Uruguaios discutem filho que mata pai em Tebas Land no Festival de Curitiba

Tebas Land tem os atores Gustavo Saffores e Bruno Pereyra, do Uruguai – Foto: Viviana Bordoli/Divulgação
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Muitos uruguaios estão espalhados pelo mundo, vivendo longe de seu país. Caso do músico Jorge Drexler, que mora na Espanha, e do escritor Sergio Blanco.
Este último é autor e diretor de Tebas Land, peça que representa o Uruguai na Mostra Oficial do 25º Festival de Teatro de Curitiba, com sessões nos dias 30 e 31 de março no Teatro da Reitoria.
A obra, com atuação de Gustavo Saffores e Bruno Pereyra, vai fundo no tema do parricídio, quando um filho mata seu pai, em clara inspiração no mito de Édipo, que mata seu pai, Laio, e se casa, sem saber, com a própria mãe, Jocasta.
Mas as referências no espetáculo que estreou em 2012 no Teatro San Martín de Buenos Aires não ficam por aí. Abarcam ainda a história do San Martín, santo europeu do século 4 e também Os Irmãos Karamazov, de Dostoievsky.
Blanco transfere a temática para perto de um juízo no qual se acusa um homem, Martín Santos, de ter matado o próprio pai.
Em um cenário que reproduz uma quadra de basquete de uma prisão e que conta com videoarte de Miguel Grompone, o dramaturgo, Federico, conversa com o acusado sobre o crime, que ambos tentam reconstruir em seus discursos, numa grande homenagem ao fazer teatral.
Tanto a morte quanto a representação são postas lado a lado neste jogo cênico que visa, antes de tudo, uma experiência teatral.
Leia a cobertura completa do Festival de Teatro de Curitiba