Festival Mix Brasil abre com homenagem a Marisa Orth e filme francês de sucesso
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Começou a 33ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. O prestigiado CineSesc foi o palco escolhido para a cerimônia de abertura, na quarta, 12, que reuniu figuras notáveis, artistas e um público engajado, reafirmando o evento como o maior de seu gênero na América Latina.
Com o lema “A Gente Quer +”, o festival, dirigido por André Fischer, assinala uma das programações mais extensas de sua história, exibindo 142 filmes provenientes de 33 países, além de espetáculos teatrais, artes visuais e experiências imersivas. Este acervo cultural não apenas celebra a comunidade LGBTQIAPN+ como também serve como plataforma de resistência e reflexão em um contexto de desafios persistentes.
A noite de abertura teve a exibição do drama francês “Me Ame Com Ternura” (Love Me Tender), dirigido por Anna Cazenave Cambet. Inédito na capital paulista e aclamado no Festival de Cannes, o filme versa sobre a complexa provação de redescoberta do amor e identidade da personagem Clémence, interpretada pela atriz Vicky Krieps.
Outro momento de emoção foi a concessão do Prêmio Ícone Mix à atriz e cantora Marisa Orth. A homenagem reconhece sua longa e meritória carreira e, em particular, sua dedicação ao festival, onde comanda o tradicionalíssimo Show do Gongo desde 1999.
Ademais, a cerimônia incluiu um fragmento da performance interativa “Aqui, Agora, Todo Mundo”, de Alexandre Mortágua com Felipe Barros, dando uma amostra da multiplicidade de linguagens artísticas abraçadas pelo Mix Brasil.
O 33º Festival Mix Brasil se estenderá até 23 de novembro, ocupando diversos espaços culturais em São Paulo com uma programação majoritariamente gratuita. A inclusão de uma inédita Mostra Competitiva de filmes realizados com Inteligência Artificial e o foco na acessibilidade evidenciam a busca do evento por estar em sintonia com as ideias vanguardistas e as transformações do mundo contemporâneo.
Ao celebrar a expansão da cultura da diversidade com uma oferta de conteúdo tão vasta e diversificada, o Festival Mix Brasil reafirma sua posição de farol cultural, promovendo o respeito e a visibilidade de narrativas que, por vezes, permanecem à margem.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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