Bonitinha, Mas Ordinária começa turnê nacional na Caixa Cultural Curitiba no Paraná

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Após sucesso no Rio de Janeiro e na FITA – Festa Internacional de Teatro de Angra, Bonitinha, Mas Ordinária acaba de aportar em Curitiba. A peça icônica de Nelson Rodrigues começa sua turnê nacional pela capital do Paraná, onde estreou no último dia 16 e fica em cartaz até este dominogo, 20 de outubro.
Os ingressos estão disponíveis pela Sympla e na bilheteria da CAIXA Cultural Curitiba, com valores a partir de R$ 15. O espetáculo é idealizado pela Quereres Produções e tem o patrocínio da CAIXA e VIVO, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Elenco plural
Violência contra a mulher, racismo e hipocrisia são alguns dos pilares da peça, que pela primeira vez é protagonizada por uma família preta. “A questão racial logo veio à tona quando reli a peça. Não poderia fazer uma montagem só com atores brancos. Então, fomos formando um elenco plural, de 21 a 80 anos. O texto fala sobre a elite do atraso que está no poder há anos oprimindo as pessoas. As lutas identitárias não podem perder o foco, já que a exploração e a desigualdade continuam”, comenta o diretor Bruce Gomlevsky.
A personagem Ritinha é interpretada pela atriz Sol Miranda, personagem que se torna um dos vértices de um perverso triângulo amoroso entre Edgard, vivido por Emílio Orciollo Netto, e Maria Cecilia (Júlia Portes), cujo pai é uma fera e uma mãe subserviente. O chefe da família deseja que Ritinha se case o quanto antes, após um “suposto” evento traumático, em que a moça teria sido estuprada. O elenco de Bonitinha, Mas Ordinária ainda conta com Ricardo Blat, Cláudio Gabriel, Júlia Portes, Alexandra Medeiros, Leo de Moraes, Marília Coelho, Sylvia Bandeira, Jitman Vibranovski, Kênia Bárbara, Ágatha Marinho, Aline Dias, Junior Vieira, Vini Portella e Leo de Moraes.
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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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