Corrente Fria, Corrente Quente celebra sucesso no Festival de Curitiba

Fernanda Fuchs em cena da peça Corrente Fria, Corrente Quente, um dos sucessos do Festival de Curitiba - Foto: Diego Castelo/Divulgação

Fernanda Fuchs em cena da peça Corrente Fria, Corrente Quente, um dos sucessos do Festival de Curitiba – Foto: Diego Castelo/Divulgação

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial a Curitiba*

Há quatro anos, a peça Corrente Fria, Corrente Quente é um dos destaques no Fringe, a mostra paralela do Festival de Teatro de Curitiba. Em 2016, o cenário é bem diferente da estreia em 2013, quando a peça tentava seu lugar ao sol na Casa Hoffmann.

Elogiada pela crítica especializada, a peça conquistou outros palcos fora de Curitiba desde então. Participou de dez festivais, entre eles o Satyrianas, em São Paulo, e o Festival Em Cena, de Jacarezinho (PR).

A apresentação única neste Festival de Curitiba ocorre no TUC, nesta sexta (25), às 15h.

O solo da atriz Fernanda Caldas Fuchs é baseado em pesquisas ligadas à cultura japonesa, na qual ela se mergulhou para criar a ficção sobre uma menina que espera o retorno do pai pescador.

Irmão da atriz, o diretor Franco Caldas Fuchs está à frente da montagem, que abocanhou os prêmios de melhor atriz e segundo melhor espetáculo do Festival de Teatro de Paranaguá e tem figurinos de Manu Assini.

Ele conversou com o site sobre a trajetória da peça da Cia. Fúcsia.

Franco Caldas Fuchs, diretor de Corrente Quente, Corrente Fria, da Cia. Fúcsia - Foto: Vanessa Vzorek/Divulgação

Franco Caldas Fuchs, diretor de Corrente Quente, Corrente Fria, da Cia. Fúcsia – Foto: Vanessa Vzorek/Divulgação

MIGUEL ARCANJO PRADO  – Qual a importância que o Festival de Curitiba teve para a trajetória de vocês?
FRANCO CALDAS FUCHS – O Festival de Curitiba é importante, especialmente, por proporcionar um público muito variado para a nossa peça ao longo dessas últimas quatro edições. Então, tivemos tanto público especializado, como críticos e artistas de outras partes do Brasil, que nos deram um retorno muito importante, e também aquele público que se anima para ver teatro nesta época em Curitiba. Essa visibilidade foi muito importante.

MIGUEL ARCANJO PRADO – Qual é o caminho da peça a partir de agora?
FRANCO CALDAS FUCHS – A peça foi publicada com 5.000 cópias. Além disso, o texto foi um dos vencedores do concurso de contos da Sociedade Bunkyo e foi publicada em 2015 dentro da coletânea Duas Cenas, Um Muro? E Outras Histórias. Agora, acabamos de fazer a tradução para o inglês, para que ela possa ter uma carreira em festivais internacionais. Pretendemos reensaiar a peça nesta nova língua, com adaptações. Queremos muito apresentar em Okinawa, no Japão.

MIGUEL ARCANJO PRADO – De onde vem essa ligação que vocês têm com o Japão? Têm japoneses na família?
FRANCO CALDAS FUCHS – Não, nós não somos descendentes de japoneses. A principal força que fez a gente se aproximar do universo japonês foi a influência do Hermison Nogueira, que é professor de teatro no Colégio Estadual do Paraná, com quem a Fernanda fez um treinamento. E foi graças a ele que eu também entrei na Faculdade de Artes do Paraná, a FAP, já que ele dirigiu a minha cena de admissão no vestibular. O Hermison pesquisa muito o teatro butô, entre outros estilos. A Fernanda estava fazendo uma improvisação com ele e surgiu uma cena que tinha a ver com o Japão. Ele sugeriu que ela pesquisasse a fundo a cultura japonesa. A peça é resultado de um interesse artístico que tem gerado desdobramentos até agora.

MIGUEL ARCANJO PRADO – A peça vai ter algum tipo de continuação?
FRANCO CALDAS FUCHS – Sim. A Fernanda fez o curso do Núcleo de Dramaturgia do Sesi e escreveu um texto inspirado em Corrente Quente, Corrente Fria, chamado de O Homem de Okinawa. Se na primeira peça é uma menina que espera por esse pai, no novo texto nós vemos em cena um homem em desintegração, sendo devorado por siris, que pode ser esse pai. Mas não é preciso ter visto Corrente Fria, Corrente Quente para entender O Homem de Okinawa, já que cada personagem tem seu próprio universo.

Saiba mais sobre Corrente Fria, Corrente Quente

*O jornalista MIGUEL ARCANJO PRADO viajou a convite do Festival de Curitiba.
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