Comédia tem duas senhoras dominadas pelos maridos em situação-limite

Divertido olhar para a vida de velhas senhoras: “Uma Lágrima para Alfredo” estreia no Teatro Folha às terças, às 21h – Foto: Ana Galhardi/Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo UOL

“Essa comédia veio em um momento muito especial porque me resgatou de uma fase muito conturbada”, diz o ator e humorista Eduardo Martini sobre a peça “Uma Lágrima  para Alfredo”.

Cheia de reviravoltas, a comédia estreia nesta terça (3), no Teatro Folha, no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, onde fica em cartaz toda terça, 21h, até 12 de novembro com ingresso a R$ 50 e R$ 60 em valores de inteira.

Famoso pela personagem Neide Boa Sorte, Martini venceu neste ano a categoria Especial do primeiro Prêmio do Humor, idealizado por Fábio Porchat, por seus 40 anos de carreira. Depois, confessa, passou por uma fase difícil, mas que já foi superada. “Uma Lágrima para Alfredo” representa essa volta por cima.

O espetáculo ganhou o 1º Festival de Teatro de Mairiporã, no interior paulista. Nele, contracena com Raphael Gama, também autor do texto. Vivem duas senhoras em uma situação-limite: em uma sala de hospital, aguardam as mortes de seus respectivos maridos.

“Eu me apaixonei pelo texto porque ele fala de mulheres que foram guiadas a vida inteira pelos maridos e, quando eles se vão, a história delas muda”, adianta Martini ao Blog do Arcanjo.

Para ele, as personagens, em uma situação difícil de suas vidas, enxergam também o sentido da palavra liberdade. “Falar também sobre mulher em um tempo que a cada sete minutos uma mulher é agredida no Brasil abre um leque muito grande para essa reflexão. O teatro salva e o palco me salvou”, define.

De uma forma muito divertida, as personagens Dulce e Yolanda propõem uma reflexão sobre a vida de mulheres com mais de 60 anos.

“Quando decidi encenar este texto, pensei muito no ‘sofrimento’ das mulheres mais velhas da minha família que, por vezes, tinham que se submeter aos caprichos dos maridos. É uma forma de alertar e de mostrar ao jovem de onde veio a nossa educação”, conclui Raphael Gama.

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