Por trás do pano – Rapidinhas teatrais

Fernanda Azevedo em cena da peça Morro como um País – Foto: Bob Sousa

Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Atriz como já não se faz mais
Taí a Fernanda Azevedo, em Morro como um País, da Kiwi Cia. de Teatro, que teve coragem de dizer o que pensa ao receber o Prêmio Shell de melhor atriz nesta semana. A coluna está com ela. E não abre mão. Ah, a foto é do grande Bob Sousa, é claro.

Em tempo
Morro como um País volta ao cartaz no CIT-Ecum na próxima quarta (26), às 21h. O Cordão da Mentira fará roda de samba crítico após a peça. Leia a entrevista com Fernanda.

Phedra D. Córdoba, no Prêmio Shell: puro glamour – Foto: Paduardo/AgNews

Phedra D. Córdoba
Além de Fernanda Azevedo, só deu Phedra D. Córdoba, do grupo Os Satyros, no Prêmio Shell de Teatro de São Paulo.

Protesto
Voltando a falar do protesto da melhor atriz, Fernanda Azevedo é a polêmica do mês. Ela discursou contra a Shell e muita gente que se diz da classe artística saiu para criticar a moça pelas costas ou nas redes sociais, onde coragem não falta. Houve um tempo em que artistas de verdade costumavam apoiar ou, pelo menos, respeitar protesto de colega. Hoje, saem em defesa de uma multinacional sem sequer serem pagos para isso. Os tempos estão mesmo tenebrosos…

Kiko Marques com sua filha, a pequena Anita, que nasceu na temporada da peça Cais ou da Indiferença das Embarcações, que lhe deu os prêmios Shell e APCA – Foto: Paduardo/AgNews

Autor-papai
Mas nem só de protesto foi o Prêmio Shell de Teatro paulista. Kiko Marques foi consagrado o autor do ano. Isso ninguém discute. Depois do APCA, ele abocanhou também o Shell de melhor autor por Cais – Ou da Indiferença das Embarcações. Querido da coluna, que já até dividiu classe de dramaturgia de José Sanchis Sinisterra com o moço, ele fez questão de dedicar os troféus para sua pequena Anita. A fofíssima filha de Kiko que nasceu na temporada. A coluna pediu o clique de pai e filha. Eles posaram com gosto para o fotógrafo Paduardo, da AgNews. Tudo de bom para os dois!

Agenda Cultural da Record News (toda sexta, 11h30)

Horário novo
A Agenda Cultural que este vosso colunista faz na Record News mudou de horário. Agora é toda sexta, 11h30 da manhã. Olha o vídeo aí acima!

Dose dupla

A peça O Gigante Egoísta, de Oscar Wilde, está fazendo dobradinha em dois teatros paulistanos: no sábado, às 11h, pode ser vista no Sesc Consolação. Já no domingo, 14h, no Sesc Santana. Fica em cartaz até 27 de abril. A adaptação é dirigida por Henrique Gonçalves e Gustavo Bicalho, que também assina a versão do texto. Pode levar os pequenos. E nem vai doer no bolso: inteira a R$ 8 e meia-entrada a R$ 4. Comerciários e dependentes pagam só R$ 1,60. Fala sério!

Público lota centro histórico curitibano no Festival de Teatro de Curitiba – Foto: Emi Hoshi/Clix

Festival de Teatro de Curitiba
Começa na próxima terça-feira (25) o 23º Festival de Teatro de Curitiba. São mais de 450 peças durante 13 dias em 65 espaços curitibanos. São 66 peças de graça! Conheça a programação.

O que pegou?
Gerald Thomas não faz mais parte da programação Festival de Teatro de Curitiba com seu Entredentes. A informação é que a peça ainda estreia em São Paulo no próximo dia 10 no Sesc Consolação. Se ele quiser, é claro.

Número
A organização espera mais de 220 mil pessoas de público no Festival de Teatro de Curitiba 2014. Viva o teatro. Só de fotógrafos contratados pelo festival tem mais de 20. Mais de 60 jornalistas de todo o Brasil deverão cobrir o evento. A coluna encabeça este número, é claro.

Animação total
Zezé Polessa, que vai estar no festival com a peça Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, mandou avisar que, apesar de se apresentar só nos dias 3 e 4 de abril, vai chegar na cidade no dia 1º de abril, para poder conferir trabalhos dos coleguinhas. Uma graça.

Diva
Dizem que a atriz e cantora irlandesa Camille O’Sullivan, da peça inglesa The Rape of Lucrece, vai causar no Festival de Teatro de Curitiba. Há quem jure de pés juntos que ela é uma diva caída do céu. Ah, por conta dos 450 anos de nascimento de William Shakespeare, o festival terá quatro montagens de textos do Bardo. A da moça está entre elas.

Cantinho paulista
Diversidade é o lema de Sergio Ferrara na curadoria da Mostra Ademar Guerra dentro do Festival de Teatro de Curitiba. Patrocinada pelo governo do Estado de São Paulo, a mostra vai levar expoentes da cena paulista para a capital paranaense. William Alexandrino faz a produção executiva. Boa viagem a todos!

Capixabas e baianos
Os Estados do Espírito Santo e da Bahia também estarão com mostras especiais dentro do Fringe, a mostra paralela de Curitiba, com a programação de seus artistas. Coisa boa! A coluna só sente a falta de uma mostra mineira, que este ano não acontecerá. Uma pena.

João das Neves (de branco) agradece a homenagem; à esq., Contardo Calligaris, à direita Cléo De Páris e Eric Lenate, que apresentaram a festa – Foto: Divulgação/SP Escola de Teatro

Homenagem
O diretor João das Neves, que é bem tímido, se esforçou para subir no palco para receber o 2º Prêmio SP Escola de Teatro. Ele merece.

Peça
A Cia. Elevador Panorâmico manda avisar que a estreia de O Jardim das Cerejeiras no Sesc Bom Retiro, em São Paulo, é neste sábado (22). Vai, gente.

Cegonha
Igor Rickli e Aline Aline Wirley, atores de musicais, esperam o primeiro filho. Ela está de quatro meses. O casal já contou a novidade a familiares e amigos.

De volta
Nilton Bicudo volta a se travestir para fazer a peça Myrna Sou Eu. Reestreia dia 12 de abril no Teatro Eva Herz, em São Paulo. Elias Andreato dirige.

Impostores
A coluna ficou sabendo que tem gente frequentando teatro por aí dizendo fazer parte de nossa equipe. O que é mentira. Que feio…

Shakespeare em Sampa
René Piazentini estreia nesta sexta (21) com a Cia. dos Imaginários Sobre a Tempestade, inspirado no livro de Shakespeare, no Teatro Alfredo Mesquita, em São Paulo. Saiba mais. Merda pra eles.

Cena do espetáculo Sobre a Tempestade, em cartaz no Teatro Alfredo Mesquita – Foto: Mariana Nogueira

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1 Resultado

  1. Felipe disse:

    Lamento pela Fernanda Azevedo, que está sendo praticamente apedrejada na mídia por conta do seu discurso corajoso. Não acho que a atitude dela foi “fake” ou feita numa atitude de “marketing” para gerar burburinho. Li as postagens sobre o assunto aqui e realmente acredito que foi uma ação planejada pela Kiwi Cia. de Teatro como um ato político por conta dos ideais da companhia. Lamentavelmente, a atitude dela está sendo mal-interpretada.

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