Bar da Roosevelt, Bambolina é acusado de racismo
Por Miguel Arcanjo Prado
O bar Bambolina, na praça Roosevelt, muito frequentado pelos artistas do teatro, é acusado de racismo.
Segundo relato publicado pelo ator Sidney Santiago no Facebook, “um grupo de amigos e colegas (todos negros ), logo após assistirem algumas batalhas dentro do projeto Slam da Resistência, na praça Roosvelt, decidiram parar em um bar chamado Bambolina, também na praça Roosvelt”.
“Lá o grupo se dividiu e, quando a segunda parte desse grupo de amigos foi adentrar ao lugar, foi seguida pelo gerente, e questionados sobre a presença e permanência no local”, diz o relato.
“Indagado sobre a abordagem truculenta e desrespeitosa, o gerente disse ser um procedimento do local. Mal sabia ele que nós tínhamos testemunhado sua diferença de tratamento com outros frequentadores que adentravam o local”, afirma Santiago, que é do grupo Os Crespos e este ano atuou na novela “Escrava Mãe”, na Record.

Sidney Santiago como Sapião em “Escrava Mãe” na Record: ele denuncia racismo no bar Bambolina junto de amigos artistas negros – Foto: Divulgação
“Na sequência deixamos o lugar, pagamos a conta e decidimos divulgar através deste post que este estabelecimento tem práticas racistas, e deve ser evitado e devidamente denunciado”, pede o ator juntamente com o grupo de artistas negros.
“O racismo é uma ação enfrentada diariamente pelas populações negras no Brasil, a cor ainda tem sido a marca maior desta perseguição, e atinge a todos. Na ocasião, estávamos também comemorando a vitória do ator Babu Santana, que estava com dois filmes na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo”, complementou Sidney, antes de pedir: “Boicotar e denunciar é preciso”.
Outro lado
Em texto publicado no Facebook, Rodolfo García Vázquez, diretor do grupo Os Satyros e um dos sócios do Bambolina, escreveu em resposta à denúncia do ator Sidney Santiago:
“Sidney, venho em nome do Bambolina pedir desculpas pelo lamentável ocorrido, que não se justifica de forma alguma. A atitude tomada pelo funcionário em questão (que não é o gerente do local) não corresponde aos nossos ideais, que buscam o respeito pela diversidade e pelos direitos humanos, acima de tudo. Estamos disponíveis para discutir o assunto pessoalmente (se houver interesse de vocês) e tomar as medidas necessárias para evitar que o grave erro cometido se repita”.
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