“Colocamos o corpo do espectador em jogo”, dizem diretores de Mó no Festival de Curitiba
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial a Curitiba*
Fotos ANNELIZE TOZETTO/Clix
Caio Riscado e Luar Maria, diretores da performance Mó – Dramaturgias em Dança e Desenhos de Comunidade, que se apresenta no 25º Festival de Teatro de Curitiba nesta sexta (1º) e sábado (2), às 21h, no Espaço Thá, querem mudança no modo que as pessoas veem as divisões nas artes cênicas.
Para os diretores do Rio de Janeiro, trabalhos híbridos colocam o público num lugar de desafio.
“É essencial valorizar núcleos de pesquisa continuada e pesquisas de linguagens, e o Festival de Curitiba está aberto a isso”, diz Luar. “A curadoria se aproximou este ano da performance, viu a arte como um campo expandido”, afirma Caio. “Por que discutir o que é ou não é. Deixa ser”, pede Luar.
Sobre o Brasil efervescente de hoje, Caio diz que a “grande pergunta conceitual é como viver junto”.
Luar propõe um modo: “A gente fala estar juntos a partir da singularidade. É um drama urbano contemporâneo, com crises pessoais e coletivas”.
Eles lembram que o artista “são privilegiados” porque podem desbordar a vida na arte. “Está todo mundo precisando explodir-se, dar conta de algumas coisas. Temos a sorte de fazer isso no palco. E o próprio corpo do espectador está em jogo conosco, em estado de experiência”.
*O jornalista MIGUEL ARCANJO PRADO viajou a convite do Festival de Curitiba.
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