Edson Lopes Jr. – Coluna @miguel.arcanjo UOL

Criado pela Cia. de Teatro Os Satyros para movimentar com muita arte a praça Roosevelt e seus arredores no centro de São Paulo, o Festival Satyrianas chega à sua 20ª edição. Dessa vez, a promessa é quebrar o recorde de duração. Se antes eram 78 horas de programação, agora o número foi ampliado para 96 horas, entre 14 e 17 de novembro, o que fará o evento bater seu próprio recorde.

Com cerca de 500 atrações nacionais e internacionais, que representam dez diferentes países, o evento tem como tema Satyros 30 Anos, celebrando as três décadas da companhia teatral fundada por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Coordenador geral da Satyrianas, o ator, produtor e diretor Gustavo Ferreira conversou com exclusividade com Miguel Arcanjo sobre esta edição.

Leia com toda a calma do mundo.

Miguel Arcanjo Prado — Quais são os números da Satyrianas 2019?
Gustavo Ferreira — Chegamos a um número aproximado de 500 atrações, entre teatro, dança, performance, música, circo, cinema, esportes, fotografia, literatura, gastronomia e outros. Totalizando a participação de mais de 2.000 artistas diretos, que se apresentarão em um dos 21 espaços que abrigam o Festival.

Miguel Arcanjo Prado — Quanto tempo tem o festival? Há quanto tempo você está à frente da Satyrianas?
Gustavo Ferreira — O Festival Satyrianas está em sua vigésima edição e eu estou na produção do evento há treze edições, sendo onze na coordenação geral.

Miguel Arcanjo Prado — Como foi a escolha do tema?
Gustavo Ferreira — Este ano estamos comemorando os 30 anos da Cia. de Teatro Os Satyros, a escolha do tema faz parte das comemorações desse grande feito. Era inevitável que festejássemos, afinal, a história do Festival se mistura à história do grupo.

Miguel Arcanjo Prado — Quais foram as maiores dificuldades neste ano?
Gustavo Ferreira — Todo ano, tentamos alocar o maior número de projetos inscritos possível. E esse ano não foi diferente, mas fica o desejo de que um dia possamos contemplar todos os inscritos. De qualquer forma, acreditamos que conseguimos programar atividades diversas e democráticas.

O coordenador geral da Satyrianas Gustavo Ferreira na praça Roosevelt: dez países participam da programação 2019 – Foto: Edson Lopes Jr. – Coluna @miguel.arcanjo UOL

Miguel Arcanjo Prado — Quais projetos e nomes você destacaria na programação?
Gustavo Ferreira — Esse ano contamos com parceiros antigos, como Os Parlapatões, o Grupo Sensus, a Cia Base, o projeto Estúdio NU, a Translúdica, o Coletivo Fotomix, o Diálogos, a Feira de Livros da Giostri e a Festa Gambiarra. A dança estará representada por incríveis projetos no DançaMix, com curadoria de Priscila Magalhães; teremos uma prévia do que será o Cine Bijou com uma programação temática, sob os cuidados de Márcio Aquiles e Guilherme Marback no SatyriCine; o SatyriBichos chega mais um ano cheio de surpresas, com curadoria de Julia Bobrow e Luli Sarraf. Projetos renomados como AutoPeças, DramaMix, PerforMix. Ouvi Contar e Dramas Paralelos também estão na programação, com diversos artistas convidados, que preparam trabalhos bem especiais para essa edição. Vale destacar, também, a programação de música no Presidenta Bar, o projeto Redenção e a participação inédita da Ocupação 9 de Julho no encerramento do evento. Claro, por se tratar de uma programação festiva dos 30 anos dos Satyros, não poderiam faltar nossos espetáculos de repertório e os recém saídos do forno: Todos Os Sonhos do Mundo (solo de Ivam Cabral), Peça Qualquer Coisa, ou Uma Peça para Salvar o Mundo e Ana, Você Pode Ficar (textos inéditos de Ivam e Rodolfo). Para quem quiser conhecer um pouco mais a trajetória do grupo, Sabrina Denobile organizou o “Satyros 30 Anos em Pílulas”, que a cada 30 minutos recebe pessoas para contar fatos importantes da história da Cia. E ainda há uma apresentação especial do espetáculo “Entrevista com Phedra”, com a história de vida da saudosa diva da praça Roosevelt e do Satyros Phedra D. Córdoba, que já foi homenageada pela Satyrianas em 2016, ano de sua morte.

Miguel Arcanjo Prado — O que a Satyrianas representa para o teatro brasileiro e a cultura na cidade de São Paulo?
Gustavo Ferreira — Sou suspeito para falar. A Satyrianas se firmou com um dos principais eventos culturais do país. Este ano teremos a participação de grupos de todas as regiões do país, diversas atrações internacionais, mais de 10 países representados no Festival. Isso comprova a relevância às artes e à economia criativa para a cidade de São Paulo.

Miguel Arcanjo Prado — Fiquei sabendo que a Satyrianas este ano ampliou sua duração de 78 para 96 horas de programação. Como faz para ter tanta energia?
Gustavo Ferreira — Sim, serão 96 horas. Em quantidade de horas é a nossa maior edição, bateremos nosso próprio recorde. Não existe um preparo, existe a vontade e a satisfação de ver esses mais de 500 projetos sendo realizados com sucesso. Não há maior alegria, ao final de cada edição, poder abraçar os artistas e toda a equipe que fez parte. Já deixo aqui o meu abraço especial para: Diego Ribeiro, Henrique Mello, Israel Silva, Laysa Alencar, Maiara Cicutt e Silvio Eduardo, que compõem a equipe de produção e são o grande motor dessa máquina. Uma linda Satyrianas para todos nós!

Acompanhe a programação da Satyrianas

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