Opinião: Lançar Wicked 2 sem Fabi Bang e Myra Ruiz com Cynthia Erivo foi tiro no pé
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Quem acompanha a marca Wicked no Brasil ficou revoltado com o fato de as atrizes Fabi Bang e Myra Ruiz não terem podido tirar uma foto sequer ao lado dos atores Cynthia Erivo e Jonathan Bailey, que vieram ao Brasil divulgar o filme Wicked: Parte 2 ao lado do diretor John M. Chu — Ariana Grande não deu as caras. Fabi e Myra, além de serem as dubladoras oficiais dos dois filmes Wicked no Brasil, intepretam, respectivamente, as personagens Glinda e Elphaba há dez anos nos palcos brasileiros, em três diferentes montagens para Wicked, a última ainda em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo. Todas sucesso de público e de crítica. Por justiça, deveriam ter sido as primeiras da fila para a foto com o elenco do filme. Fabi Bang e Myra Ruiz são estrelas de primeira grandeza do teatro brasileiro e mundial. Mereciam ter sido tratadas com mais respeito pela equipe do longa da Universal. Fazer o lançamento do filme no Brasil sem as duas ao lado do elenco gringo foi um tiro no pé e uma deplorável mensagem de desvalorização e desrespeito ao talento brasileiro. Um erro terrível de comunicação e estratégia. Chega de síndrome de vira-lata e achar que artista internacional é melhor que um artista brasileiro. É preciso lembrar que Wicked é um filme que surge do teatro musical, terreno no qual Fabi Bang e Myra Ruiz são ícones, tendo sido vistas presencialmente nos últimos dez anos por centenas de milhares de brasileiros. Dessa situação tão mesquinha, as duas saem infinitamente maiores. O mesmo não se pode dizer da equipe do filme. A melhor resposta é irmos todos ao teatro ver Wicked mais uma vez, em carne, osso e talento de Fabi Bang e Myra Ruiz acompanhadas de um time espetacular.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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