Boi Neon vence Festival do Rio, que premia filme pernambucano pela terceira vez
Da AGÊNCIA BRASIL
Pela terceira vez desde 2012, um longa-metragem pernambucano ganha o Troféu Redentor de melhor filme de ficção da Première Brasil, a mostra competitiva do Festival do Rio. O filme Boi Neon, de Gabriel Mascaro, foi o grande vencedor da edição 2015 do festival. A produção conquistou também os prêmios de melhor roteiro, melhor direção de fotografia e melhor atriz coadjuvante, com a atriz Alyne Santana. A cerimônia de premiação ocorreu na noite de ontem (13) no Espaço BNDES, no centro do Rio.
O Festival do Rio 2015 termina hoje (14). Desde o dia 1°, mais de 250 filmes foram exibidos, entre o melhor da recente produção cinematográfica brasileira e mundial. No ano passado, a produção pernambucana Sangue Azul, de Lirio Ferreira, foi a vencedora da mostra e, em 2012, o troféu ficou para O Som ao Redor, do pernambucano Kleber Mendonça Filho.
Boi Neon, ganhador desta edição, é ambientado no universo do agronegócio e conta a história de um vaqueiro que deseja ser estilista. O filme ganhou o prêmio especial do júri da mostraHorizontes do Festival de Veneza deste ano.
Dois cineastas cariocas que estrearam em longas este ano dividiram o prêmio de melhor direção do Festival do Rio 2015: Anita Rocha da Silveira, por Mate-me por Favor e Ives Rosenfeld, por Aspirantes. Esse último levou também o prêmio de melhor ator, com Ariclenes Barroso, enquanto Valentina Herszage, de Mate-me por Favor, ficou com o troféu de melhor atriz. Caio Horowicz, de Califórnia, foi o melhor ator coadjuvante.
Na categoria documentário, o prêmio de melhor filme foi para Olmo e a Gaivota, de Petra Costa e Lea Glob, e o de melhor direção para Maria Augusta Ramos, por Futuro Junho. Na mostraNovos Rumos, o vencedor foi Beira-mar, produção gaúcha dos também estreantes em longa-metragem Filipe Matzembacher e Marcio Reolon. No último domingo (11), Beira-marconquistou o Prêmio Felix, concedido pelo júri do Festival do Rio ao melhor filme de temática LGBT.
O prêmio especial do júri desta edição do festival ficou para um veterano cineasta brasileiro, Ruy Guerra, pelo filme Quase Memória, baseado no livro do mesmo nome do escritor Carlos Heitor Cony. Entre os curtas, o escolhido na competição oficial foi Pele de Pássaro, de Clara Peltier, e na Novos Rumos foi Outubro Acabou, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes.
O prêmio do público, dado pelo voto dos espectadores das sessões da Première Brasil, ficou com Nise – O Coração da Loucura, de Roberto Berliner (ficção), Betinho – A Esperança Equilibrista, de Victor Lopes (documentário), e Até a China, de Marão (curta). O Festival do Rio contemplou ainda o melhor longa-metragem latino-americano, escolhido entre os exibidos na mostra Première Latina: o vencedor foi o mexicano Te Prometo Anarquia, de Julio Hérnandez Cordón.